Capítulo 12

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P.O.V HAN JISUNG

Hoje eu vim para a escola com Changbin, e como chegamos mais cedo, ficamos conversando e nos beijando por algum tempo, escondidos de qualquer um que poderia nos dar uma bronca.

Logo escuto o sinal tocando, então saímos do nosso esconderijo, que é a sala debaixo da escada, onde ninguém nunca vai, e começamos a ir em direção a nossa sala.

─ Eu te amo, ─ digo para ele quando ele se despede para ir para a aula. ─ Já estou com saudade.

─ Eu também meu amor, até daqui a pouco. ─ ele responde e vai para a sala.

Eu então entro para minha primeira aula, a aula que Minho está.

Entro na sala e o ignoro completamente, nem olho para ele, meus olhos estão totalmente focados no quadro negro.

─ Bom dia alunos, ─ o professor começa. ─ Hoje nós vamos escrever um poema, eu já falei um pouco sobre eles nas aulas passadas, então acho que já está na hora de vocês fazerem os seus próprios para ver como é que funciona. E como vocês estão começando agora a escrever e não tem a cabeça muita aberta para isso, vão escrever em duplas.

─ Não podemos fazer sozinhos Sr. Junhyeok? ─ Pergunto, já que não sou a fã número um de fazer trabalhos em grupos.

─ Não desta vez, ─ ele responde fingindo que está triste, o que obviamente não está. ─ E como estamos começando o ano agora, acho que devam se enturmar com pessoas novas. Então, para que nenhum novato ou mais ninguém fique de fora, eu que vou escolher as duplas.

A sala toda começa a reclamar da escolha do professor, e as vozes desapontadas da sala demoram para se calar.

─ Não reclamem se não quiserem algo mais difícil para fazer, ─ ele ameaça. Então o prof. Junhyeok pega a lista de alunos e começa a montar os pares aleatoriamente. ─ Ji-a e Jiyeon, Jisung e San...

─ Professor, ─ interrompo. ─ O San faltou hoje.

─ Faltou? Então você pode ir com o Lee Minho. Jooyeong e... ─ Ele continua.

Enquanto o professor cita as duplas, eu olho para Minho que rola os olhos, assim como eu. O mundo deve estar conspirando contra mim, porque não é possível.

─ Vocês vão entregar isso na semana que vem, nesta aula vocês vão fazer apenas o rascunho e tirar dúvidas, certo? ─ O professor pergunta a turma, que resmunga um 'sim' preguiçoso.

As duplas logo começam a se juntar para discutirem sobre o trabalho, e eu espero Minho vir até mim, mas ele nem se mexe. Olho para ele irritado e ele sacode os ombros, então eu me levanto e vou até ele revirando os olhos.

─ Você não pode fazer nem o mínimo? ─ Pergunto colocando meu caderno em cima da cadeira com força para mostrar que estou irritado.

─ Quem disse que eu vou fazer algo? ─ Ele responde como se não se importasse.

─ É claro que você vai fazer algo, ─ digo dando uma folha de papel para ele, já que está bem claro que ele não vai fazer muito esforço para me ajudar. ─ Você vai me ajudar. Agora, escreva suas ideias neste papel, e depois podemos juntar nossas ideias.

─ Sua ideia é ridícula. ─ ele se opõe.

─ São poemas, não podem ser escritos desta forma, não é um trabalho que as pessoas escrevem a primeira coisa que lhes vêm à mente.

─ Então como você quer fazer?

─ Eu já disse, não vou fazer.

─ É claro que você vai, eu não vou escrever isso tudo sozinho. Pega essa caneta e começa. ─ coloco uma caneta na mesa dele.

─ Hannie, olha para mim, ─ ele diz apontando para si mesmo e coloca os pés em cima da mesa. ─ Você acha que eu tenho cara de quem escreve poemas?

Eu olho para ele cautelosamente, mesmo que não seja necessário, e aponto para o papel com o olhos.

─ Apenas faça, Lee Minho, não é porque você tem cara de um aluno horrível que tem que agir como um.

─ Por favor, Jisung, não é assim que se convence alguém.

─ Não preciso te convencer, você vai fazer isso e pronto, ─ digo decidido. ─ Mais tarde vai para a minha casa pra gente fazer isso de uma vez por todas, não gosto de deixar nada para a última hora.

─ E o que faz você pensar que eu realmente vou fazer isso? ─ Ele me pergunta com a sobrancelha arqueada e um sorriso superior.

─ Eu sei que vai.

Minho faz um olhar duvidoso, como se já tivesse tudo planejado, mas não responde nada, e também não nega.

Alguns minutos depois o sinal toca e nós nos separamos. Encontro Changbin no almoço, e já o aviso que esta tarde estarei ocupado, então não poderemos ficar juntos como sempre. Ele faz uma cara de triste para mim, mas logo entende o motivo.

Não conto para ele que Minho vai para minha casa, assim como não contei a ninguém que ele é meu vizinho. E honestamente não quero que ninguém descubra isso, não quero que saibam que eu sou vizinho de Minho, até porque Hyunjin ficaria louco se eu o contasse.

Falando em Hyunjin, o vejo se aproximando de mim com sua bolsa que custa mais que a escola inteira, mas não posso dizer nada sobre isso, já que a minha situação não é tão diferente.

─ Finalmente te encontrei. ─ ele diz me abraçando. ─ Precisamos conversar, vamos sair para algum lugar hoje, ou talvez ir para a sua casa, preciso desabafar com você urgente.

Seu rosto não está nenhum pouco feliz. Ele está ofegante, e consigo perceber que algo está a chateando muito, mas não sei o quê.

─ Você está bem? O que aconteceu?

─ A história é muito complexa para contar aqui, precisamos de mais tempo e mais espaço. ─ ele olha ao redor para o corredor cheio de gente.

─ Na verdade hoje não vai dar, vou ficar a tarde inteira estudando, fazendo o trabalho de literatura com alguém da minha turma. ─ digo desapontado, sem citar quem é a pessoa.

─ Sung, é urgente, preciso conversar com você agora!

─ Não pode ser amanhã? Amanhã eu prometo que o meu tempo todinho está destinado inteiramente a você, eu prometo Jinnie. ─ digo segurando suas mãos.

─ Tudo bem, mas não pense que não fiquei chateado por você ter me trocado por estudos, nós não fazemos isso Jisung.

─ Eu sei, me desculpa. Mas eu prometo, nós conversamos amanhã. ─ digo já indo para casa.

...

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