Capítulo 5

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P.O.V HAN JISUNG

A bebida que eu ingeri mais cedo começou a fazer efeito no meu corpo. Ou talvez eu esteja a confundindo com a sensação que Minho causa em mim, mas não me esforço para descobrir qual é das opções, já que as duas são boas.

Lee se aproxima tanto de mim que acho que vai me beijar, e não me mexo, até porque não seria possível neste caso, já que estou preso entre ele e a parede. Ele estica sua mão esquerda até a janela enquanto segura seu cigarro com a outra. Então ele apaga o cigarro e o joga pela janela, soltando o resto de fumaça da sua boca lentamente, como se não quisesse a deixar ir. Ele não tira os olhos de mim nem por um segundo, e sinto minha intimidade aumentar. Seus olhos escuros penetram a minha alma e buscam pelos meus pensamentos mais obscuros, mas por enquanto não deixo que saiam. Minha respiração aumenta cada vez mais, e o silêncio que tem entre a gente deixa tudo com mais tensão, e deliciosamente mais excitante.

─ Por que veio se não gosta de se enturmar? ─ Pergunto tentando diminuir o fogo que cresce em mim.

─ Nunca disse que não gostava de me enturmar, só disse que sou pouco sociável.

─ Por que está me enganado, foi por causa do Hyunjin? ─ Pergunto novamente, como se estivesse o entrevistando. Ele solta um sorriso acompanhado de uma covinha perfeitamente desenhada em seu rosto.

─ Eu não estou o enganando Jisung, ─ ele diz limpando o resto das lágrimas que estavam no meu rosto. ─ nós só estamos trocando saliva. ─ ele diz, e sinto uma pontada de ciúme, mas finjo que aquilo não me atinge.

Não sei porque ainda estou aqui. Estou com o cara que meu amigo está se envolvendo no momento, e quase traindo meu namorado. Minha nossa, Changbin. Quase tinha me esquecido dele. Eu começo a em mexer para descer novamente, mas meu corpo não me obedece, então eu fico ali, entre Minho e a parede, mas não reclamo.

─ Por que estava chorando? ─ Ele pergunta tirando alguns fios de cabelo do meu rosto.

─ Não precisa fingir que se importa Minho, eu sei que não liga.

─ Isso que você disse é verdade. ─ ele diz soltando um curto suspiro e olhando diretamente para os meus olhos. ─ Só estava tentando falar alguma coisa, por que sei o quão excitado você fica quando não estamos falando nada, quando tudo que existe é apenas eu e você, e mais nenhuma palavra.

É agora. Essa era a hora que deveria xingá-lo, dizer que não sinto nada daquilo, e sair daqui o mais rápido que eu consigo, mas ao invés disso, eu levanto meus pés para chegar até a altura dele, para poder beija-lo. Mas antes que minha boca encoste na dele, eu sinto suas mãos que antes estavam na parede chegar na minha barriga, e em seguida na barra da minha calça. E eu deixo, eu deixo porque nunca havia sentido isso antes, porque Changbin não consegue causar isso em mim nem que tentasse por um milhão de anos.

─ Você sente aqui não é mesmo? ─ Ele coloca a mão dentro da minha calça na minha intimidade, sobre a minha cueca . Um arrepio percorre todo meu corpo quando sinto suas mãos em mim. Eu abro a boca, mas não emito nenhum som, minha respiração acelerada já responde por mim.

─ Eu nem te conheço. ─ digo tentando não me render à ele.

─ Mas você gosta, não gosta Hannie?

─ Você me insultou.

─ E você queria mais, não queria? ─ Ele brinca comigo como se eu fosse seu peão, ele faz o que quiser comigo sabendo apenas meu nome. Meu nome é tudo que ele precisa. ─ Você queria que eu te xingasse sobre aquela cama, não queria Hannie? Aqui, e agora. ─ Ele aponta para a cama com a cabeça, e logo volta a olhar para mim, a olhar nos meus olhos.

─ Eu não gosto de você Minho. ─ digo decidido, mas meu corpo não concorda comigo. Eu mordo meus lábios ao sentir a pressão que ele faz sobre a minha intimidade. ─ E isso não é verdade, eu quero ir embora. ─ minto.

─ Então porque você está molhado? ─ Ele sussurra no meu ouvido.

Droga. Como ele está fazendo isso comigo tão facilmente? Eu sei que é errado, sei que Changbin está a apenas alguns metros de mim, mas depois do que ele fez comigo quando achava que ele me amava e respeitava, me faz querer montar em Minho agora mesmo. Eu então o beijo sem pensar duas vezes. Meus braços passam ao redor de seus ombros, e minhas mãos caminham pelo seu cabelo escuro. Minho retribui o beijo. Sua maneira de me beijar é impiedosa e feroz, e consigo ver por seus atos e olhares, que ele sente a mesma atração que sinto por ele, e tenho a impressão de que ele odeia isso. Ele levanta as minhas pernas e me apoia na parede. Eu tiro sua regata e a jogo no chão, então ele me leva para a cama e me joga nela, então se posiciona em cima de mim.

─ Seu idiota. ─ xingo, mas ele ignora minhas palavras, e continua beijando meu pescoço e o resto do meu corpo. Seu beijo tem gosto de menta, e seus lábios são tão macios com uma nuvem. Ele morde meus lábios como se estivesse os petiscando, e suas mãos não se contentam apenas com o meu cabelo, ela caminha por todo o meu corpo, visitando cada parte como se fosse um turista. Estou tentando tirar seu cinto quando ouço alguém abrindo a porta com toda a força. Changbin estava parado diante a porta tentando entender o que estava acontecendo ali, imóvel, sem piscar nem uma vez, assim como nós. Nós nos levantamos instantaneamente. Minho começa a vestir sua blusa novamente, e eu ajeito meu cabelo e minha roupa, mas acho que isso não vai adiantar muita coisa agora.

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