17. Era ela. Simples assim

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POV Ana Carla

- Summer, querida, pare quieta, por favor.- pedi para a menina que não parava no lugar enquanto eu puxava sua meia calça para cima.

- Eu estou nervosa,Tia Ana, eu não vi a minha mamãe quando chegamos.- Summer ergueu os braços para que eu passasse a saia engomada pela sua cabeça.

Tinha chego o dia da apresentação em comemoração ao dia das mães na escola dela e a dias ela estava ansiosa.

- Olhe para mim, amor.- Eu pedi conferindo que tudo estava no lugar. Ela me olhou, sorrindo. Estão tão linda. Fiz uma maquiagem delicada em seu rosto angelical, e fiz questão de acompanhar a confecção de sua roupa de perto na costureira contratada por Elisa. Ela estava perfeita.- Você está linda, Summer.

Ela encolheu os ombrinhos.

- Será que minha mamãe vai gostar, tia Ana?- perguntou mordendo os lábios de botões.

- Ela vai sim, minha lindinha.- falei porque achava impossível que alguém não amasse aquele pequena.- Agora, vamos lá com suas colegas,você vai ficar com a professora e eu vou lá com o seu pai, ok?

Summer arregalou os olhos azuis para mim e pulou no meu pescoço.

- Ela tem que vim, Tia Ana.- repetiu ansiosa.- Nós ensaiamos a apresentação juntinhas, ela tem que dançar comigo.

Meu coração apertou um pouquinho com a sua aflição.

- Vai dar tudo certo.- falei, mais para mim do que para ela.

Porque se eu saísse dali e Suki não estivesse sentada junto de Robert eu não sei o que eu faria.

Deixei ela junto de suas amiguinhas e sai detrás do palco, indo até a plateia.

Tinham muitas famílias ali, alguns famosos que eu não me lembrava o nome, alguns empresários.

- Com licença.- pedi para algumas pessoas ao entrar numa fileira para alcançar o lugar que Robert tinha reservado para mim.

A Los Angeles High School era uma escola frequentada por muitos filhos de famosos e pessoas ricas, por isso ninguém estava se importando com o Robert Pattinson ali.

A não ser eu.

Eu sempre me importava.


POV ROBERT PATTINSON


Ana sentou ao meu lado, com um sorriso contido.

A apresentação de Summer ia começar em poucos minutos e a mãe dela não tinha dado as caras ainda.

- Eu sei que eu não tenho nada haver com isso.- Ana sussurrou para mim.- Mas a mãe dela já devia ter chego.

Toquei sua mão no encosto da cadeira, um gesto discreto e ninguém ali estava nos olhando.

- Eu sei. Mas isso não está no meu controle.- respondi tão apreensivo com a situação quanto ela.

Ana não disse mais nada Até que a a diretora subiu ao palco, dando início a tarde de homenagens.

Várias turmas se apresentaram juntos, cantando músicas sobre família, sobre amor e eu achei engraçado Ana estar emocionada vendo as crianças cantarem desafinados.

Até que eu me lembrei que faziam alguns anos em que ela passava o dia das mães sozinha.

Peguei sua e trouxe para o meu colo e entrelacei seus dedos nos meus.

Ela me olhou com um sorriso tímido nos lábios, compreendendo que eu queria lhe consolar.

- Agora, vamos a apresentação especial da aluna Summer Watherhouse Pattinson, acompanhada da sua mãe, Suki Waterhouse. - anunciou a diretora com um sorriso.

Eu esperava realmente que Suki estivesse lá atrás a com Summer, mas a julgar pela diretora que foi chamada aos sussurros eu devia estar esperando muito.

A mulher voltou ao tablado e com uma expressão sem graça chamou:

- Tivemos um pequeno imprevisto- disse passando os olhos pela plateia.- A srta. Ana Carla poderia comparecer ao camarim?

Levantei para que Ana passasse um pouco atrapalhada e esperei,um pouco preocupado para que ela chegasse até Summer.

Alguns minutos, que se seguiram por alguns sussurros ao meu redor, a diretora voltou ao tablado, dessa vez com um sorriso satisfeito.

- Bom, espetáculos ao vivo tem os seus contratempos- disse não olhando para ninguém específico, tentando fazer graça.- Mas o show tem que continuar, com vocês a nossa pequena Summer.

A música "faded " de Suki começou a tocar e a cortina se abriu revelando Ana sentada com as pernas em posição de borboleta e Summer sentada entre elas, os braços de Ana ao seu redor.

As duas se olhavam com um sorriso pequeno nos lábios, como se fossem uma escultura, até que Summer começou a dançar e Ana ficou na mesma posição, congelada, realmente imitando uma escultura, os braços na posição inicial,com o espaço para Summer caber ali.

Eu não sei explicar o que senti ao ver Ana ali, fazendo um papel que não era dela, se esforçando para dar a minha filha a segurança que ela precisava para dançar tão lindamente.

Summer girava e saltava ao redor de Ana,vez ou outra tocando os ombros dela.

E foi ali, da plateia, emocionado com o que eu via, que eu entendi o quão Ana já era importante, não só para mim, mas para minha filha também.

A garota que agora estava no palco, usando seu jeans surrado e sua camiseta de sua banda preferida, que agora deixava Summer voltar aos seus braços e como último ato da coreografia beijava a testa de minha e a ninava, uma demonstração do que devia ser o amor de mãe.  O amor que acolhe, que completa, que protege.

Eu não via forma de nossas vidas serem completas sem ela.

Levantei,assim como todos ,  aplaudindo emocionado, quando as duas ficaram de pé e com um sorriso envergonhado o olhar de Ana encontrou o meu e numa imitação perfeita de Summer ela cruzou as pernas e dobrou o corpo,agradecendo ao seu público.

Era ela.

Simples assim.




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