Capítulo 11

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P.O.V HAN JISUNG

Não como quase nada durante o jantar. Minho está sentado de frente para mim, e não me olha nem uma vez durante nossa refeição, mas não consigo parar de o encarar.

Lino é uma pessoa completamente diferente de Lee Minho, a impressão que eles passam não chegam nem perto de ao menos se parecerem, e mesmo assim, é a mesma pessoa.

Este é exatamente o mesmo Lino que eu me lembrava, mas ele mudou demais ao decorrer dos anos, não parece a mesma pessoa, acho que foi por isso que não me lembrei dele. Ele está muito mais atraente agora.

─ Sunoo , você se lembra daquela vez que o Jisung e o Lino ficaram desaparecidos por três horas, e quando os achamos eles estavam brincando no seu closet? ─ Meu pai se recorda aos risos.

─ Aquele foi um dia desesperador, eram dois pestinhas, quase tive um infarto quando percebi que estavam sumidos. ─ Sunoo responde sorrindo.

E pela primeira vez Lino olha para mim. Ele sorri de lado, e me faz ficar molhado, não apenas pelo seu sorriso, mas também pelas lembranças que me vem à mente quando me recordo do que estávamos fazendo naquele dia, naquele armário.

Eu odiava Minho, ele era tão mimado e rancoroso, era completamente irritante. Neste dia, ele me chamou e falou que encontrou meu colar que estava perdido. Esse colar era o meu favorito, eu andava com ele para todos os lados, ele tinha uma pedra azul esverdeada no meio, eu mesmo tinha o achado jogado na rua, mas eu não o via a uma semana, tinha o perdido.

Estava tão triste com a perda do meu colar que fiquei desesperado o procurando. Então Minho me disse que havia o achado, então eu fui com ele até a casa dele, e entrei no closet do pai dele, que era enorme. E quando eu menos esperava, Minho havia me beijado.

Ficamos por horas dentro daquele closet. Minho inventava uma história atrás da outra me explicando o que havia acontecido com o colar, mas até hoje não o recuperei. E no final me senti extremamente arrependido por ter deixado Minho me beijar, já que eu não gostava nenhum pouco dele, além de não ser nada atraente quando comparado a hoje em dia. Ficamos semanas sem nos falar, até que ele foi embora.

Minho começa a olhar para mim por tempo demais, então eu me levanto e digo que vou ao banheiro.

Me olho no espelho e me xingo internamente. Consegui ficar excitado com lembranças de quatro anos atrás? Não consigo acreditar, sinto a minha intimidade pulsando, e logo as lembranças da semana passada vem a minha mente, e é como se eu não pudesse esperar para ser tocado.

Começo a descer minha calça, e então pela minha cueca, e quando estou pronto para enfiar meus dedos lá dentro, ouço meu pai me chamando. Eu imediatamente recomponho minha postura e vou até eles, e vejo que os pratos já foram retirados, e agora eles estão apenas conversando.

─ Hannie. ─ meu pai me chama novamente. ─ Você pode pegar aquele vinho português na adega? Aquele que te mostrei a alguns dias atrás.

─ Claro, estou indo. ─ aviso e começo a descer até a adega.

─ Lino, vá ajudá-lo. ─ Sunoo diz por educação, mas ouço baixo, já que estou longe deles.

Droga, agora é o pior momento para eu ver Minho.

Eu chego na adega que está gelada como sempre e começo a procurar o vinho. Respiro fundo para me comportar e não acontecer a mesma coisa da semana passada.

O vejo vindo até mim, e ele não olha para outro lugar que não seja meu corpo. Seus olhos nem chegam ao meu rosto, ele só está interessado do meu pescoço para baixo.

─ Você estava falando a verdade, ─ digo com a voz trêmula. ─ Por que não disse que era verdade?

─ Não seria divertido. ─ ele responde com a mão no queixo, me analisando cautelosamente.

─ Eu não sou uma diversão Minho. ─ aperto minhas pernas para tentar diminuir o fogo que sinto.

Ele continua se aproximando de mim, mas não responde nada, apenas sorri de lado.

─ Sabia desde o começo? ─ Pergunto apoiado na mesa atrás de mim.

─ Desde o dia que você não parava de me encarar, ─ ele diz. ─ E logo percebi que você não se lembrava, mas não se sinta culpado, ninguém se deu conta ainda que sou eu.

─ Não é culpa deles, você não é a mesma pessoa.

─ Um país diferente muda muito uma pessoa, ─ ele completa. ─ Você aprende muito. ─ Ele passa o dedo nos lábios como se tivesse acabado de beijar alguém, mas logo percebo o que quis dizer, que agora ele beija, e não são apenas bocas. Mas eu nunca duvidei disso.

Concordo com a cabeça, e sinto minha respiração começar a ficar desregulada, então antes que algo mais aconteça, me viro para a coleção de vinhos e logo acho o que o meu pai me pediu. Ele está a algumas prateleiras acima, então fico na pontados pés para conseguir alcançá-lo, mas antes que eu consiga, sinto as mãos de Minho se encostarem no meu quadril, e não me mexo.

Meu peito sobe e desce, e começo a lamber os lábios, ele percebe e sorri.

─ Pode deixar que eu pego. ─ ele diz e eu me afasto.

─ Obrigado, ─ digo pegando o vinho da mão dele. ─ Agora podemos ir. ─ Digo indo em direção a porta para subir até o andar de cima.

Nós dois subimos, eu nem me mexo direito, não sei o que fazer ou dizer depois dessa tensão toda, mas Minho parece não se importar com o que acabou de acontecer.

─ Ótimo! ─ Meu pai diz pegando a garrafa da minha mão. ─ Era deste que eu estava lhe falando, Sunoo.

E novamente estou sentado na frente de Minho, mas desta vez, ele não tira os olhos de mim, desta vez ele encara desde os meus olhos até onde a mesa permite.

Uma hora depois eles já foram embora, mas já combinam para se encontrar mais uma vez daqui a algumas semanas.

E logo me lembro de Changbin, e vejo que ele me mandou uma mensagem dizendo que ficou ocupado cuidando da sua irmã mais nova, e tudo aquilo que eu estava sentido que me fazia ficar com um frio na barriga vai embora.

...



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