Declaração

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◈❖ Notas ◈❖ :

Normal: Pensamentos Kokushibo

Itálico: Narração

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— Sim, eu estou. — Diz Kokushibo ainda meio atordoado por ser ele a pessoa que recebeu aquele título tão rápido.

Bem, como sabe eu sou uma criatura que fica entre a vida e a morte..., então a muito tempo atrás eu estava quase morrendo, por acaso o mestre me achou e me fez tomar seu próprio sangue afirmando que me curaria; quando neguei abriu minha boca e me obrigou a beber. Me tornei o primeiro Yorte criado, e então acabei me vendo invisível desde o início — não que eu usasse isso com muita frequência. Mas o ponto é que fui obrigado. — Diz o mascarado torcendo uma planta do chão entre os dedos.

Kokushibo franze as sobrancelhas.

Por que ele te obrigou?

— Solidão, necessidade de alguém igual, uma maneira de descobrir como manifestar suas próprias habilidades... Em fim, eu fui o primeiro de sua espécie criado. O que deu errado era que o mestre tinha já uma maldição imposta por um ser que cuida do equilíbrio; alguém o dominaria e esse alguém seria o que menos o respeita. Eu nunca o respeitei e fazia tudo como queria, então, ele decidiu me por uma maldição para me impedir de tomar seu trono: eu não poderia amar a nada até que eu quebrasse dois corações e então saísse a procura de alguém com uma fita no dedo vermelho. — Ele se para e coloca a cabeça entre as mãos. — Não me orgulho nada do que fiz, mas eu parti dois corações e então pude finalmente ter a possibilidade de amar, mesmo assim eu não conseguia achar a tal pessoa escolhida, e fiquei mais um tempo sem amar.

— Isso deve ser horrível, mas nada mesmo? Nem a você mesmo? — Ao ver as costas dele curvadas pode entender que aquela era a realidade dele.

Infelizmente sim, como disse eu tinha problemas comigo mesmo, hoje em dia eu me ignorava a maior parte do tempo. E então após anos eu achei a tal fita em seu dedo, ontem, pra ser exato. No início eu queria te conhecer por ser forte e parecer ter potencial.

Aquilo eu posso ver como elogio, mesmo assim me senti um pouco imaculado; eu tenho a leve impressão que desde o primeiro dia eu tinha uma quedinha nele.

— Arigatō. — Diz Kokushibo de qualquer forma.

Depois de um tempo comecei a sentir uma necessidade de te agradar, queria te dar meu sangue para seu uso e te dar mais força, de alguma forma eu queria te servir..., não é algo muito natural meu. Não era amor, mas era um tipo de obsessão estranha. — Diz o mascarado. — É estranho, mas com minha maldição eu simplesmente não posso amar. Uma explicação para agora sentir tanto amor por você seria que eu estaria de alguma forma sentido sem poder sentir. Seria como... andar de bicicleta, eu sabia, só não tinha prática. Será que dá pra entender?

Eu me senti meio traído, era como se tudo entre nós fosse coisa da minha cabeça e só agora ele sentisse o que senti desde o inicio. Porém devo admitir que não posso culpa-lo quando é óbvio sua inocência nisso.

A culpa foi de Will.

— Eu... — Começa Kokushibo.

Não precisa se posicionar. Amar-te de longe por hora serve pra mim. Não precisa me amar de volta ou até dizer que gosta. — Diz ele rapidamente. — Eu apenas quero ter-te por perto... consegue entender? — Ele solta um suspiro. — Deve ser loucura ouvir isso de alguém que talvez você nem goste, eu... só quero que não me afaste, por hora sua presença me basta.

Por que algo errado me atrai? [Demon Slayer]Onde histórias criam vida. Descubra agora