IX.

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Miwa sentiu todo seu interior se retesar ao olhar pela vidraça da janela e presenciar a passagem de um Rei dos Mares

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Miwa sentiu todo seu interior se retesar ao olhar pela vidraça da janela e presenciar a passagem de um Rei dos Mares. Quase sentiu a alma evaporar pelo susto momentâneo que levou naquele momento. Distraidamente lia um jornal, que falava mais sobre os feitos malucos de Luffy e seu bando do que qualquer outra coisa, realmente, o garoto era um maníaco!

Primeiro, derrotou Crocodile em Alabasta e agora enfrentava o governo mundial como se fossem meros obstáculos? Assustador. Mas sabia que do jeito que o garoto era, faria mil vezes pior, de qualquer forma. Seus feitos eram escutados no mundo inteiro e lá no fundo, Miwa sentia muito orgulho dele por aquilo, por ter tido fama por seus próprios méritos.

Já ela...

A ruiva suspirou pesadamente, deixando o jornal de lado, ao perceber que estavam emergindo. Amava o ar puro, então se apressou a sair pela porta de ferro, que rangeu com o movimento e correu pelo corredor, com passos saltitantes e um sorriso gigantesco. Isso, até virar a esquina e bater de frente com algo, ou melhor, alguém. Ao olhar para cima, deu de cara com Law, que estava de costas a encarando por cima do ombro com uma feição neutra. A mais nova logo se lembrou do que acontecera no dia anterior e sentiu todo o rosto ficar vermelho, como seu cabelo.

— Ah, Ruivinha. — a voz rouca chegou ao seu ouvido, no momento em que ele se virou para olhá-la de frente. — O que foi? Está doente? Está tão vermelha que se camufla com seu cabelo. — ele se inclinou levemente na direção dela, ficando quase da altura dela, pondo a mão sobre a testa dela, verificando.

— Eu não estou doente... — murmurou baixinho, olhando diretamente para o rosto concentrado e preocupado do homem.

— Mas você está fervendo. Pode ser febre. — o moreno se endireitou, e Miwa quase sentiu falta do calor dele. Quase. — Venha. — segurou o pulso dela delicadamente, a puxando para uma cabine e adentrou, largando-a e deixando-a para na porta.

— É seu consultório? — perguntou olhando ao redor, vendo diversas coisas de medicina que não sabia titular.

— Ah, sim, é. Vem cá. — chamou com a mão, sentou-se parcialmente sobre a mesa de madeira grossa, com um frasco transparente com remédios.

— Eu já disse que não estou doente! — ela se aproximou e foi puxada pela cintura por ele, ficando entre as pernas dele. — Ah...

— Abre a boca, Ruivinha. — pegou um comprimido, colocando na frente do rosto dela. — Faz "ah".

Ela piscou, um pouco surpresa e abriu a boca, Tralfagar pôs o remédio sobre a língua da mulher e lhe deu um pouco de água, observando suas ações minuciosamente. Por fim, sorriu preguiçosamente para a ruiva, as mãos ainda descansavam no quadril dela, e quando Miwa tomou o último gole de água, passou a olhar-lhe os olhos também.

— Tem algo em meu rosto?

— Tem. — ficou bem pertinho do rostinho dela, sentindo o cheiro doce que ela exalava. — Beleza.

Vermelho Vibrante. | Tralfagar Law.Onde histórias criam vida. Descubra agora