39. Fale Por VOCÊ

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POV ROBERT PATTINSON

Um bipe irritante soava em meus ouvidos e a força que eu tive que fazer para abrir os olhos.

- Sr. Pattinson? Está me ouvindo?- uma voz que eu nunca tinha ouvido me chamou.

- Sim...- Falei, minha língua um pouco pesada.

- Consegue abrir os olhos?- perguntou de novo a voz masculina.

Tentei, com um pouco de esforço,consegui.

- O que aconteceu?- perguntei confuso.

O homem a minha frente era alemão e alto, tinha um sorriso contido nos lábios e me ajudou a sentar na cama.

O bipe chato ao meu lado vinha de um monitor que detalhada os batimentos do meu coração.

Ao lado do monitor estava Ana, ela tinha uma expressão preocupada estampando seu rosto e seus olhos inchados, mesmo por trás do óculos, me diziam que ela tinha chorado.

O que diabos tinha acontecido?

- Olá, eu sou o Dr. Rocha. O Senhor teve um princípio de infarto, sr. Pattinson.- disse o médico.

- Eu o que?- Não conseguia acreditar.- Como?

Ana segurou minha mão. O médico voltou a falar.

- Então... pelo o que sua... noiva me falou- ele olhou, um pouco constrangido para Ana, me olhando logo em seguida.- o senhor passou por um momento de emoção extrema... Sua pressão arterial subiu muito rápido e acabou lhe dando a sensação de um infarto.

- Eu estava transando.- não pude evitar de falar.

Dr. Rocha pigarreou.

- Sim... antes de... transar o senhor sentiu alguma coisa?- ele perguntou.

Nunca pensei que sentiria tanta vergonha na vida.

Ana tinha os olhos em mim.

- Minha respiração ficou acelerada e talvez minha cabeca tenha ficado dolorida...

- Por que não me falou?- Ana guinchou ao meu lado.

Mas nao consegui responder, a pergunta do médico me tirou o ar.

- Sua respiração acelerou porque o senhor estava sentindo que nao conseguiria ter uma ereção?

Olhei feio para ele.

- Não seja ridículo!

- Não estou sendo, Sr. Pattinson.- disse.- A impotência sexual é algo muito natural conforme a idade avança.

- Eu tenho 44 anos!- o monitor ao meu lado apitou freneticamente.

- Amor...- Ana tocou meu rosto, chamando minha atenção.- Está tudo bem, Não se altere.

- Sr. Pattinson vou passar para o senhor algumas recomendações.- o médico disse como se não tivesse acabado de falar na frente da minha noiva de 21 anos que eu era um broxa.- O senhor vai precisar procurar o seu médico e levar esse documento que estou lhe dando, vai precisar fazer acompanhamento diário da sua pressão para ver se será necessário fazer uso de medicação para controle e sugiro que visite o urologista.

- NÃO TEM NADA ERRADO COM MEU PAU!

- Rob!

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Meu pai estava sentado no sofá ao lado de Bobby e os dois estavam curvados em posição fetal, rachando o bico de tanto que riam da minha cara.

- Aaaaaaah, ele disse que aguentava kkkkkkkkkkl!- meu pai guinchou.

- Eu disse que ela ia acabar com a vida dele kkkkkkkk- Bobby emendou.

- Ele está achando que é fácil dar volta numa brasileira e ainda com metade da idade dele!

- Parem com isso!- Minha mãe rugiu vindo da cozinha.- Vocês vão fazer ele se estressar .

- Papai você está dodói?- Summer perguntou entrando em casa com Ana.

Elas tinham ido até a farmácia comprar um medidor de pressão para que Eu pudesse fazer o controle e quando Ana tirou o aparelho da caixa Bobby e meu pai foram mais alto ainda.

Soltei um suspiro.

- Vamos embora?- perguntei. O almoço de Natal já tinha sido a horas atrás, Summer já tinha ganho seus presentes, Ana já tinha presenteado a todos e eu queria lhe o dar o seu presente na paz e no sossego do nosso lar.

Em Los Angeles.

POV Ana Carla



Nosso natal não terminou como  esperávamos. E a culpa ainda me corroia por dentro por quase ter matado Robert dentro do carro.

Pousamos em Los Angeles no início da tarde e antes de ir para casa deixamos Summer na mãe dela, ignorando sua tentativa vã de puxar assunto com a gente, e seguimos para a mansão.

Ajudei Robert a descarregar as malas e fiz ele tomar um banho enquanto eu preparava um almoço leve para nós dois.

- Que cheiro bom.- Ele disse me abraçando por trás e cheirando meu pescoço,suaa mãos acariciaram minha barriga.

Desliguei o fogão e tirei o risoto da panela,servindo nossos pratos.

- É um risoto a quatro queijos.- Falei me virando para ele.

Robert sorriu torto para mim.

- Eu não estou falando da comida.- disse se inclinando e me beijando.

Ele estava só de cueca, pronto pra me torturar, coloquei minhas mãos em seus ombros e deslizei por seus braços, sentindo os músculos esculpidos sobre a palma da minhas mãos.

Ele era tão forte, era quase inacreditável que tinha sofrido um aumento de pressão.

Sua boca macia deslizou sobre a Minha, sua língua explorando cada ponto, sugando meus lábios.

- Amor...- tirei minha boca da sua, Robert passou a beijar meu pescoço, seus dedos longos tentando abrir meu pijama de botões.- Rob... você não pode...

- Para com isso.- ele disse.- Claro que posso, eu estou bem!

Soltei um gemido quando ele capturou meu seio com a boca quente, me causando ondas de arrepios.

Era tão difícil resistir a ele.

Mas eu precisava.

Fiz um esforço e sai do seu abraço,  indo para o outro lado da bancada.

- Ana!- ele exclamou irritado.

- Nada de sexo até você ir ao médico que eu já marquei para semana que vem.- Falei apontando a colher que eu tinha nas mão  para ele.

Um pequeno sorriso surgiu em meio ao seu rosto irritado.

- Ok... Pandora...- ele balançou as sobrancelhas sugestivamente para a colher e eu lembrei exatamente do que ele estava se referindo.

Na minha história, em Pandora, a "Ana" vivia apontando a faca de manteiga para o mafioso.

Suspirei.

- Estou falando sério, amor.- Eu disse baixando a colher. Robert franziu o cenho.- Você me deu um grande susto, não quero que fique doente.

Ele puxou o banco e se sentou.

- Eu não estou doente- disse.- E não tem nada errado com meu pau como aquele médico idiota sugeriu.

Chateado. Como todo homem que tinha sua masculinidade colocada pra jogo.

Dei a volta na bancada e me coloquei entre suas pernas.

- Eu sei, amor.- toquei seu rosto, lhe dando um selinho.- Mas vamos ao médico, ok? Não vamos morrer por causa de alguns dias sem sexo.

Ele esticou um biquinho lindo.

- Fale por você.

ROBERT PATTINSON | A BABÁ Onde histórias criam vida. Descubra agora