Essa semana passou voando, ou eu que estou meio voada mesmo, hoje já era sexta feira denovo.
Estava descendo para ir pra escola, sozinha, depressiva, excluída, Analu não vai, ela disse que estava passando mal, você acredita? Pois eu não.
Observei todos os comércios fechados, quase não tinha gente na rua, achei aquilo estranho, mas continuei meu caminho.
Quando já estava quase chegando, escuto tiros, que pelo barulho, estava bem próximos de mim.
Minha única reação foi procurar algum lugar que desse para me esconder.
Me enfiei atrás de um muro de uma casa que aparentemente estava abandonada.Foi só o tempo de eu entrar ali, que vi um grupo de policiais, tinha uns 5 deles ali.
Todos eles usavam uma roupa camuflada, uma máscara que cobria todo o rosto, apenas os olhos ficavam a mostra, e um colete.Sinto minha pele arrepiar, o medo que sentia aumentava cada vez mais, e os tiros cada vez mais próximos.
Sentia medo, porque sabia o que acontecia, eles não estavam ali para nos proteger.
Em horário que trabalhadores, crianças e adolescente estão descendo para ir em direção aos seus afazeres, eles sobem, para a mídia, estão vindo combater o crime, pra nós, estão vindo para destruir lares, acabar com a vida dr adolescentes que tinham, futuros brilhantes pela frente, na maioria das vezes, são pessoas pretas, que estavam indo em direção ao trabalho, para trazer comida pra dentro de casa, mas na mídia, eram traficantes que atiraram contra a corporação, que revidaram para salvar a própria vida.Em meio a todos esses pensamentos e sentimentos Acabo esquecendo que estava sentada encima de tijolos e me desequilibro caindo de bunda no chão meu joelho raspa na parede, pela adrenalina em meu corpo, não sinto a dor, com o barulho, um policial, olha para trás, e vem na direção do muro, com a arma apontada na direção em que eu estava, eu tinha a total visão dele, mas ele não tinha a minha.
Escuto uma voz chamar meu nome, na laje da casa que estava próxima ao muro.Sorriso: vem, me dá sua mão pra te ajudar a subir pra cá Mariáh, rápido, se eles te acharem vai dar merda, tu sabe- ele estava agachado na laje, seu peito subia e descia rapidamente, em seu rosto escorria suor, sinal de que ele estava agitado, provavelmente tinha corrido minutos antes ,a todo momento ele olhava os passos do policial, que agora já estava mais próximo .
Sorriso: anda porra, não complica meu lado - me levanto de onde estava caída, sinto meu joelho arder, olho para baixo e vejo o sangue escorrer, naquele momento isso era a menor das preocupações, sigo em direção onde ele estava, fico na ponta do pé, e ele estica o seu corpo, agarrando minha mão, me puxando para cima rapidamente, me senti uma pena, parece que nem fez força pra me puxar.
Me agacho ao seu lado, sentindo novamente meu joelho arder, tento limpar o sangue com uma blusa de frio que estava na mochila.Sorriso vira de costas pra mim, voltando sua atenção para a rua, ajeita o fuzil, mirando na direção que o grupo de policiais estava.
Sorriso: tu tá fazendo o que na rua? Não escutou o barulho dos fogos? - mesmo falando comigo, sua atenção a todo momento estava na viela, seu rádio não parava um minuto se quer.
-eu não escutei, e obrigada por me ajudar- escuto uma voz toda distorcida chamar por ele no rádio.
Sorriso: da o papo Jr - fala com a boca próxima ao rádio.
Jr: Mariáh, minha prima tlgd? Tá pelo morro, dá autorização pra uma tropa procurar ela? - em sua voz distorcida, ainda assim dava pra notar o tom de preocupação, me senti até amada.
Sorriso: fica suave, ela tá comigo aqui. - tiros foram disparados na viela em que tínhamos visão.
Sorriso sem nem avisar, disparou o fuzil, me fazendo assustar, pelo barulho.
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Paradoxo Mítico
FanfictionSorriso e Mariáh Dois mundos, duas personalidades. Suas diferenças são exatamente o que os completa. O amor é suficiente para superar as barreiras impostas pela sociedade e pela vida?