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Sorriso

Daqui de cima na área reservada apenas para os mais fortes, observo como está o movimento do  baile.

Acendo meu baseado, pensando so em ficar relaxado, hoje o dia foi tenso pra caralho.
O assalta que fizemos hoje foi coisa de louco mermo, papo reto, mas os malote no bolso, nós é ruim.

Perdemos 2 parceiros, caíram pra policia, jaja Lili tá cantando pra eles, logo menos tão na pista pra botar pra fuder denovo.

Sou o chefe do jacarézinho, pra chegar onde estou hoje, tive que passar por muita merda.
Cresci na rua, comendo comida do lixo, roubando uns trocado ali, uns celular aqui, sempre fazendo de tudo pra sobreviver, até que um dia esbarrei por acaso com o Marcão, quem me tirou da rua e me ensinou a ser o cara que sou hoje, sou bicho ruim mermo, bato de frente com quem for.
Marcão é dos grandes dentro do comando vermelho, e só sei disso porque sou cria dele, os peixe grande mermo nem nos que gerenciamos favela sabemos quem são, é trabalho sujo, mas não é bagunça não.
se hoje estou aqui, tem dedo dele no meio, máximo respeito por ele.

Não foi tudo de mão beijada, iniciei como soldado, subi pra gerente do pó, maconha, lança perfume, todas as drogas passavam na minha mão, depois de muitos anos, Marcão soltou na minha mão a favela do jacarézinho,hoje sou  o Gerente de tudo, o dono disso tudo.

Volto minha atenção lá embaixo,onde vejo uma cabeleira que quase chega na bunda, e do lado um cabelo cacheado.
A do cabelo cacheado olha na minha direção e fala algo no ouvido da outra, que logo dirigi o seu olhar em minha direção.

Só então percebo que é a parente do mano Jr.

A mina tem um olhar hipnotizante, mesmo estando de calça, percebo que o corpinho é uma delicia, porque ninfetinha, do jeito que o Sorriso gosta.
Uma dessa na minha cama eu faço estrago.

Sinto alguém chegando ao meu lado, escorando na grade assim como eu.

Jr- eai meu mozão, como tá o movimento?- fala fazendo uns gestos estranhos com a mão. Esse mlk é todo viado.

-aquela mina do cabelão não é tua parente? - na hora ele fecha o semblante e olha na direção que eu apontei com a cabeça .

- que que essa porra tá fazendo aqui.- passa a mão no rosto, ficando aparentemente puto.

O observo descendo a escada de ferro improvisada que da acesso a essa parte de cima.

Saio da grade e me aproximo do freezer com bebidas, encho meu copo com whisky e gelo de coco, dou um gole, e sinto uma mão tocar meu pescoço.

Me viro de frente para a pessoa e tenho a figura da Jéssica em minha frente, o cabelo ruivo se destaca em sua pele branquinha ,o vestido preto colado em seu corpo totalmente proporcional, a bunda grande.

Jéssica: achei que minha entrada aqui encima não estaria liberada hoje- falou enquanto fazia uma espécie de cafune com suas unhas em meu pescoço.

- e não deveria estar, esses seguranças que não sabem fazer o trabalho deles direito.- no último baile que teve, Jéssica saiu nos tapas com uma nega que estava dançando pra mim, proibi de subir pro camarote nos próximos 4 bailes, cansei dessa patifaria, se fosse minha mulher eu até entenderia.

-desgruda de mim e desce, não me faz perder a paciência e te fazer passar vergonha no meio de geral não. - já estava ficando puto , vim afim de relaxar, mas sempre tem uma mulher pra tirar minha paz.

Jéssica: poxa amor, só porque estava afim de fuder contigo hoje - desceu sua mão até meu pau, dando uma apertada.

-abraça o papo que vou te mandar vagabunda, para de pagar de braba pra cima de bandido, se eu falei que é pra você descer, você proucura o rumo da escada e some- me altero e aperto seu pescoço enquanto falo.

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