Capítulo 13

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P.O.V HAN JISUNG

Chego em casa e jogo minhas coisas no canto do quarto. Meu pai e minha mãe logo saem de casa para trabalhar, e eu por algum motivo começo a ficar ansioso.

Talvez eu tenha uma ideia do porquê de eu ficar ansioso, mas odeio admitir que é por causa deste motivo, então tento o excluir da minha mente. Mas fica difícil quando ouço o motivo tocando a campainha da minha casa.

Desço para abrir a porta e o deixo entrar. Ele estava nada parecido de quando nos vimos com nossos pais, ele estava com um cigarro na mão.

─ Você bem que podia ser um pouco mais Lino agora, não é? ─ Faço um sinal de desaprovação com a cabeça.

─ Como assim ser Lino? Eu não sou duas pessoa Hannie, só me visto diferente quando estou com os amigos do meu pai.

─ Se comporta diferente também. ─ completo.

─ Como se você não fizesse a mesma coisa. ─ ele diz dando um longo suspiro. E logo em seguida apaga o cigarro e come uma bala de menta.

─ Eu não faço isso, eu me comporto da mesma maneira com todos. ─ digo o guiando ao meu quarto.

─ Duvido muito disso Hannie, ─ ele diz entrando no quarto logo atrás de mim, e fechando a porta. Ele olha ao redor e percebe que não arrumei meu quarto. ─ E seu quarto prova meu ponto.

─ Estou muito ocupado ultimamente Minho, não tenho tempo para essas besteiras.

─ Então por que continua saindo com o Seo Changbin? ─ Ele diz sarcasticamente.

Olho para ele tentando ficar sério, mas não posso negar que sua piada foi boa, então dou um sorriso 'falso' para ele. ─ Ha, ha, muito engraçado.

Eu vou até a minha cama e sento em cima dela com os cadernos para começar a criar este poema. Mas ao invés de Minho me ajudar a fazer, ele fica dando voltas pelo quarto e olhando ao redor como se estivesse em outro mundo.

─ Da pra vim me ajudar?! ─ O chamo.

─ Eu já te avisei que não ajudaria.

─ Então porque veio? Só vem logo Lee Minho, assim acabaremos isso mais rápido.

Ele não vai imediatamente até mim, mas não demora muito para se convencer e vir me ajudar. Ele se deita do meu lado e coloca um pé em cima do outro, e fica em silêncio, sem fazer nada. Essa não é bem a ajuda que eu esperava.

─ Sobre o que vamos fazer? ─ Pergunto.

Minho não responde nada, só fica olhando para mim com cara de tédio. Não pergunto de novo, sei que não adiantaria.

Me concentro no caderno, procurando ideias na minha cabeça do que escrever, mas é impossível, quando ele não para de olhar para o meu rosto.

─ Para com isso,─ digo ainda com os olhos no caderno.

─ Isso o quê?

─ De me olhar, me incomoda.

─ O fato de eu olhar para você te incomoda?

─ Sim. ─ Olho direto para os olhos dele, mesmo que não tenha sido proposital, mas é impossível não olhar para esses olhos penetrantes.

─ Então pra onde você quer que eu olhe?

─ Eu não sei, para qualquer lugar, para o caderno talvez, eu não sei, mas pare de olhar para mim, ─ digo tão rápido que setor na inegável que estou ansioso.

Minho se levanta e se acomoda do meu lado. Ele apoia uma mão na cama, atrás de mim, e eu continuo olhando para o caderno, mas ainda consigo sentir seus olhos passando pelo meu corpo.

─ E-Eu não tenho nenhuma ideia, nada vem a minha cabeça. ─ gaguejo.

Olho para ele de canto de olho, e quanto percebo que sua mão vem até meu rosto, meu coração começa a acelerar, assim como minha respiração.

Sua mão chega gentilmente sobre meu rosto, e eu instintivamente me aproximo dele, e quando menos percebo, nossos lábios estão grudados um no outro, famintos.

Ele logo fica por cima de mim, passando a mão no meu cabelo e no meu corpo, beijando cada canto do meu pescoço.

─ É melhor? ─ Minho pergunta enquanto beija meu pescoço.

─ O que é melhor? ─ Pergunto de volta com os olhos fechados.

─ Melhor do que quanto está com Seo Changbin. ─ ele diz sem parar de me beijar.

Changbin? Porque ele citou o nome de Changbin agora? Não acredito que isso está acontecendo de novo, mas não importa o que eu pense, não quero parar agora.

─ Como assim?

─ Apenas o meu beijo... é melhor do que quando vocês transam?

Ele realmente está me perguntando isso? O que eu devo responder? Não tenho como responder, como posso falar sobre algo que nunca aconteceu?

─ O-O que? ─ Me faço de desentendido, mas Minho logo para de me beijar e olha para mim sério. Eu respiro fundo tentando me convencer de que nada disso está acontecendo.

─ Não finja que vocês nunca fizeram isso, ─ ele olha para mim maliciosamente, mas meu rosto já conta todos meus pensamentos. ─ Vocês já transaram, não é?

─ Nós... eu... ─ meu cérebro trava.

─ Jisung, você é virgem?

Minhas mãos estão suando. Tento fechar os olhos esperando que isso tudo vai passar, mas é a realidade.

─ Droga Jisung! Por que você não me contou isso antes? ─ Ele sai da cama irritado.

─ Por que eu iria te contar isso? Eu nem me lembrava quem era você!

Ele olha para mim como se tudo que estávamos fazendo fosse errado, e eu não posso falar que era certo, mas ao menos era bom.

─ Não é assim que as coisas devem ser na primeira vez.

─ Espera... você veio aqui esperando sexo? Foi pra isso? Você nem espera me ajudar pelo menos um pouco com o trabalho?

Ele faz voltas até o quarto, então vem até mim e me olha como se eu fosse a pessoa mais inocente do planeta terra.

─ Jisung, acorda, ninguém vai vir na sua casa pra fazer um trabalho.

Olho para ele nervoso, e daí se eu ainda acreditava na humanidade?

─ E qual o problema se eu sou virgem? Eu apenas não me sinto preparado para fazer isso com Changbin.

Minho então muda a feição. Seus olhos percorrem suas lembranças, e já sei no que está pensando.

─ Você parecia muito pronto para fazer isso na festa, comigo... ─ ele diz se aproximando mais ainda de mim, destruindo o espaço que tinha entre nós. ─ Você gosta disso não gosta? Você gosta quando eu te toco.

O que tem de errado comigo? Eu não estou pensando nenhum pouco em Changbin, não estou pensando em mais nada que não seja as mãos de Minho no meu corpo.

...

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