8. O que Tinhamos Ali

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Pov Narrador

- Como vai o tesão do seu chefe?

Ana evitou rolar os olhos para a pergunta de Lupe, a garota não tinha lhe dado bom dia, não tinha lhe perguntado como estava e meteu logo essa.

Ela olhou ao redor na praça de alimentação do shopping onde estavam tomando milk shake antes do filme que escolheram ver começar.

Iriam assistir a sessão de comemoração de aniversário do lançamento de Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban e Ana estava muito animada vestindo seu uniforme de Hogwarts com gravata da Grifinoria.

- Ele vai bem.- disse  sugando o líquido gelado e cremoso de morango.

Lupe lhe deu um olhar malicioso.

- Ai amiga, já que você está pegando o melhor amigo dele, poderia ajeitar um lance com o vampirão pra mim né?- perguntou mexendo seu canudo despretensiosa.- Eu até tentei puxar ele pra dançar aquele dia, mas a aquela amiga dele se enfiou na minha frente.

- Eu não estou pegando ninguém.- Ana disse Franzindo o cenho.- E o Robert não é esse tipo.

Lupe não se abalou.

- Mas eu não quero casar com ele,amiga. Quero só sentir aquele corpo gostoso sobre....

- Vamos entrar? Acho que já vai começar.- Ana a cortou, um pouco incomodada com as palavras da amiga.

O filme que ela tanto amava teria sido perfeito se sua mente não estivesse contaminada por um certo par de olhos azuis esverdeados.

Ana não conseguia parar de pensar nas mãos de Robert lhe puxando e lhe prendendo contra a parede, na forma como ele pareceu surpreso ao ver ela ao abrir a porta,em como ele parecia preocupado quando a viu chorando.

E foi por pensar nisso que ela se irritou tanto com as perguntas indecentes de Lupe que acabou indo para a mansão mais cedo do que pretendia com a promessa de que levaria a amiga no aeroporto no próximo mês quando fosse embora.

Ela não soube dizer se Robert estava em casa, pois o volvo não estava na garagem quando ela entrou a pé pelo portão. Como estava sozinha, assim pensou antes de ver Rosa passar pela porta da cozinha, ela resolveu dar uma organizada em seu próprio quarto.

Ouvindo a playlist no spotify nos seus fones Ana pegou os produtos de limpeza com a Rosa na dispensa e foi limpar o que precisava, perdendo o momento em que Robert entrava pelo portão em seu carro.

Logo que chegou em casa, pouco depois de deixar Summer no balé, Robert foi até a cozinha em busca de um copo de água, mas foi abordado por Rosa com uma pilha de roupa.

- Querido coloque isso na sua cama, por favor?- pediu a senhora com a respiração acelerada.- Eu já vou lá guardar.

- Está tudo bem, Rosa?- o ator perguntou estranhando a pressa dela.

- Sim sim, só não posso desgrudar os olhos da minha panela ou minha carne queima.- disse agitando as mãos.

- Pode deixar que eu guardo, Rosa.

Ele não teve resposta.

Ja dentro do seu closet, enquanto separava as camisas dobradas e as calças, Robert foi surpreendido por uma peça que não era dele muito... peculiar.

Pequena. Rendada.  Bordô.  De lacinhos nas extremidades. Com a parte de trás em um fio único.

Com um sorriso torto ele segurou a calcinha com as duas mãos e imaginou o quanto Ana devia ficar sexy dentro daquela lingerie...

Ele imaginou a peça moldando suas nadegas... seu quadril... sendo obrigado a fechar os olhos e tentar controlar a sensação que se alojava em suas calças,  mas não tendo sucesso.

A noite anterior tinha lhe atingido como um soco, ele conseguia claramente imaginar que Ana estava usando aquela calcinha indecente quando bateu em sua porta e ele só pode se culpar por ter sido covarde ao ponto de não tê-la puxado para dentro e acabado com aquela vontade que sempre, sorrateiramente, adentrava seus pensamentos e o fazia ficar duro em questão de segundos.

