Lúgubre • Jikook

CAPÍTULO 2

Boa leitura!

...★*☆...
2 semanas antes

J I M I N

- Estou falando sério! Aquela mulher está grávida e não sabe qual dos dois é o pai.

Estávamos todos sentados de maneira desleixada em minha sala de estar, conversando sobre o que mais amávamos falar: a vida alheia.

E por todos eu quero dizer nossos amigos Kim Namjoon e seu esposo Kim Seokjin, Kim Taehyung, o único solteiro do grupo e meu irmão Min Yoongi e seu namorado Jung Hoseok e claro, Jun e eu.

Já se fazia quase seis horas que estávamos conversando sobre assuntos aleatórios, bom, raramente eram assuntos aleatórios, sempre que tentávamos mudar de assunto para algo banal voltávamos para as fofocas da vida alheia.

Agora mesmo Tae contava sobre a vizinha de condomínio dele, que havia ficado com os dois amigos do trabalho na mesma semana e não faz ideia de qual dos dois era o pai.

- E como é que você sabe disso? - Jin pergunta, um dos poucos que estava interessado na conversa.

Tá aí, essa é uma ótima pergunta. Como esse menino pode saber de algo tão íntimo assim?

- Escutei ela dizendo por aí. - Ele diz olhando para cima.

Mas como... Ah não ser que... Eu não acredito que ele fez isso de novo!

- Kim Taehyung! Você estava escutando atrás da porta dos vizinhos de novo? - pergunto me levantando com tudo do sofá, fazendo Jungkook se assustar, já que ele estava encostado em mim. Peço desculpas somente com os lábios, sem emitir som, e me dirijo novamente para o moreno.

- Claro que nã... - Arqueio uma sobrancelha e ele suspira. - Sim... Mas não foi por querer!

Esse menino é tão curioso que sempre acaba indo longe demais para descobrir uma fofoca, é até incrível como ele ainda não foi pego por ninguém. Taehyung fica tão obstinado em ir atrás de informações que se não descobrir o desfecho da fofoca, ele contrata um detetive para ir atrás da pessoa a fim de saber de tudo o que aconteceu.

No começo era até pior, sim, tinha como piorar, nós ficávamos com medo de ele acabar sendo preso, ou até pior, como ser morto por alguém descontrolado. Depois que o casal Sope conversaram com ele, Tae começou a fazer terapia e após alguns meses, ele estava deixando de lado tudo isso.

Era o que pensávamos, na verdade, mas parece que ele teve uma recaída, ou pode ser que ele nunca parou, só havia enrolado a gente e o psicólogo dele todo esse tempo, mas me recuso a acreditar que seja a segunda opção.

- Explica, por favor.

- Eu estava limpando a sala, quando ouvi gritos da casa ao lado. Pensei que era coisa da minha cabeça, mas quando desliguei o aspirador, ouvi novamente os gritos. - Ele come um salgadinho que estava na mesa de centro, não dando nenhuma importância para o que estava contando. - Eu só fui lá para ver se estava tudo bem - Deu de ombros. - Enquanto tocava a campainha, eles pareciam não escutar por causa da gritaria...

- Ou não quiseram ir atender, afinal estavam no meio de uma discussão. - Jun fala. E antes mesmo que ele tivesse terminado a frase, Tae revirou os olhos.

Estava tão focado no que ele falava, que não percebi que agora todos prestavam atenção na conversa.

- Eu estava esperando alguém abrir a porta, mas ninguém abriu, então fiquei na porta escutando a conversa, para ter certeza que ninguém estava se matando.