Capítulo 3

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P.O.V HAN JISUNG

As ultimas aulas do dia haviam acabado, e eu já estava indo para casa com uma carona de Changbin, que me leva praticamente todos os dias para casa, e sempre aproveita para ficar o resto do dia lá, seja estudando, nos beijando, ou só jogando conversa fora. Nós sempre damos um jeito de passar mais tempo juntos.

─ Chegamos, ─ ele diz estacionando o carro na frente da minha casa. Nós saímos do carro e entramos em casa.

─ Você vai na festa de hoje à noite? ─ Pergunto deixando a mochila de lado.

─ Claro que sim, é a primeira festa desde o início das aulas, ─ ele diz, e logo vejo a porta do meu quarto trancada, sem nem perceber que Changbin havia feito aquilo.

─ Por que trancou a porta? ─ Pergunto indo até ela. ─ Você sabe que meus pais não gostam disso.

─ Hannie, eles nem estão em casa. ─ Ele diz vindo até mim depois de deixar sua mochila na escrivaninha.

─ Mas podem chegar a qualquer momento. ─ Vou até a porta e coloco a mão na chave para destrancar, mas sinto os braços de Changbin ao meu redor.

─ Vem aqui, fica um pouco comigo. ─ ele me puxa para longe da porta, sem me dar a chance de destranca-lá. ─ Você não acha que já está na hora?

─ Na hora do que?

─ Você sabe do que. ─ ele diz virando os olhos para baixo, para nossas genitais.

─ O quê? Changbin, é claro que não, nós vamos fazer o que sempre fazemos aqui, estudar. ─ digo indo até minha mochila para pegar os livros.

─ Hannie, por favor, já estamos namorando a quatro meses e nunca passamos dos beijos.

─ E qual é o problema?

─ Qual e o problema? ─ Ele eleva o tom de voz, mas logo diminui novamente. ─ Você não sente vontade? Eu não sei... tesão? ─ Olho para ele como se nem entendesse as suas palavras.

Changbin sabe que eu sou virgem, ao contrário do que todos pensam, não saio dando para todo mundo. E para ser sincero, não sei porque eu e Changbin ainda não fizemos. Essa não é a primeira vez que ele me pede, mas as vezes sinto como se não estivesse pronto, e isso é grande coisa, eu preciso estar pronto.

─ Pare de se fazer de santo, eu sei que você as vezes anda se masturbando, ─ ele acusa.

─ O que? Changbin, como você poderia possivelmente saber disso?

─ Então é verdade? ─ Ele pergunta curioso. Eu não nego. Changbin se aproxima de mim e coloca as mãos na minha cintura, então levanta a minha blusa e começa a passar a mão no meu peitoral. ─ Já fazem quatro meses Hannie, você não quer ao menos tentar? ─ Eu fecho os olhos, e tento pensar bem na minha resposta. Ele tem razão, que tipo de namorados que namoram a quatro meses nunca tiveram uma relação sexual?

─ Tudo bem. ─ concordo. ─ Mas não vou te prometer nada.

─ Isso. ─ ele celebra com as mãos.

─ E não quero que você me pressione. ─ aviso.

─ Nunca faria isso.

─ Ótimo.

Vou até a minha janela onde consigo ver os carros na garagem, e felizmente -ou não- não há nenhum carro, meus pais realmente não estão em casa. A melhor parte ser ser filho único é que eu não tenho ninguém além dos meus pais para me preocupar, então o que acontecer neste quarto não sairá daqui. Sem enrolação, eu já tiro minha calça e minha blusa e fico apenas de cueca, mas meu coração começa a bater tão forte que começo a ficar sem ar, e não é de uma maneira boa. Eu vou conseguir. Eu vou conseguir. Repito para mim mesmo na minha mente, mas não me acalmo. Changbin já está deitado na cama apenas de cueca. Eu tento ir até lá, mas minhas pernas ficam travadas, talvez eu não queira fazer isso.

─ Sunggie, você vai vir?

─ Estou indo. ─ respondo dando passos minúsculos.

Não estou acreditando que não vou conseguir, parece algo tão simples para as pessoas. Eu tenho que arrumar um jeito de fazer isso. Eu tenho 17 anos e sou virgem, se isso se espalhar no colégio, tudo acaba. Eu tenho sorte de namorar um cara tão legal desse, ele é a pessoa certa para fazer isso. Todos querem isso, é a melhor sensação que um ser humano pode sentir. Tento colocar qualquer coisa na minha cabeça que me dê coragem para prosseguir com o que combinamos em fazer, mas nada resolve.

─ Changbin, eu estou nervoso, acho que não vou conseguir. ─ Ele se levanta da cama e vem até mim, então pega na minha mão e me guia até a cama.

─ Você tem que relaxar. Agora, me diz o que está te incomodando, ─ ele diz enquanto começa a beijar meu corpo todo.

─ Eu não sei, eu... ─ tento pensar por um instante. ─ Acho que é porque a rotina mudou tão de repente, e eu estou estressado com tudo, ou talvez eu realmente não esteja preparado.

─ Aham. ─ é tudo que ele responde, ele não da a mínima para os meus sentimentos. Seus lábios descem até minha barriga, mas suas mãos chegam até a minha cueca antes. E quando ele está descendo elas, eu me levanto em um piscar de olhos.

─ Changbin, não. ─ digo já pegando minhas roupas de volta para vestir.

─ Por quê? Qual o problema? Achei que você já estava relaxado. ─ ele se levanta e vem atrás de mim. Eu pego também as roupas dele e começo a jogar nele, para que ele vista e vá embora, porque eu não aguento ficar no mesmo lugar que ele por agora.

─ Não, eu não estou nada relaxado, e não estou pronto para isso agora.

─ Eu pensei que estava, você concordou! ─ Ele argumenta.

─ Eu sei, mas foi sobre pressão, eu não estou pronto. E... e eu quero que vá embora. Agora! ─ Eu começo ao empurrar em direção a porta de saída.

─ Mas Sunggie...

─ Nos falamos depois. ─ Bato a porta na cara dele. ─ Até a festa de hoje à noite. ─ Digo e o ouço descer as escadas e ir embora. Me sinto mal por ter feito isso, mas não me arrependo. Teria me sentido muito pior se fizesse o que ainda não estava preparado para fazer. Tento esvaziar a minha mente, na festa de hoje iria resolver isso com Changbin, mas agora não conseguiria pensar direito.

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