Porra... tinha que ser tão pequena? Ele pensou sentando no Puff que tinha ali e esmagando a peça nas mãos, sentindo seu pau doer de tanto tesão.

Ana saiu do quarto dando de cara com a porta do quarto de Robert entreaberta, ela não ia bisbilhotar, mas quando tocou na maçaneta a curiosidade lhe dominou.

Ela já tinha visto pouca coisa do quarto dele e,  como Rebeca tinha lhe dito no seu primeiro dia ali, era realmente muito diferente do resto da casa. Com uma decoração moderna e contemporânea, o cômodo parecia pertencer a outro lugar.

Ana sorriu, porque o quarto realmente tinha a personalidade dele. O ar de mistério nos tons de chumbo das roupas de cama, a TV majestosa na parede em frente à cama, as poltronas imponentes ao lado da sacada...

- hum... Ana...

Com o coração acelerado, o pé esquerdo a um palmo do chão, Ana fechou os olhos achando que estava ouvindo coisas. Mas o som, gutural, aveludada inconfundível da voz de Robert veio de novo até ela, mais forte e mais claro.

- Isso... Simmm... Ana...

Em primeiro momento ela achou ele estivesse fodendo alguém com o mesmo nome que ela no closet, isso não seria tão inacreditável assim, mas, a julgar pelo barulho único de algo sendo... friccionado e dos seus urros, ela teve a certeza de que ele estava sozinho.

Devagar, sem fazer barulho, Ana foi até a porta do closet apenas para ter certeza de que não estava alucinando, encontrando seu chefe sentado, totalmente entregue, com camisa social meio aberta, calças no meio da coxa, olhos fechados, lábios abertos, rosto vermelho, esfregando algo na cor bordô em seu pau enquanto batia uma punheta que parecia estar deliciosa.

Um calor lhe subiu pelo pescoço, atingindo suas bochechas, ela arfou e até quis desviar os olhos e sair dali correndo, mas não conseguiu.

Era uma cena... gostosa demais.... instigante demais.

Crente de que jamais teria outra oportunidade Ana se atentou aos detalhes de tudo que seus olhos alcançavam.

As veias do pescoço de Robert, as mãos grandes, o pau grosso e de glande rosada que naquele momento cuspia porra por entre os dedos longos do ator.

Ana se viu sem fôlego, de boca aberta ao ouvir ele gemer seu nome repetidamente enquanto gozava.

E,talvez, apenas talvez, ela devesse se sentir enojada quando ele tirou aquilo de cor bordô de seu pau e revelou ser um calcinha dela, mas a garota apenas se sentiu... poderosa.

Sim, essa era a palavra.

Uma sensação de poder lhe encheu o peito ao ter a certeza de que Robert tinha urrado seu nome enquanto gozava em sua calcinha.

Extasiada e por isso ficando um pouco desnorteada Ana ergueu a mão em busca de apoio, esbarrando sem querer em um adorno de decoração em uma das prateleiras entre a porta e a parede, fazendo Robert se sobressaltar, abrir os olhos e dar de cara com ela ali, congelada em sua porta.

- Caralho!

- Ai Meu Deus!

Quase que ao mesmo tempo o ator tentou se ajeitar e Ana tentou sair dali, esbarrando emis algumas coisas no caminho, tentando juntar tudo, não tendo muito sucesso.

- Ana!- Robert exclamou.- Espera... Eu posso...

- Não precisa...-ela disse apressada.- Desculpa, eu ....

- Não... Espera...

- Eu já vou.

Correndo, envergonhada, desesperada, Ana deixou tudo para trás e se trancou em seu quarto.

Uma risada meio histérica fugindo por seus lábios ao lembrar de tudo o que viu.


















CherryCah658
lara2007santos
umalufanazinha
ElisaMesquita0





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