VI.

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Miwa encarou-o em silêncio, as mãos geladas deixando uma arrepio correr pelo corpo quente dela

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Miwa encarou-o em silêncio, as mãos geladas deixando uma arrepio correr pelo corpo quente dela. As coxas se fechando inconscientemente, enquanto ela se inclinava para trás, e Law a seguia, chegando mais perto com um olhar cheio emoções, das quais ela não conseguiu identificar. Os dedos de Tralfagar rasparam de leve sob a pele branca, notando os pelinhos se eriçando com o contato. Ele não conseguiu evitar sorrir, vendo os olhos azuis acompanhando os movimentos dele.

— Você ainda não me respondeu, Ruivinha. Por que saiu daquela maneira?

— Por que quer tanto saber? — Akagami nunca admitiria que ele foi a razão. — Não há porquê você saber.

— Sim, principalmente depois de quase ter ficado seco, de tanto que você me olhou. O que foi, me despiu em sua mente?

O rosto dela ficou inteiramente vermelho, parecia que explodiria a qualquer segundo. Miwa virou o rosto tão rápido, que Law pensou que poderia ter machucado. Seu instinto médico apitou e quando pensou em abrir a boca para repreendê-la, foi surpreendido ao que suas costas bateram no colchão com brutalidade e sentiu um peso sobre a parte inferior do abdômen. Ao olhar para cima, contemplou os olhos azuis lhe encarando de forma assustadoramente atraente, apesar de que parecia que a ruiva ia matá-lo, era um olhar tão instigante, as pernas ao redor da cintura dele, as mãos ao lado da cabeça de Law e os fios vermelhos fazendo cócegas nas bochechas dele, a expressão dela, parece envergonhada, com as maçãs tão vermelhas quanto o próprio cabelo.

As mãos de Tralfagar coçaram para tocar-lhe, porém, teve que se conter, não sabia quais reações ela poderia ter.

— Contenha a sua boca, Tralfagar. — a voz soou ameaçadora. — Ou eu tomarei medidas para isso.

— Fiquei curioso... — ele começou, com um sorriso de canto. — O que você vai fazer? Faça, eu vou gostar.

Ele a provocava, Miwa sentia isso e ela correspondia a essas provocações, isso a deixava indignada consigo mesma, acima de tudo. A mais nova bufou, ficando irritada, mas a vergonha ainda prevalecia.

— Pode parar com essas besteiras!

— Vamos, Ruivinha. Me fale. — Law se apoiou nos braços subitamente, ficando com o rosto tão próximo que sentia as respirações deles se misturavam. Os lábios dela pareciam tão atrativos...

Porra, controle-se!

A cabeça de Law martelava, a única coisa que faria era provocar, se Miwa desse o primeiro passo, ele daria o segundo e aí, poderia fazer o que tivesse vontade. O que falava mais alto era o medo de levar uma voadeira.

— Eu iria arrancar sua língua e dar de almoço às piranhas! — o mais difícil para Tralfagar, foi o fato de que em nenhum momento, ela recuou. Isso o fazia querer testar os limites do que lhe era permitido.

— Então... — abriu a boca, pondo a metade da língua para fora.

— Você...! — a ruiva arregalou os olhos, piscando incrédula.

Quando ia dizer mais alguma coisa, bateram na porta e logo em seguida Penguin e Shachi entraram, os dois trazendo consigo pranchetas. Os homens, assim que levantaram o olhar, vendo a cena, travaram, ficando totalmente estáticos. Um pequeno rubor subindo pela bochecha de todos presentes. Qualquer um que visse a cena de fora, achariam que os dois estavam prestes a transar e foi exatamente isso que os dois tripulantes pensaram, antes de sair, se batendo um no outro de frente, e saírem correndo pela porta, pedindo desculpas.

— A gente não queria interromper!

— Foi mal!

E bateram novamente a porta.

