Capítulo 1

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O Sonho Prisioneiro

Os deuses Loki e Máni entraram no misterioso labirinto dos sonhos, cujas paredes eram feitas de lembranças ruins e esperanças quebradas. Um grupo de herois, descendentes dos deuses nórdicos, estava preso à sua frente neste reino confuso e onírico. Eles eram apenas sombras de sua glória real, envoltos em um manto de ilusões criadas por Morfeu, o deus do sono corrupto.

Joe, o escolhido de Loki, era um dos herois mais notáveis. Mesmo nas profundezas deste pesadelo artificial, seu potencial era evidente. Loki, astuto, se aproximou de Joe com determinação, com um ar de conspiração em sua presença.

Joe sentiu a mão fria de Loki em seu rosto, um toque que combinava promessa e perigo. Máni, o guardião da lua, permaneceu alerta para garantir que nenhum inimigo perturbasse o plano, enquanto Loki o observava com os olhos que faiscavam com um fogo travesso.

A decisão estava tomada. Joe seria o ponto de partida, a luz que iluminaria a esperança em meio à escuridão. Loki, em um gesto discreto, deu início a uma expedição que desafiaria os limites do mundo real e do sonho em busca de redenção e liberdade.

A Teia de Lembranças

Loki entrou na profundidade da mente de Joe, onde as memórias se misturavam como teias complicadas. Uma multidão de janelas se desdobrava diante dele, cada uma revelando fragmentos das várias vidas que Joe havia vivido nesse mundo onírico. Suas experiências eram representadas por imagens distorcidas e rabiscadas que ecoavam em meio à imensidão.

Loki deslizava entre as lembranças com uma curiosidade palpável, observando cada cena com admiração velada. Será que Joe reconheceria sua verdadeira identidade? Será que estava ciente da magnitude do destino que estava a caminho?

Na mente de Loki, uma breve lembrança do passado ressurgiu: o momento em que ele escolheu Joe como seu afilhado e lhe confiou seu primeiro legado. Naquele momento, as maquinações do destino pareciam evidentes; eram uma dança complexa de poder e influência que ele estava decidido a dominar. A escolha de seu scion foi necessária após a queda dos Olimpianos.

Loki estava tentando encontrar sinais da verdadeira natureza de Joe, mergulhando suas mentes na névoa de lembranças confusas e complexas. Embora as memórias do jovem pudessem ser divergentes, seus atos mostravam sua natureza intrínseca, o que foi fundamental para escolher o Deus do Fogo.

O Conflito Lunar

O deus da lua Máni se erguia em defesa do reino de Morfeu enquanto Loki navegava pelas correntes agitadas da mente de Joe. Ele se preparava para enfrentar os inimigos que haviam percebido sua presença intrusiva, chamando quimeras e invocando os servos da lua. Uma fada e um lobisomem, dedicados à sua causa, serviram como sentinelas para Máni e seus oponentes que se aproximavam.

Máni se sentiu desesperado quando viu seu filho, Peter, aprisionado nesta teia de sonhos distorcidos, no meio da iminente batalha. A semelhança física de Peter com sua amada, uma valquíria que era a mãe do rapaz, ecoava como um eco doloroso do passado. O deus lunar sentia uma tensão crescente enquanto se debatia entre o desejo de resgatar seu filho e o medo dos efeitos da intervenção.

Máni sentiu como uma sombra indesejada a lembrança do destino de Loki e o risco evidente que ele enfrentava ao tentar obter seu scion. O deus lunar se encontrava em um dilema devastador entre o instinto protetor de um pai e a prudência adquirida pela experiência. Máni lutava para encontrar a resposta certa em meio ao caos que os cercava, enquanto o destino de seu filho e a estabilidade do reino estavam em um fio tênue.

O Caos

Uma energia carregada de tensão e ameaça iminente pulsava no meio ambiente. Cada sombra distorcida e cada suspiro gelado que ecoava pelo espaço indicavam a presença obscura de Morfeu. Peter e Anna, os dois filhos de Máni, estavam presentes, mas apenas a irmã de Peter, Anna, parecia estar fora do alcance do deus lunar, longe de seus olhos e sentidos.

Máni sentiu um arrepio sinistro na espinha, com a impressão de que algo horrível havia acontecido com Anna. No entanto, suas habilidades divinas não conseguiram desvendar o mistério até o fim.

Em meio a isso, a batalha ao seu redor se intensifica em um ritmo frenético de vida e morte. O lobisomem, com garras afiadas e olhos ardentes, retalhava suas asas com ferocidade selvagem, combatendo as mariposas que tentavam entrar no recinto. O cheiro de sangue e suor impregnava o ar, e os sons de garras e asas se misturavam em um turbilhão de caos e agressividade.

Em meio ao caos, Maní se concentrou e buscou clareza. Ele sabia que precisava agir com prudência, escolhendo cuidadosamente seus movimentos para garantir a segurança de seus filhos e derrotar os inimigos que se aproximavam.

Então, Máni voltou sua atenção para a investida de Loki em um lampejo de consciência, preocupada com o desfecho do plano astuto do Deus do Fogo na mente de Joe. Ao longo da batalha, o destino de cada um dos combatentes estava preso em uma balança frágil, pronta para oscilar entre a salvação ou a destruição.

Nas Teias do Sonho

Loki avançou destemidamente pelas celas oníricas que aprisionavam Joe, com cada célula de sua essência vibrando com precisão. Ele não ficou surpreso ao saber que, durante uma dessas prisões, Jasper, o líder do grupo de herois ao qual Joe pertencia, era seu pai. O Deus da Mentira não conseguiu escapar da ironia da situação; embora fizesse sentido, ele estava profundamente perturbado por ver que todos estavam tão envolvidos na dinâmica corrupta dos Olimpianos.

Loki pensou na incrível capacidade dos Olimpianos de capturar Scions, manipulando suas percepções e crenças de tal forma que os mantinham presos em uma teia de mentiras e ilusões. De certa forma, era admirável, mas seu coração ardiloso também sentia inveja por ele. Quem poderia convencê-los a acreditar no contrário se eles acreditavam na mentira de quem eram?

A mente astuta de Loki trabalhava rápido para descobrir uma maneira de quebrar as ilusões que prendiam Joe. Ele se transformou em uma abelha e alçou voo entre as telas de memórias e vidas que estavam entrelaçadas naquele emaranhado dimensional na mente de Josef. Cada cena e cada trecho da história desempenhava um papel importante na resolução do quebra-cabeça que levou Joe à libertação. Loki continuava a buscar a chave que levaria à verdade.

Fogo e Lua no SonharOnde histórias criam vida. Descubra agora