°Niklaus Mikaelson
Como previsto, estávamos no aeroporto, sentia vontade de deixá-la com suas duas malas grandes e voltar para meu escritório e ficar em paz. Eu não queria vê-los, precisava de paz e de espaço. Da última vez que vim aqui não foi legal.
Caroline parecia nervosa. Seus saltos batiam com força no chão, como se quisesse que a viagem fosse mais rápida, por ela, iriamos em uma cápsula do tempo ou correndo. Ela já disse três vezes que não gostava de esperar, mas suas mãos tremiam. Não era possível que todo esse nervosismo fosse só porque iria conhecer a família do seu "noivo" de mentira.
A primeira chamada foi feita e ela levantou um pouco atordoada, fomos para o portão de embarque. Passamos pela revista e pelo detector de metal e entramos no avião, caminhamos para encontrar a poltrona 03 e 04.
— não estou achando — disse ainda procurando, ela olhava para suas mãos, nem me ouvia — Caroline!
ela me olhou e vi seus olhos marejar.
— você tem medo de altura? — perguntei e ela negou com a cabeça. — então, o que houve?
— eu tenho medo de avião — ela parecia estar falando sério já que parecia nervosa, peguei em sua mão e continuei andando mais devagar. Vi uma aeromoça e ela estava organizando as malas em pequenos compartimentos.
— com licença, sabe me dizer onde ficam essas poltronas?
— claro — mostrei para ela — essas ficam na primeira classe — ela me levou para outra área, onde tinha no máximo 8 poltronas totalmente confortáveis. elas pareciam mais camas do que poltronas, tinha comidas na mini mesa a nossa frente, tudo era bom e confortável só de olhar.
— Obrigado — agradeci a aeromoça que não tirava os olhos de mim e da Caroline. Apenas dei de ombro e caminhei até a poltrona com a numeração certa, coloquei ela sentada e coloquei seu cinto, vi ela fechar os olhos e me sentei ao seu lado, fechei a cortina para não termos uma visão externa do avião.
— preciso que você respire Caroline, não adiantar muito esse trabalho todo, se morrer. — ela abriu os olhos e me fuzilou. — afinal o avião ainda não levantou voo.
— Vou nem te responder agora, Mikaelson — ela suspirou e tentou voltar a ser forte, A aeromoça nos instruiu sobre o cinto de segurança, as máscaras de oxigênio e como manter a calma durante uma turbulência. Caroline estava quase desaparecendo na poltrona, tão pálida que parecia um fantasma. Quando o avião começou a decolar, o nervosismo dela era evidente. Peguei sua mão novamente e entrelacei os dedos com os dela.
— fecha os olhos — ela de imediato fechou os olhos e assim que o avião estava em uma altura significativa e calma, a chamei — Caroline, pode abrir agora
Ela não me respondia, seu rosto estava neutro e parecia um anjo. Sorri ao imaginar como dormindo ela parecia o ser mais calmo do universo, mas acordada era o mais complicado possível. Arrumei nossa poltrona para ela deitar e ficar confortável, coloquei sua cabeça em uma almofada, embrulhei com uma coberta que a aeromoça me entregou.
Abri um pouco a janela para ver o céu, e apenas senti um sono me invadir.
***
Acordei ao sentir uma leve turbulência, olhei e vi Caroline ainda dormindo, vi que ainda estava com a mão entrelaçada a dela e soltei imediatamente. Ela continuava intacta e calma, esse sono não era normal, deve ter tomado um calmante ou uns três.
Faltavam 20 minutos para o pouso. Chamei-a suavemente e vi seus olhos inchados se abrirem lentamente. Mesmo inchada, ela ainda parecia linda — como um panda, mas não ousaria dizer isso.
— chegamos? — perguntou passando a mão em seu cabelo
— Não.
— então porque me acordou?
— faltam exatos 16 minutos para ele pousar e dá tempo de você comer algo, ainda falta um pedaço até chegarmos na casa deles — ela pareceu relutante, mas comeu ovos com bacon e um suco natural de morango.
O avião ia aterrissar e ela parecia mais calma, porém não deixou de fechar os olhos e segurar firme o encosto de braço que tem na poltrona.
Ele parou e começamos a sair do avião, ela ligou para sua amiga Katherine informando que chegou viva, o que me fez rir internamente. Passou pelo detector, pegaram seu passaporte e perguntaram quanto tempo ela iria ficar por aqui e outras pessoais.
achei estranho todas essas perguntas já que ela não era a única americana dentro do avião. mais falaram que era perguntas de rotina. fomos liberados em 4 minutos, com a Caroline querendo fazer um barraco, suas palavras foram bem claras: — Eu por acaso tenho cara de terrorista? ou me prende ou me libera logo.
