CAPÍTULO-TRINTA E UM

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Os meses foram passando, com a isso a vida de Dandara também  foi melhorando a cada dia que passava,   havia voltado a sua rotina habitual,  como trabalhar,  mesmo com tempo que passou  as pessoas ainda olhavam para ela como se fosse  a mulher do homem que foi acusado de estupro, o divórcio foi certeiro, embora que existisse amor dentro dela pelo ex marido, Dandara não podia olhar para trás  e viver como se nada  tivesse acontecido. 

Em quatros meses,  que não vê Sekane,   se é ou não um alívio  ela não saberia dizer. Claramente que ainda sente sua falta, foram quase quatro anos de convivência, porém  tudo jogo no lixo. Seu trabalho corria bem, e por incrível que pareça os assassinatos na cidade deram uma trégua.  Ainda não se sabe quem é ou quem são os autores das mortes, mas pelo que se tem ouvido é que Braúlio tomou a frente do caso que antes pertencia a Sekena, para ele.

Isso não deixou de ser um choque para ela, sabia que seu ex marido era bom trabalhador,  e fazia de tudo para conseguir, alívio de alguns e desconfiança de outros.

A saudade de Semana era como uma sombra que a acompanhava silenciosamente, um vazio que não podia ser preenchido pelas rotinas do dia a dia. Dandara lembrava-se dos momentos bons, dos sorrisos e dos segredos compartilhados, mas agora, tudo isso parecia envolto em uma névoa de mistério e suspeita.

Após   longos dias e semanas  finalmente  havia conseguido  ter alguma noção quem seja o homem que vem assombrando a cidade,   certamente foi um trabalho nada fácil principalmente para Braúlio que agora está a frente das investigações.

Segundo ele, já se tem alguma suspeita, pois as características do homem não passaram despercebidas, o único problema era que ele usava uma máscara  o que dificulta as buscas e saber de fato quem ele é. 

Quando a denúncia foi feita, por um morador,  do bairro , que ficava próximo a floresta da cidade, o mesmo descreveu como ele era, e na altura Braúlio havia pedido que o morador, porém,   as coisas saíram do controle,  a cidade toda já  tinha conhecimento do assassino.

O Mascarado, uma figura que emergiu das sombras da cidade, tornou-se o assunto que fervilhava nos cantos e becos, alimentando conversas e alimentando o medo. Ninguém sabia quem ele era, mas os rumores eram tantos que pareciam cobrir a cidade com uma capa de mistério. Essas novas regras foram adotadas para a segurança da população local.

Dandara, por vezes, sentia-se observada, como se olhos invisíveis a seguissem. E em seu íntimo, uma suspeita crescia, alimentada pelas lembranças de Sekane e pelos segredos que ele guardava. Seria possível que Sekane, o homem que ela tanto amou, estivesse envolvido com o Mascarado? Seria ele o próprio Mascarado? Eram tantas perguntas que estava a deixá-la louca. 

A emoção a consumia sempre que pensava na possibilidade.

— Sekane, com seu olhar penetrante e seu jeito enigmático, poderia muito bem ser o tipo de homem que se esconde atrás de uma máscara, agindo nas sombras. Mas por quê? Qual seria seu motivo? — Constatou  Anabela, enquanto levava o garfo a boca.

Era meio dia,  Dandara e algumas meninas se juntaram para almoçarem juntas.  Elas haviam pedido e mesmo hesitando ela acabou por ceder. 

Durante o almoço, conversam de tudo um pouco, até  surgir o assunto do homem mascarado.

— Eu não acho.  Sei lá  ia ser muito óbvio.— Argumentou  a outra olhando fixamente para seu prato.  — Acho que se ele fosse o homem mascarado, a Dandara teria conhecimento, afinal  era esposa do Sekane. — Acrescentou na sua Argumentação.

Dandara,  só ouvia as duas  conversarem sobre sua vida, embora que a situação fosse desconfortável    preferia manter o silêncio,  pois  a muito tempo se fala disso. 

Omona Wa Makongo |Dark Romance |Onde histórias criam vida. Descubra agora