— Ah... Merda. — Miwa resmungou, saindo de cima do moreno, que ainda permanecia olhando para a porta com um olhar estranho, parecia... Raiva?

Law relaxou na cama, olhando para o teto, com os braços abertos. Sua mente divagando em mil maneiras de enforcar Penguin e Shachi e sobre o que se desenrolaria ali se não tivessem sido interrompidos.
Miwa pensava de forma igual, mas levemente diferente, no fundo, agradecia, pois sabia bem o que faria a seguir. Estava sentada na ponta da cama, abraçando os joelhos enquanto pensava. Nunca, depois dele, tinha se sentido tão atraída por alguém em toda a sua vida.

Com certeza, estava ficando louca, não que já não fosse, mas estava piorando.

(...)

Agora, já era noite pelos seus cálculos, e nunca sabia ao certo se era dia ou noite, já que desde quando chegou, não submergiram uma vez sequer, não que isso a incomodasse, só a deixava confusa em questão dos horários, porém, não era problema.

Desde de manhã, não tinha saído do quarto, nem para comer. A situação que se colocou com o capitão era constrangedora demais, não tinha certeza se conseguiria olhar para ele sem ruborizar ou sentir vontade de sair correndo, portanto, apenas o chutou para fora e se trancou. Apesar de ser bem explosiva e até mesmo impulsiva e, ainda assim, era tímida.

Algumas leves batidas na porta foram ouvidas, antes da porta ser aberta e uma bandeja com suco e comida — que cheirava muito bem — foi deixada, antes de a porta ser fechada novamente.

Miwa saiu da cama, olhando a comida com atenção. Era um prato muito bem feito e generoso, tinha arroz, carne lentilha e salada. Cheirava tão bem, e estava com fome, então não hesitou em pegar o prato e começar a comer, percebendo o quão bom era. Ouviu uma movimentação no lado de fora assim que terminou de comer, abriu um pouquinho da porta para poder espiar o que acontecia, e viu a seguinte cena: Beppo pulando de um pé para o outro, com um chapéu de rapper, enquanto fazia uma tentativa de beatbox e Shachi e Penguin assistiam, com óculos de sol maiores que a cara, batendo palmas dizendo "oh" e "yeah" repetidas vezes.

Law observava aqui com um olhar indecifrável, e Miwa quis rir. E riu, quase sem som. O sorriso foi tão genuíno, os olhinhos brilhantes, vendo a cena tão engraçada, mas ao mesmo tempo tão fofa, pois Beppo era um urso tão bonitinho e fofinho, que foda vez que o via, sentia vontade de abraçá-lo e apertá-lo.

Quando olhou novamente, Law já não encarava mais os três fazendo palhaçada, e sim a ela, o olhar dele era tão profundo e com um significado desconhecido, que ela se arrepiou inteira, fechando a porta rapidamente, levemente ofegante. Pôs a mão sobre o peito, sentido o coração bater desregulado, era uma sensação conhecida, mas acontecia com outra pessoa.

— Droga, o que que... — olhou para todos os lados perdida, colocando as duas mãos na cabeça e bagunçando o próprio cabelo. — Acorda pra vida, Akagami No Miwa!

A ruiva abriu a porta na velocidade da luz, colocando a bandeja, agora vazia, para fora e fechando-a novamente, indo deitar e se escondendo de baixo das cobertas.

A noite não seria fácil.

peço desculpas pelos capítulos tão curtos, o autor aqui tá muito ocupado com a escola e agora, estudos do pré-vestibular

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peço desculpas pelos capítulos tão curtos, o autor aqui tá muito ocupado com a escola e agora, estudos do pré-vestibular. vai ser mais difícil de escrever, já que é meu último e tô estudando pro Enem, mas eu prometo que em breve as coisas irão melhorar e farei capítulos maiores!

bjo na bunda<3

Vermelho Vibrante. | Tralfagar Law.Onde histórias criam vida. Descubra agora