— As vezes acho que você tem que ser um pouco mais calma! — comentei ao sairmos.
— Eu fui calma até demais —retrucou, colocando a mala no porta-malas de um táxi. — você bem que podia me ajudar né!
— Não, eu disse para não trazer essa mala enorme. Se vira — ela pareceu levar um soco no estômago com minha resposta.
— idiota... estúpido — murmurou, colocando a mala com força e se sentando no banco de trás.
— segue para o ponto rodoviário onde poderei pegar um ônibus para Ambleside, por favor. — o motorista concordou e ela continuava com o semblante de raiva.
Em uns 25 minutos conseguimos chegar a uma estação de ônibus. Caroline, parecia petrificada, era um lugar estranho para quem tinha dinheiro, no caso, muito dinheiro.
— Corre, Forbes! vamos perder o ônibus — ela pareceu sair do transe e pegou suas malas e seguiu até o ônibus grande com detalhes azul. Entramos no ônibus e pagamos a passagem para o motorista, o ônibus não era muito novo acho que isso a assustou, se sentou em um assento e apenas observava tudo calada.
— sério... ônibus? — disse com um sorriso debochado — tá querendo me castigar, sinto muito em te informar que já andei em muitos!
— era isso ou ir a pé — ela arqueou uma sobrancelha em tom de desdém — não consegui alugar um carro, estamos em uma época movimentada
ela deu de ombros e o restante do caminho fomos em total silêncio, depois de cinco horas dentro ônibus, finalmente chegamos. Ela se levantou e se espreguiçou.
— minhas nádegas estão dormente, que cidade longe — falou já descendo as escadas e saindo do ônibus, seu salto fazia barulho por onde passava. — qual dessas casas nessa cidade...
— a casa deles não fica na cidade — ela me olhou incrédula — fica na beira do lago Lake District
Ela parecia pronta para me jogar uma pedra ou até mesmo me dar um tiro, mais que culpa eu tenho que minha família gosta de morar longe da cidade.
— nunca mais vou voltar aqui, que merda de lugar longe — e praguejou — meu pé está doendo nesse salto, e a cada 5 minutos eu sinto vontade de voar em você, porque você não me fala nada sobre como agir, se sua família vai gostar de mim — respirou fundo e apontou para mim — que merda Mikaelson!
olhei para trás da loira irritada e vi Rebekah e Elijah, eles observaram cada movimento dela enquanto brigava comigo, não tive reação faz tempo que não vejo meus irmão.
—Na verdade, é bem longe de tudo — falou Rebekah e vi Caroline virar com o susto, elas se olharam e Rebekah abriu um sorriso — Me chamo Rebekah, sou irmã do Klaus.
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Beijos da Thete e da Tessa 💋
Espero que gostem.
Faz muitos meses que não escrevia essa fic, mas esses dias estava entediada dentro do ônibus lotado enquanto voltando para casa e lembrei dela. Aqui está mais um capítulo.
Até o próximo.
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O Contrato - Klaroline *[REVISANDO]*
Fanfiction《𝑻𝒆 𝒂𝒎𝒐, 𝒎𝒂𝒊𝒔 𝒏𝒂̃𝒐 𝒑𝒐𝒔𝒔𝒐 𝒎𝒂𝒊𝒔 𝒇𝒂𝒛𝒆𝒓 𝒊𝒔𝒔𝒐 - Fᥲᥣᥱι tιrᥲᥒd᥆ ꧑ᥱᥙ ᥲᥒᥱᥣ dᥲ Mᥲ̃᥆, ᥱᥣᥱ ᥒᥲ̃᥆ ꧑ᥱrᥱᥴιᥲ ι᥉᥉᥆. Sᥙᥲ fᥲ꧑ίᥣιᥲ ᥒᥲ̃᥆ ꧑ᥱrᥱᥴιᥲ ι᥉᥉᥆. Pᥱgᥙᥱι ꧑ᥱᥙ ᥎e᥉tιd᥆ dᥱ ᥒ᥆ι᥎ᥲ ᥱ ᥲᥒtᥱ᥉ dᥱ ᥴ᥆rrᥱr, ᥉ᥱᥒtι ᥉ᥙᥲ ꧑ᥲ̃᥆ ᥒᥲ ꧑ιᥒhᥲ. #Klaroline🥈 #Kla...