Capítulo 5

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Loki estava em uma situação de urgência evidente, impulsionada pela necessidade de agir imediatamente após ter garantido a ajuda de Joseph. O próximo objetivo, resgatar Peter, o filho da lua, deveria ser atingido o quanto antes.

Loki e Joseph voaram pelo céu cósmico e presenciaram os emaranhados de vida de Peter estendendo-se diante deles, uma teia intrincada de oportunidades que se desdobrava em todas as direções. Joseph viu aquela visão como um testemunho do grande potencial que o filho de Máni tinha.

No entanto, Loki não se surpreendeu com aquele cenário. Ele estava consciente de que a deusa da noite havia deixado um presente especial para o filho da lua, dando-lhe uma ligação inigualável com o aquele ambiente. Atualmente, esse dom os impulsionava na busca de uma janela adequada que os levaria até Peter.

Loki e Joseph sabiam que cada movimento e escolha era importante enquanto planavam pelo céu estrelado. Eles tinham pouco tempo e apostas altas, mas eles estavam determinados a superar qualquer obstáculo. Eles eram uma força admirável quando trabalhavam juntos, prontos para desafiar até mesmo os deuses em sua busca pela liberdade de Peter e pelo cumprimento de seu destino.

Peter era famoso por sua serenidade incomum, uma qualidade que muitos atribuíam ao poderoso deus dos mares Njord, seu padrinho. Njord era um dos deuses principais do panteão nórdico desde os tempos antigos e era associado à paz e tranquilidade dos mares e oceanos. Sua presença transmitiu a sensação de serenidade e segurança.

Loki viu Peter de longe, mas o Filho da Lua, que dominava os sonhos, e que as marés o mantinha alerta para os acontecimentos ao seu redor. Ao ver o laço de prata adornando Loki, Peter imediatamente percebeu que era um deus da lua, e uma avalanche de memórias inundou sua mente.

Nascido na obscuridade da lua nova, ele era irmão de Anna e filho do deus da Lua, Máni. A deusa da noite, Nótt, atraiu a atenção dela quando ele nasceu. Sentiu uma ligação especial com as escuridão e seus mistérios. Isso ocorreu em uma noite tranquila, perto de um farol solitário, onde o majestoso deus dos mares, Njord, estava presente, ficando encantado com a paz e o potencial oculto que via naquela criança, então Njord decidiu aceitá-lo, também, como seu próprio filho.

Peter foi abençoado por dois poderosos deuses, cada um deles vendo nele uma representação de sua essência divina. Era uma história de origem marcada pela dualidade, a harmonia entre luz e escuridão, e a promessa de um destino grandioso que aguardava o Filho da Lua enquanto se preparava para enfrentar os desafios que o esperavam.

Peter flutuava no céu e encontrou brevemente os olhos de Loki, mas isso não foi visto por Joe até que já tivesse ocorrido. Peter separou um pedaço do laço de prata com uma habilidade incomum. Ele manteve uma das pontas para si e amarrou a outra ao deus do Fogo. Agora, com essa âncora, ele se preparava para navegar pelos labirintos intrincados dos sonhos, em busca de liberdade para si mesmo e para seus companheiros de aventura, que ele pensava estarem vivos e presos como ele.

Enquanto Joe absorvia a novidade, Peter compartilhava seus planos com Loki, instruindo-o a puxar a corda quando chegasse o momento de partir, garantindo que ele os alcançaria. Ele também o instruiu a puxar a corda quando chegasse o momento de partir. O filho da Lua demonstrou uma coragem admirável em meio à adversidade, lembrando a Loki de outro Scion notável: o afilhado de Tyr, cuja coragem e perseverança eram épicas.

Se voltando para Joe, Loki rompeu o silêncio com uma pergunta que ecoava com um toque de ironia, uma característica comum do Deus da Trapaça: "Quem devemos procurar? Nosso barco está prestes a partir, e o tempo é curto..." Loki falou com sagacidade, como se estivesse tecendo um jogo secreto para o jovem navegador dos sonhos, filho de Máni, seu aliado nesta viagem.

O nome "Hannah" escapa dos lábios de Joe com uma intensidade que surpreende até mesmo a ele próprio. Num instante, ambos são envolvidos por uma espiral de luz e sombras, e Joe se vê separado de Loki. Quando ele finalmente abre os olhos, diante de si está Hannah. Seu coração começa a bater mais rápido, mas ele se esforça para manter a compostura. Hannah parece estar prestes a lançar uma moeda ao ar, como se estivesse prestes a decidir algo crucial.

Joe percebe que o tempo é um lutador cruel e impiedoso e que não pode se dar ao luxo de hesitar. Seus olhos caem sobre suas próprias mãos envelhecidas, e uma torrente de memórias que não lhe pertencem inunda sua mente. É como se algo tivesse dado terrivelmente errado, e agora cabe a ele encontrar uma maneira de mudar o rumo dos acontecimentos.

Fogo e Lua no SonharOnde histórias criam vida. Descubra agora