Não foi exatamente uma surpresa quando a bússola de Jihyo, com os ponteiros reaparecendo, as levou para uma área antes quase inexplorada da casa.
- Caramba - comentou Momo. - Tem tanto tempo que não piso aqui que nem lembrava que nesse quarto também tem uma porta que não abre.
Era um quarto com pouca mobília, apenas uma cama e um criado-mudo. Os lençóis davam a entender que uma criança dormira ali, mas as três moradoras originais garantiram que não foram elas. Sana, que sentia arrepios no local e por isso o evitara durante toda sua vida, podia apenas suspeitar do que dormia ali, mas achou melhor não assustar ninguém.
Jeongyeon pegou na maçaneta da porta e contou de 1 a 10. Nayeon e Jihyo não tinham visto antes, mas conforme o fazia, os olhos de Jeongyeon ganharam um brilho dourado, e Sana sentiu calor sendo exalado da menina mais alta. Um clique foi ouvido, e a porta se abriu como se nunca houvesse sido trancada, revelando nada além de escuridão através dela.
- Como é? - Dahyun perguntou.
- O quê? - Jihyo se virou, encarando a sua "professora".
- Passar por uma dessas.
- Não dói, é como passar por uma gelatina gigante - Nayeon esclareceu.
- É... - Jeongyeon falou. - Vamos?
- Estou com um medo muito honesto - Sana comentou.
- Fique do meu lado - Dahyun sorriu e ofereceu a mão.
Uma por uma, as seis entraram pela porta e apareceram instantaneamente em um pequeno galpão. A porta atrás delas fechou-se com um baque, e à frente havia outra. Abrindo-a, elas deram de cara com um campo florido. Enquanto para Momo, Sana e Dahyun aquilo era apenas bonito, Jeongyeon, Jihyo e Nayeon quase choraram, porque nunca viram nada tão belo.
No entanto, não tiveram muito tempo para apreciar a vista, uma vez que uma menina baixa, de cabelos pretos e longos, apontava um arco com uma flecha preparada para acertar a cabeça de Momo.
- É bom que se identifiquem antes de eu atirar. Vocês não têm muito tempo.
Dahyun se achou hipócrita, considerando que sua reação fora a mesma à chegada de Nayeon, Jeongyeon e Jihyo, mas sua espada não demorou a encostar em alguns fios de cabelo da arqueira.
- E é bom que você aponte esse arco para outro lugar - falou entredentes.
Se passaram alguns segundos sem ninguém ceder, mas pareceram anos. De repente, uma figura apareceu do céu, como um anjo ou santo, mas em forma de mulher. Quanto mais se aproximava do chão, mais sua forma intrigava as visitantes.
- Chaeyoung - ela falou, uma vez que tinha pousado. - Eu te falei que receberíamos visitas, e isso não é jeito de tratar convidados.
Chaeyoung revirou os olhos e abaixou o arco, fazendo Dahyun abaixar a espada também.
- Espera aí - Sana falou, fazendo um biquinho, o que era seu hábito quando se empolgava. - Você é a Yōsei de antes! Que me ajudou!
A mulher deu um sorriso simpático.
- Se você me chamar de duende de novo, o arco de Chaeyoung não vai ser o pior que vai acontecer com você - falou enquanto mexia em seus cabelos, e a luz do sol refletia em seu rosto. As outras meninas pensaram, ao mesmo tempo, que aquela era a criatura mais linda que já viram em sua vida. - Me sigam. Precisamos ajudar Mina.
Enquanto andavam rumo a uma casa enorme com paredes vermelhas, Sana resmungou baixinho.
- Se ela não é um duende, é o quê então?
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Toc - Toc (Ato 1) - TWICE AU
FantasyLivro 1 da Saga Breakthrough Era muito claro para aqueles que entendem de futuro e destino que aquelas 9 meninas iriam se encontrar. Talvez fosse coincidência que as datas dos encontros - 01 de fevereiro e 24 de março - fossem os aniversários de dua...