CAPÍTULO 12

33 11 0
                                    

Deixe seu voto

Comentários alegram o dia da autora

Boa leitura!

...★*☆...

J I M I N

— Senhor Jeon.

Me levanto da cadeira assim que vejo doutor Choi caminhando até mim, ele anda até mim com passos devagar, o que aumenta ainda mais minha ansiedade e nervosismo, se curva e eu faço o mesmo, só que mais rápido do que ele.

— Seu marido está bem. O desmaio ocorreu pela fraqueza em seu corpo, conversei com o senhor Jeon assim que ele acordou e ele me disse que tomou chuva e não fez as refeições nos horários certos, isso mais a quimioterapia acabou enfraquecendo ainda mais o seu corpo, causando uma queda de pressão e logo em seguida o desmaio.

Pisco algumas vezes e respiro fundo um pouco aliviado, mesmo tendo sido apenas um simples desmaio, estava tão desesperado e em choque, que meu cérebro não conseguia processar a informação de que meu Jun está bem.

Depois do câncer tudo o que acontece com ele me deixa mais preocupado que o normal, o medo que eu sinto de perdê-lo vem a tona até mesmo se ele tropeçar ou arranhar o joelho.

— E quando ele terá alta? Afinal, não foi nada demais, certo?

— Na verdade, ele precisará ficar em observação. Seu marido está com febre acima de 38ºC. Já demos um anti inflamatório para diminuir a temperatura, mas por ele ter feito uma sessão de quimioterapia em menos de vinte e quatro horas, e por sua imunidade estar baixa devido ao tratamento, precisaremos ficar de olho nele para ter a certeza de que a febre fora causada pela fraqueza ou pela chuva e não pelo câncer.

— Oh, tudo bem... Será que eu posso vê-lo?

— Claro. Me acompanhe.

Acompanho o doutor até o final do corredor e assim que ele abre a porta, vejo Jungkook usando a roupa do hospital, deitado na cama, ligado a vários fios, exatamente como no dia em que soubemos da doença.

Está sendo tão difícil olhar para ele e segurar o choro, principalmente em cenas como essa em que ele está mais fraco do que jamais esteve.

Sinto minha visão embaçada, viro a cabeça para o lado contrário ao seu, a fim de impedir que as lágrimas deslizem pelo meu rosto, não posso chorar agora, não na frente dele. Preciso ser forte e mostrar para ele que tudo ficará bem, mesmo que nenhum dos dois acredite nisso.

— Mais tarde uma enfermeira aparecerá para verificar seu soro. Com licença.

Doutor Choi sai da sala nos deixando somente na companhia um do outro, já que o quarto em que Jungkook está é privado, sendo assim, somente dele.

— Anjo... Vem aqui.

Respiro fundo algumas vezes antes de me virar para ele. Assim que consigo me acalmar, viro novamente de frente para ele e após ver seu semblante abatido, derrubo as lágrimas que tanto segurei.

Sento ao seu lado na cama e ele me abraça, choro copiosamente colocando meu rosto sobre a curva de seu pescoço. Eu não devia estar chorando em seus braços, enquanto ele está em uma cama de hospital - deveria ser eu o consolando e não ao contrário.

Lúgubre • JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora