Atenção: capítulo contém informações pesadas sobre violência física.
O quarto em que está presa é luxuoso, com móveis de couro preto, iluminação baixa e uma cama imponente no centro. As paredes são cobertas por espelhos, criando um ambiente opressivo e claustrofóbico. Ela sente o cheiro de perfume caro no ar, misturado com um odor metálico e apodrecido, que faz seu estômago revirar de pânico.
O som de passos se aproximam , e Dandara sente seu coração acelerar. Ela tenta se lembrar de todas as vezes em que tentou escapar, todas as portas trancadas, as janelas sem saída. A sensação de impotência a consome, a angústia tomando conta de seu peito e apertando sua garganta.
A porta se abre lentamente, um Sekane imponente. Seus olhos frios analisam Dandara, fazendo-a se sentir nua e vulnerável. Ele se aproxima e a encara com um sorriso sádico nos lábios, fazendo-a tremer de medo.
Estava ensanguentado, se perguntava de quem era o sangue que escorria por sua mãos. Só o fato de imaginar que mais uma inocente havia perdido a vida , seu coração afunda
— Gostou querida? Isso foi por você. — ele diz, sua voz ecoando no quarto vazio. Dandara virou o rosto para qualquer ponto, porque era desagradável olhá-lo com aquilo tudo de sangue.
O pânico toma conta de Dandara, a ansiedade a sufocando enquanto ele se aproxima cada vez mais.
As lágrimas escorrem pelo rosto de Dandara, a aflição tomando conta de seu ser. Ela sabe que não há escapatória, que está nas mãos de um predador cruel e implacável.
A atmosfera estava densa, o ar parecia pesado com a tensão que emanava de cada palavra. Sekane, com um olhar que alternava entre a preocupação e a raiva, observava a marca vermelha e inflamada que se destacava no pescoço de Dandara. A violência da marca era um testemunho silencioso do que havia ocorrido mais cedo e a ausência de uma cobertura sobre ela não era um descuido, mas uma escolha deliberada.
— Porquê não cobriu essa marca? — A pergunta de Sekane era direta, cortante como uma faca, e esperava uma resposta igualmente direta.
— Eu não quis. — A resposta veio firme, quase desafiadora, e era claro que havia mais por trás daquelas palavras do que uma simples recusa. Era um ato de resistência, uma pequena faísca de rebeldia que se recusava a ser apagada.
— Você aqui não tem que querer nada, ainda não entendeu? — Sekane estava claramente irritado, e a ameaça implícita na sua voz fazia o coração de Dandara bater mais rápido. O nervosismo era palpável, e uma onda de ansiedade começava a crescer, alimentada pelo tom de voz e pela incerteza do que poderia acontecer a seguir.
— E se eu não quiser fazer nada que você mande? Vai fazer o que? Me matar?— A pergunta era uma mistura de coragem e temor, um ato de desafio que poderia ter consequências terríveis. O medo de uma resposta violenta era real, mas havia algo mais forte do que o medo impulsionando aquela ousadia.
— Oh! Meu amor. — A resposta veio envolta em uma falsa ternura, uma manipulação emocional tão carinhosa quanto venenosa. — Eu não irei matá-lo, entretanto, te garanto que não irá gostar do que farei com você, te aconselho a não me desafiar. — As palavras de Sekane eram como uma promessa de ameaça velada que prometia um tormento pior do que a morte.
A tensão entre os dois era como uma corda prestes a arrebentar, cada palavra aumentava o suspense e a sensação de pânico. A interação era confusa, uma mistura de medo, raiva e um estranho tipo de ligação que tornava tudo ainda mais angustiante. Era uma dança perigosa, onde cada passo poderia ser o último, e cada respiração poderia ser a que precede o grito de terror por parte de Dandara que não ousava olhar para ele.
O silêncio ponderou por alguns segundos, até ser cortado por Sekane.
— Olhe para mim. — Ordenou, ele assim que chegou perto dela. Dandara por sua vez não moveu um músculo.
Sua visão estava na porta do guarda-fatos, embora pudesse vê-lo pelo reflexo do esposo que ali estava.
— Prefiro esta cega ou que arranque meus olhos fora a olhar para si. — Rebateu Dandara, totalmente seca.
Sekane ficou furiosa com a insolência dela e aproximou-se mais, agarrando-a pelos cabelos e obrigando-a a olhar para ele.
— Você vai olhar para mim e me mostrar respeito, sua vadia! — Gritou ele, apertando com força os cabelos dela. Dandara gritou de dor, mas não cedeu, mantendo seu olhar frio e desafiador.
A raiva tomou conta de Sekane, que perdeu o controle e começou a agredi-la com violência, socando-a e chutando-a sem piedade. Dandara gritava de dor, implorando por misericórdia, mas as palavras eram abafadas pelos golpes brutais.
A dor da alma de Dandara era insuportável, o pavor em seus olhos era visível, enquanto a desumanidade de Sekane mostrava-se clara como o dia. A angústia daquele momento era palpável, um ambiente pesado e sufocante.
Quando finalmente acabou, Dandara estava estendida no chão, banhada em sangue e lágrimas, com o corpo marcado pelas marcas da violência. Sekane olhou para ela com desprezo e revolta, sentou-se na cama e passou as mão pelo rosto nervoso.
— Olha, o que você me faz ser? Eu não quero ser um monstro para você porra. — Declara ele, completamente descontrolado. — É tudo culpa sua . Merda. — Ele balançou a cabeça diversas vezes, negando freneticamente o ocorrido.
— Vou cuidar de você. — Disse, após levantar da cama e pegar, Dandara no colo e levá-la ao banheiro.
Sekane cuidou das feridas de Dandara com mãos precisas e firmes, mas sem nenhum traço de afeto ou carinho. Ele tratava das feridas com eficiência, como se estivesse apenas cumprindo uma obrigação. Dandara olhava para ele com olhos cheios de dor e tristeza, esperando por um gesto de conforto que nunca veio.
Enquanto Sekane aplicava os curativos, ele falava de forma brusca e direta, sem nenhum resquício de compaixão em sua voz. Ele estava ali apenas para cumprir a tarefa de cuidar das feridas que ele fez a ela, mas sem demonstrar nenhum tipo de afeto ou preocupação genuína.
— Quero você no jantar e se for inteligente, não vai desobedecer. — declarou, ele enquanto fazia os curativos. Dandara não ousou dizer uma só palavra, pois o medo dele ser violento novamente era maior.
Quando terminou, Sekane simplesmente virou as costas e saiu do banheiro, deixando Dandara sozinha com suas dores e cicatrizes.
Boa tarde, pessoal. Era para ter postado ontem, mas eu não gostei do capítulo então tive que reescrever. E por os capítulos serão postado um dia sim e um não.
Espero que gostem, votem e comentem. Beijinhos da Asornegro-Dark.
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Omona Wa Makongo |Dark Romance |
RomanceNum mundo obscuro, onde segredos se escondem nas sombras, um homem misterioso conhecido apenas como "O Mascarado" vive uma vida dupla, escondendo sua verdadeira natureza detrás de uma fachada de normalidade. Interagindo com charme e cativando aquele...