DIGA MEU NOME | Minsung

Capítulo 17

P.O.V HAN JISUNG

Não consigo nem olhar pra ele enquanto me beija. Olho para o relógio na minha frente e posso jurar que escuto os ponteiros batendo como se demorassem um século para passar.

─ Changbin.

─ O que foi? ─ Ele continua me beijando como um louco.

─ Eu lembrei que combinei de sair com o Hyunjin hoje. ─ já perdi as contas de quantas vezes menti pra ele hoje.

Changbin para de me beijar e encosta a cabeça no meu ombro, decepcionado.

─ Isso é sério? Você não está inventando isso porque não quer tr...

─ Não, é claro que não, é que eu olhei no relógio da parede e vi que já até passou do horário que tínhamos combinado.

─ Porra, ─ ele diz pegando suas roupas nervoso, como se fosse rasgá-las em seguida.

─ Me desculpa, vamos fazer isso outra hora, ok?!

─ As vezes as horas passam, Han, e quando você vê elas se esgotaram, e não tem mais o que fazer.

Ele sai do quarto sem nem se despedir, e bate à porta com força. Nunca achei que Changbin iria me tratar desta forma por causa de sexo. Isso me deixa tão triste e humilhado que tenho vontade de deixar de falar com ele por meses.

Não sei se estou com mais raiva dele ou de mim por fazer o que estou fazendo, mas o fato de que eu não consigo nem olhar para ele enquanto ele me beija, ou toca, me deixa ainda mais constrangido e culpado.

...

Para não me sentir muito culpado pelo que estou fazendo com praticamente todos a minha volta, eu ligo para Hyunjin e peço para ir à casa dele, já que não quero de jeito nenhum que ele descubra que eu sou vizinho do cara que ele está afim.

Não sei o motivo dele estar tão preocupado hoje mais cedo. Parecia que alguém tinha morrido para ele aparecer com aquela cara hoje querendo falar comigo.

─ Que bom que você veio, era urgente. ─ ele diz me entregando uma taça de vinho.

─ O que aconteceu de tão grave? ─ Pergunto sem dar muita importância, mas ainda com um tom de preocupação em minha voz.

─ Eu. Não. Transei. Com. O. Minho. ─ ele diz se jogando na cama. ─ Assim, não pense que eu estava preocupado por causa disso, mas eu achei que a gente tinha feito pelo menos uns boquetes na noite da festa, e eu acabei contando para um monte de gente que eu já tinha pegado ele, mas no fim não aconteceu nada, eu apenas apaguei quando cheguei no quarto.

Olho para ele que está quase chorando do meu lado.

─ E você não se lembrava disso?

─ Eu não lembrava nem quem eu era nessa festa, quem dirá o que eu fiz. ─ Hyunjin coloca a mão tampando o rosto e faz final de não com a cabeça. ─ Su- Sunggie, o que eu faço? E se isso chegar até ele e ele negar? As pessoas vão rir de mim pelo resto do ano. ─ ele se joga para trás começa a chorar.

Não posso culpar o Hyunjin por este ser o motivo da preocupação, já que eu estou passando por isso agora, com medo de que as pessoas descubram a verdade por trás de tudo. E aquela escola é bem rápida pra espalhar fofoca.

─ Não se preocupe Hyun, ele não faria isso. Ele é um babaca, mas não faria isso nunca. ─ digo com convicção.

─ Você acha mesmo?

Ele se levanta e segura as minhas mãos, olhando tristemente para mim. O rosto de Hyunjin está todo molhado por conta das lágrimas.

─ Eu espero. ─ digo, mas soa mais como uma pergunta.

─ Ah não. ─ ele me abraça e chora no meu ombro, o que quase derruba a minha taça de vinho que ainda nem tomei. ─ É que o que ele me disse no dia seguinte deu a entender que algo tinha acontecido, ele dormiu lá e tudo.

─ Talvez ele estava muito bêbado para ir embora, e ele teve que ficar.

─ Você está protegendo ele?

─ É claro que não, ele continua sendo o maior babaca que eu já vi.

Odeio como fiquei aliviado ao saber disso. Eu jurava que eles tinham ficado naquela festa, e eu odeio que fiquei feliz ao saber que não aconteceu nada. Não demoro muito para ir embora pra minha casa.

Por mais que o Hyunjin tenha me pedido para passar a noite na casa dele, eu tinha que ir para casa clarear à mente um pouco, depois de tudo que aconteceu hoje minha mente estava uma bagunça.

...