The Story

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The Story by Sara Ramirez

Gente, me atrasei com sereia kkkkk pensei que faltava pouquinho pra escrever no capítulo mas falta um tanto ainda, sai hoje, tá? Esse aqui já tava revisado então tomem. (Quando eu falar que a criança parece com a Carol, usem a imaginação de vocês com as fotos, obg)

...

Rosamaria POV

"A temperatura dele tá muito baixa." Ouvi alguém falando mas não consegui tirar os olhos de Carol que agora tinha uma máscara de oxigênio e aplicavam remédio da através do seu soro. "Mãe! Mãe!" Virei a cabeça e notei a enfermeira falando comigo, ela segurava o Tomás que chorava baixinho e tinha um cobertor de hospital enrolado em seu corpo. "Senta na poltrona e tira sua camisa!" Ela pediu apontando com o queixo pra poltrona no canto do quarto. Eu olhei pra trás e depois voltei o olhar pra Carol. E ela? Eu quero saber dela! "Mãe! Senta e tira sua camisa, precisamos fazer contato com sua pele pra aquecer ele."

Engoli em seco e alisei o joelho de Carol antes de sair de perto dela e ir me sentar na poltrona como me foi pedido. Passei minha blusa de alfaiataria pelos braços, ficando só de sutiã e antes que eu pudesse deslumbrar que esse momento ia acontecer, eu senti seu corpinho minúsculo, molhado e gelado entre meus seios e coloquei minhas mãos na sua bundinha e na sua cabeça, como instruído pela enfermeira. Ele resistiu de primeira e chorou forçando sua cabeça na minha mão.

"Oi meu amor, é sua mãe, filho." Eu falei com a voz suave e notei quando ele sentiu a vibração da minha voz e travou. Parou de chorar imediatamente e ficou atento, a enfermeira colocou outro cobertor mais grosso no meu ombro e em cima dele. "Você é tão lindo, Tomás." Sussurrei deixando um beijo com meus lábios trêmulos nos seus cabelos molhados com resquícios da placenta e de muito sangue, o bichinho estava até vermelho.

Ele abriu os olhos e eu o ajeitei pra que ele me visse. Seu olhar me arrepiou dos pés a cabeça, ele me olhou como se eu fosse a única pessoa no mundo, como se eu fosse seu mundo. Se eu tivesse em pé, minhas pernas teriam bambeado, mas sentada eu me encostei na poltrona e apreciei aquele momento lindo que eu estava tendo com ele. Carol tinha razão, eu tinha uma conexão tão forte quanto a dela, ele reconheceu minha voz, ele sabe quem eu sou. Carol! Eu olhei pra cima e voltei a prestar atenção na mãe do meu filho que ainda deitava na cama desacordada.

A enfermeira que me ajudava com o Tomás percebeu. "Eles estão checando os batimentos dela e devem estar aplicando um remédio pra abaixar a pressão." Eu assenti. "Segura ele bem, isso, ele gosta de ficar apertadinho mesmo, não precisa ter medo." Ela me orientou e eu subi minha mão pra suas costas apertando mais seu corpinho em mim, ele era tão pequeno.

"Ele não para de me olhar, é normal ele já abrir os olhinhos?" Perguntei em dúvida, levantei o rosto quando uma lágrima caiu em sua bochecha, sequei meus olhos e limpei sua bochecha.

"Sim, é um ótimo sinal! Você falava com ele na barriga?"

"Muito! Ele sempre mexia."

"Eles reconhecem mesmo, é uma conexão especial pra eles. Vou te dar um paninho morno pra você ir limpando ele, tá bom? Vamo deixar ele com você por mais uns trinta minutos e daí a gente vai pegar ele pra fazer todas as medidas." Ela falou enquanto ia até a pia de apoio no banheiro. A poltrona ficava perto da porta então ainda conseguia ouvir sua voz. "Aqui, só limpar bem de leve que não vai machucar ele." Ela passou a primeira vez nos seus cabelinhos e ele virou a cabeça reclamando, eu sorri.

Peguei o pano e fiz exatamente como ela mandou, no começo ele também reclamou comigo, até soltou um chorinho, mas aos poucos ele foi se acostumando com a temperatura do pano morno e seus olhinhos foram se fechando. Poucos minutos depois ele estava dormindo nos meus braços, tomara que ele seja bom de dormir igual aparenta. Aproximei meu rosto dele e rocei nossos narizes, não queria nunca soltá-lo.

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