CAPÍTULO-VINTE E SEIS

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Em casa, Dandara  cai de joelhos  no chão, seu coração afundando em lágrimas desde que sai da delegacia,   Sekane  ainda teria que passar por várias  investigação incluindo assassinato, pois a uma grande chance de ser ele o psicopata que tem  transtornado Kigali em uma cidade de terror. Tudo estava ai e apontavam para ele, mas ainda sim é  um fio de voz que a diz que seu marido é inocente de tudo, mas como podria acreditar se as imagens mostram claramente ele cometer o pior acto da humanidade? Eram tantas as perguntas que se perguntava: ela também era uma boa pessoa,  por ter aceitando e defendido um homem cruel com unhas e dentes 

— O que eu fiz de errado para merecer isso? Por Deus  só queria ser feliz. Não é possível ter partido o mesmo teto com o homem sem humildade e não ter percebido... Eu... — Os soluços altos  fazem na companhia, nada poderia ser mais solitário  do que isso.

— Dandara,  você não tem culpa de nada, ele conseguiu enganar a todos nós. Não tinha como você saber disso. —  consolou, Braulio que até então não havia se manifestado.

Ele se abaixa na altura de Dandara,  ficando em sua frente, limpa as lágrimas e abraça.

— Porquê?

— Eu não sei, mas você não foi a única a acreditar  nele, eu também, afinal éramos como irmãos, não podia desacreditar nele. — Declarou, Braulio, acariciando ele em conforto.— Não se preocupe, eu estou aqui tá.

– Doi, doi muito,  Braúlio.  — Desabafou  ela. — Eu só quero acordar desse pesadelo  e ver que tudo isso não passou de um sonho... Por  favor me diz que isso é um sonho e que o meu Sekane não fez  nada, por ...Favor... Braulio  diz para mim.  — Dandara  desfaz o abraço e olha para o amigo em busca de uma resposta, porém  não havia resposta positivas para o seu sofrimento.

Braulio também sentia a dor de Dandara, a tristeza que parecia consumi-la por dentro. Ele sabia que não havia palavras que pudessem acalmar sua angústia, mas ele permaneceria ao seu lado, mesmo que fosse apenas para ajudar a carregar o peso da dor que ela carregava.

— Dandara, eu não posso te dizer que isso é um sonho, porque infelizmente não é. Mas eu prometo estar aqui com você, para o que precisar, para te ajudar a passar por isso.

Dandara se agarra desesperadamente a Braulio, buscando conforto em seu abraço. Ela sentia como se o chão sob seus pés estivesse desaparecendo, como se tudo o que ela acreditava e confiava estivesse desmoronando diante de seus olhos.

— Eu não sei como vou conseguir superar isso, Braulio. Como vou viver sabendo que fui traída de uma maneira tão cruel, que toda a minha vida foi uma mentira?

Braulio não tinha respostas para dar, apenas o apoio silencioso e a presença constante. Ele sabia que o caminho seria longo e doloroso, mas ele estava determinado a estar ao lado de Dandara em cada passo do caminho.

— Você vai superar isso, Dandara. Você é forte, mais forte do que imagina. E eu estarei aqui, sempre, para te lembrar disso e para te ajudar a encontrar a luz no fim desse túnel escuro. —   Assegurou, Braulio,  olhando no fundo do olhos dela.

Dandara por sua vez  concordou simplesmente com o balançar de cabeça 

Ao  cair da noite, Dandara se encontrava só em sua casa, com a saída de Braulio  não via outra opção a não ser ir para cama,  ainda era cedo, Dezanove  menos um quarto, os olhos estavam pregado no teto branco.  O silêncio se tornou uma tortura mental. As imagens de Sekane sendo levadas para prisão,  dos populares julgarem-na por ter um marido abusador e as filmagens que incriminar ele passm como se fosse cenas de filme em câmara lenata. Ela respira fundo tentando espantar as lágrimas e escorrerem.

O nó grande se formou em sua garganta  impedindo-a de respirar normalmente. São  tantas as coisas e pior que não tem ninguém para a ajudar ou tirá-la desse pesadelo  Sua mãe simplesmente deixou cair suas mãos  e sua amizade havia acabado por ter defendido um homem que jurava ser inocente. 

Ao ser levantar e encostar-se na cadeira,   olha do lado e la estava o retrato de casal. Sekane sorria lindamente,  parecia ser muito feliz e por alguns segundos um sorriso tendeu a nascer,  porém  logo se tornou amargo  e com issas lágrimas que tentava a sufocar  começaram a escorrer.

Com raiva, Dandara arremessa o retrato contra a parede e desaba em choro compulsivo. Encolheu seus pés e nele escondeu seu rosto.

A dor era tanta que se transformava em raiva. Dandara  grita e se auto-tortora, batendo em seua cabeça e puxando seus suas tranças. 

— AHAHAHAHA...— Seu peito subia e descia  no ritmo da sua respiração ofegante.  — Você não tinha o direito Sekena,  não  tinha,  não tinha de destruir a minha vida assim. — Dandara, voltaba deitar de lado puxando seus pés  e sussurrava para sim mesmo que Sekena não  tinha o direito, até que finalmente  cai no sono.

A exatamente  dois dias que Dandara  não comparecia ao trabalho, a delegacia toda já sabia dos acontecimentos  e todos se perguntavam como estava ela e se ela iria se divorciar ou que ela soubesse das atrocidades do marido. E muitas suspeitas começavam a rolar a solta como que talvez Sekane fosse o possível assassino das jovens e que como ele era o delegado a frente do caso não levantaria suspeitas e ainda  porque o casos nunca são desmantelados.

No refeitório, Cláudia  ouvia tudo e nada fazia  pois afinal não havia nada que pudesse fazer.

— E estou até impactada com a Cláudia,  ela se dizia ser a melher amiga da Dandara e não vejo ela dar apoio a ela. —  constatou umas colegas  e as restantes simplesmente memearam a cabeça concordondo.

— Sim, mas também foi ela que prendeu o marido da amiga, acho que não há muito o que pudesse fazer. — Rebateu a outra, enquanto levava a comida a boca. — E além disso foi Sekane que cometeu o crime e não ela.

— Eu sei, Ana, mas só estamos a dizer que ela pelo menos devia ser pelo menos  flexível em relação a tudo isso. E  imagina você esta com o seu marido a tanto  tempo e depois de um tempo sua amiga vai até sua e da voz de prisão para o seu marido por estupro. Ainda mais a noite.

— Sim, Amélia tem razão, também acho que a Cláudia foi insensível. — Acrescentou a outra olhando  para Cláudia que estava a três mesas de distância delas. Logo se voltou para as suas amigas  e murmurou.  — Eu nunca faria isso.

— Uhm. – Responderam todas em coro.

Cláudia, ouvia tudo sem se importar, afinal eram só falácia e nada mais.  Ela comia sua comida sem dar importância  a nada.

Um grande silêncio se instalou   logo assim que os olhos de todos foram directamente a pessoa que abriu a porta do refeitório em um estrondo.

Omona Wa Makongo |Dark Romance |Onde histórias criam vida. Descubra agora