not your fault (hey you)

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Not your fault (hey you) by yaeow

Eu amo tanto bebês 🥹🥹🥹🥹

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Rosamaria POV

Subi as escadas lentamente depois de ter entregado Tomás pra minha mãe e ter dado as instruções sobre o leite e sobre a comida do Josh. Entrei no quarto sentindo o frio do ar condicionado, fui puxada pra dentro do cobertor pelo meu próprio cansaço. Carol nem acordou quando Tomás despertou choramingando, ela ainda dormia tranquila, abracei seu corpo e caí no sono facilmente.

"Você ouviu?" Ela sussurrou o que pareciam ser apenas alguns minutos depois que eu fechei os olhos, mas aos poucos percebi que devia ter dormido uma hora já. Fiquei em silêncio e ouvi o choro de bebê que vinha do andar de baixo, meu coração apertou mas me forcei a lembrar que ele estava bem acompanhado.

"Elas tão com ele, amor." Sussurrei de volta.

"Verdade." Beijou minha mão e pareceu ter voltado a dormir, tentei fazer o mesmo mas foi impossível, agora fiquei pensando se o Tomás estava chorando porque queria meu colo ou o da Carol, será que ele ia conseguir ficar sem a gente? Ouvi Carol suspirar e sabia que ela não tinha dormido.

"Tá preocupada?"

"Não é que eu não confio na sua mãe e na sua irmã mas é que ele é complicadinho, né? Será que não é bom a gente ir lá?"

"Complicadinho tua cara, Caroline!" Reclamei pela forma que ela falou e ela se virou no meu abraço já com um sorriso no rosto.

"É sim, igual a você, complicadinha." Me deu um selinho e se arrastou pra mais perto de mim, sua barriga ainda um pouco inchada ficava no meio de nós duas, somente dez dias e já tinha diminuído metade do tamanho, fora que ela adquiriu uma nova personalidade de quem não come muito, o que me preocupava pelo tanto de esforço que ela fez, mas eu tentava não interferir muito, sabia que ela estava insegura sobre seu corpo. "Agora que temos tempo pra dormir, não conseguimos." Soltou uma risada no meu pescoço.

"Somos mães, a cabeça não para nunca." Falei.

"Meu Deus, somos mães, Rosamaria!" Ela e seus choques de realidade. "Não tem nenhum dia de folga pra mãe? Nenhum feriado?"

"Nenhum, é pra sempre agora." Sorri imaginando nossos meninos crescendo juntos e nós duas ainda tendo as mesmas preocupações do dia a dia. Ela suspirou no meu ouvido. "Tenta dormir, eu tô aqui se elas precisarem."

Se afastou do abraço e me olhou séria, falei algo errado? "Para de tentar fazer tudo por mim, você que precisa dormir, vida. Olha, já tá na hora de começarmos a agir de igual pra igual, eu já estou perfeitamente bem e consigo fazer o mesmo tanto que você."

"Nunca vai ser o mesmo tanto, sua carga sempre vai ser mais pesada, e eu tenho plena consciência disso, por isso tento fazer minha parte muito bem."

"A gente não é mãe e pai, Rosa, só porque eu fiz a parte física não quer dizer que eu tô sobrecarregada pro resto da vida, você é trinta mil vezes mais mãe desses meninos do que eu." Sua voz falhou mesmo não sendo sua intenção.

"Não fala isso."

"Você sabe que é verdade, eles também." Eu neguei com a cabeça querendo cortar sua língua por falar tanta besteira. "Não sei se eu nasci pra ser mãe."

"Vida, não fala isso." Arrastei minha voz. "Eu sei que é insegurança, eu também sinto as vezes mas não posso me dar o luxo de acreditar, eles precisam de mim e de você."

"Se eu for uma mãe ruim, promete que me diz? Que vai ser melhor que eu?" Percebi que aquela conversa ontem abriu portas pra outras, ela se sentia mais à vontade de expressar o que estava em sua mente e por mais tosco que fosse, era o que ela sentia no momento. "Tenho medo de decepcionar eles, ou você." Ela choramingou e voltou a me abraçar.

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