Já eram quase quatro menos um quarto da tarde quando Dandara chegou em casa, mas algo estava diferente, o delicioso cheiro da comida e das flores espalhadas pelo chão invadia o ambiente.
Sekane apareceu segurando um buquê de orquídeas vermelhas, as preferidas dela. Ainda paralisada na porta, Dandara olhou admirada para o marido, sem acreditar no que via.
Ele também estava muito bem apresentado, vestindo uma calça jeans preta e uma camisa da mesma cor. Seus cabelos crespos estavam arrumados, ele estava lindo só para ela. Sekane se aproximou da mulher e roubou-lhe um selinho, com um enorme sorriso, entregando-lhe as flores. Dandara recebeu ainda em choque.
— São suas preferidas. — Disse ele, abraçando-a. — Estava com saudades, meu amor. Por favor, vamos parar de brigar?
— Sekane, o que significa isso? — Perguntou Dandara, olhando em volta.
A mesa atrás do sofá estava posta e decorada com as mesmas flores.
— Você não gostou? — Expressou Sekane, engolindo em seco, observando cada expressão da esposa.
— Não é isso, é que... Eu não esperava por isso. — Sekane riu com a reação da esposa e se aproximou mais dela, envolvendo seus braços musculosos em volta da cintura dela.
— Eu sei. Eu queria fazer uma surpresa. — Respondeu ele, virando a esposa para si e capturando seus lábios, pegando-a de surpresa.
Sekane não deixou a esposa fugir do seu beijo. Ele deixou seus lábios e foi deixando beijos em seu pescoço e chupões.
— Eu preciso de você, amor. Eu preciso muito de você. — Sussurrou ele no ouvido dela, com a voz rouca cheia de desejo e paixão.
Dandara engoliu em seco e, por um reflexo, acabou por empurrar Sekane para longe de si. Ele, por sua vez, a olhou confuso.
— O quê? O que foi?
— Nada. — Respondeu Dandara, desviando o olhar do esposo.
Sekane lambeu os lábios e os comprimiu no ato de nervosismo. Sekane se virou para dar as costas, mas logo se voltou para ela, irritado.
— Nada? Nada, Dandara?
— Olha eu...
— O que porra? Você o quê? Já faz dois meses que estamos nisso, caramba.
— Não fale comigo assim. — Disse Dandara, mudando sua expressão também para irritação.
— Olha ao seu redor, eu tento todos os dias te agradar, eu tento ser melhor para você, olha, fiz essa surpresa para você e você me vem com esse papo de novo?
— Eu perdi meu filho, Sekane.
— EU TAMBÉM PERDI MEU FILHO, DANDARA. EU TAMBÉM ESTOU SOFRENDO, PORRA, POR QUE VOCÊ NÃO ENTENDE ISSO? — Vozeou Sekane, perdendo o controle. — Quer saber, eu vou embora daqui antes que faça algo que possa me arrepender depois. Eu entendo que você esteja magoada, mas não faça isso conosco, por favor, não faça. — Concluiu Sekane.
Dandara da a volta no sofá e joga tudo para o chão, fazendo Sekane parar de andar
— É isso que faz, você Prometeu cuidar de nós, você jurou que nada de mal ia acontecer a nós, mas olha onde estamos? — Indagou Dandara, com os olhos marejados e com um nó na garganta. Sekane não respondeu, apenas saiu batendo a porta com força.
Dandara olhava para a porta fixamente, sem expressão. Não entendia o motivo da explosão do marido, afinal, não era ele quem sentia a dor de carregar um bebê e depois simplesmente não poder vê-lo, ele não tinha o direito de fazer isso.
Dandara jogou as flores no sofá e foi para o quarto.
***
Em frente ao grande hotel, Sekane observava o cartão na mão contendo informações de Kelly, confuso e sem rumo, pensando se aquilo era o certo a fazer. Sem pensar muito, ele acabou por tirar o celular do bolso e discar o número da mulher. Pouco tempo depois, ela atendeu.
— Oi? Podemos nos ver? Eu preciso muito conversar. — Disse ele, após a mulher na linha responder.
Sem esperar muito, ele desligou o telefone e saiu do carro, dirigindo-se para dentro do hotel.
Na recepção, Sekane falou com a mulher atrás do balcão, que lhe deu acesso ao quarto onde Kelly estava hospedada. Então, agradeceu e dirigiu-se ao elevador. Poucos minutos depois, Sekane chegou ao quarto dela, onde Kelly já o esperava na porta, com um sorriso de lado, vestindo apenas calcinha e sutiã preto.
— Eu...
— Entre, querido, eu sei por que está aqui. — Disse ela, dando passagem para ele.
Sekane olhou para a mulher esbelta e engoliu em seco. Sem pensar duas vezes, ele a agarrou pela cintura, beijando sua boca com fome e desejo.
Tropeçando em seus próprios desejos, eles entraram no quarto e Kelly fechou a porta atrás de si. Sekane olhava para a mulher e o rosto da esposa aparecia em sua mente, ele sorriu.
— Você é muito linda, amo cada pedaço seu. — Afirmou, voltando a beijar a boca de Kelly, pensando que era Dandara.
A sede pelo desejo falava mais alto, o clima quente e erótico os deixava embriagados de tesão. Kelly gemia enquanto a boca de Sekane explorava sua intimidade, fazendo-a puxar os lençóis da cama e clamar por mais.
Sekane tirou toda sua roupa e, sem esperar mais tempo, penetrou a mulher, que gritava de prazer.
Ele foi se movimentando dentro dela com força e selvageria, os movimentos ritmados espalhando suor por toda a cama. Quando estava no ápice do prazer, Sekane retirou seu membro e gozou na barriga de Kelly, que sorriu ao sentir o líquido quente sobre si.
Sakene voltou à realidade e percebeu a besteira que fez. Kellyem ver suas feições, sorriu alto, chamando a atenção dele.
— Do que estás a rir? — Perguntou, ele, pegando suas roupas e vestindo-as.
— Da tua cara. Achas mesmo que este é o momento para arrependimento? — Sekane olhou para Kelly com desprezo e não respondeu. — Olha, ainda é cedo, podemos nos divertir mais. — Acrescentou ela, aproximando-se dele, mas Sekane se afastou. Kelly, por sua vez, riu da situação.
— Não, obrigado. E só uma coisa, mantenha esse bico fechado. — Avisou ele, pegando o rosto das suas coisas e caminhando até a porta.
— Isso é o quê? Uma ameaça?
— Isso não vai acontecer de novo, foi um erro ter vindo. — Disse ele, pegando a maçaneta da porta. Voltou seus olhos para Kelly, que ainda estava estendida na cama, e disse: — Sumo. É um aviso. — Dito isso, Sekane saiu pela porta e foi embora, desejando esquecer esse dia.
— Maldição, maldição. — Dentro do carro, ele praguejava, batendo com força no volante. — O que foi que eu fiz? O que fiz, meu Deus? Ela nunca irá me perdoar. Droga, droga!
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Omona Wa Makongo |Dark Romance |
RomanceNum mundo obscuro, onde segredos se escondem nas sombras, um homem misterioso conhecido apenas como "O Mascarado" vive uma vida dupla, escondendo sua verdadeira natureza detrás de uma fachada de normalidade. Interagindo com charme e cativando aquele...