Toc - Toc (Ato 1) - TWICE AU

5- Me Abrace Forte

Por favor, me abrace forte
Por favor, me abrace
Tanto quanto você quiser, tanto quanto você gosta de mim
Por favor, me abrace forte, querida, sim
Mostre-me seu coração
Eu especialmente lhe dei uma permissão

- O que tanto escreve aí, Hyunnie?

Dahyun não se assustou com a presença de Sana em seu quarto. Se parasse para contar, a mais velha dormia mais no quarto de Dahyun do que em seu próprio. Então, apenas bateu duas vezes no espaço vazio da cama ao seu lado, fazendo Sana imediatamente se aconchegar em si.

Quem olhava para Sana, ou mesmo para Momo, não imaginava o quanto as duas poderiam ser grandes bobonas quando se tratava de Dahyun. Ambas eram altas e fortes, principalmente Momo, imbatível no combate corpo a corpo, e contrastavam com Dahyun, que era baixa e mais magra, mas não deixava de ser forte e habilidosa como as outras duas. Mesmo assim, as outras meninas se sentiam obrigadas a protegê-la, talvez por Dahyun ser mais nova, talvez apenas porque gostavam muito dela.

- Onde você estava? - Dahyun perguntou despretensiosamente.

- Vai responder minha pergunta com outra pergunta? - Sana respondeu, dando um beijo na têmpora de Dahyun logo em seguida. - Estava na cidade, você sabe. Matando monstros, ganhando grana. O de sempre.

Dahyun cerrou os olhos.

- Falando com homens e mulheres.

Sana riu e se colocou por cima de Dahyun, com suas pernas ficando entre as pernas da menor.

- Seu ciúmes é infundado, Hyun - passou o nariz pelo pescoço de Dahyun enquanto falava, e a sentiu arrepiar. - Imagina se eu me incomodasse com você e Momo? Ou se Momo se incomodasse com nós duas?

Dahyun tinha agora suas mãos na parte das costas da armadura de Sana, procurando pelo fecho.

- É diferente... nós três... somos diferentes.

- Eu discordo - Sana respondeu antes de beijá-la.

Porém, o beijo não durou muito tempo.

- Yah, Sana, Hyunnie, o que vocês estão fazendo? - A voz de Momo foi ouvida não muito longe e foi possível perceber que ela se aproximava.

- O que você acha? - Sana debochou e ganhou uma almofada na cara por Dahyun.

- Nada sem mim, eu espero.

Quando Momo apareceu, sem camisa, espada na bainha, algumas tatuagens aparecendo e indicando que havia mais debaixo das roupas, Dahyun suspirou. Sana e Momo realmente eram... um colírio para os olhos. Por isso faziam sucesso na cidade.

Sana saiu de cima de Dahyun e pegou o caderninho que antes estava na mão da mais nova.

- Eu cheguei da cidade agora e vim ver a Hyun, já que você tava dormindo. Aí achei ela escrevendo aqui.

- Teve outra visão, meu amor? - Momo perguntou se dirigindo a Dahyun e a cumprimentando com um selinho, depois de cumprimentar Sana com um tapa na cabeça. - Explica pra mim.

Tomando o caderno da mão de Sana, Dahyun leu o que escrevera e então começou a explicar o que viu.

- Eu fui lavar meu rosto quando acordei e tudo ficou escuro... era como se apenas uma luz iluminasse sobre mim para que eu visse o espelho, mas além disso estava tudo preto. E então, surgiu uma criatura. Parecia uma mulher, mas com uma figura monstruosa... ela tinha cobras no lugar de cabelos e sua pele era uma mistura de muitas cores. Sua boca tinha presas no lugar de dentes e eu estava paralisada. E então ela me abraçou por trás.

- Vagabunda - Sana disse, fazendo Momo rir e Dahyun olhar para as duas irritada.

- Continuando. Eu não conseguia me soltar dela e ela sussurrou isso. Me abrace forte. Eu tenho me perguntado, sabe? Se essas visões são de alguma forma pistas para algo maior, como as portas dessa casa que não abrem, ou uma resposta para como acabar de vez com essa superpopulação de monstros. Ou até sobre o paradeiro de Jinyoung.