30 - Ao abrir os olhos

1K 124 57
                                    

Alguns anos depois

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Alguns anos depois...

— Eu não queria trabalhar hoje.

A voz um pouco rouca pelo sono foi ouvida, direcionou o rosto para o lado e encarou a esposa que abria um sorriso e estendeu a mão acariciando as costas com carinho.

— Eu também não queria trabalhar nesse frio, mas não temos escolha.

Empurrou a coberta com ambas as mãos e deixou que a cabeça descansace no ombro da outra.

— Será que sentiriam minha falta se eu faltasse hoje? - os olhos claros olharam para cima esperando uma resposta.

— Bom - uma pausa para abaixar o rosto e fitar os olhos claros - sem você aquela empresa afunda, então te digo com convicção que sim, sentiriam muito a sua falta.

— Isso não é justo - suspirou e levou a mão até a barriga da de olhos escuros, por baixo da blusa e fez um carinho lento na região - seu trabalho é mais legal e menos estressante que o meu.

A mulher iria responder mas foi interrompida quando dois pequenos seres humanos entraram correndo pela porta e com um pouco de dificuldade se jogaram no colchão. Os dois garotos estavam sorrindo, os cabelos um pouco grande para o lado em suas testas, a camisa no mesmo tom de preto com varios desenhos e ambos encaram suas mães com olhos brilhantes, um par de olhos verdes e outro com um verde e o outro castanho claro.

— Hoje é o dia de panqueca feliz - um dos gêmeos falou erguendo os pequenos braços fazendo com que suas mães sorrissem.

— Mama você disse ontem - o outro falou empolgado dividindo atenção entre o rosto de seu irmão e o de suas mães - eu posso fazer os sorrisos.

— Você inventou - a de olhos claros apontou o dedo na direção da de olhos escuros - eu estou atrasada e preciso muito ir ao banheiro.

— Tudo bem - ergueu as mãos em forma de rendição - não posso quebrar promessas feitas aos meus pequenos meninos.

Ambas se levantaram da cama e pararam para observar os filhos descerem da cama e saírem correndo do quarto. Deram risada e se aproximaram uma da outra para trocarem um demorado selinho e observarem um pouco as feições uma da outra, era assim toda manhã.

— Eu já disse que te amo hoje? - viu a outra negar sorrindo - te amo, Camz.

— Te amo em dobro, Lo - deixou mais um selinho em sua esposa - agora preciso ir, tenho dois baby dragões para alimentar.

— Boa sorte.

Observou sua esposa fazer um coque nos cabelos enquanto saia do quarto, negou com a cabeça sorrindo, ela era feliz, muito feliz.

Foi até o banheiro e tomou um banho quente, ao sair vestida e tentando enxugar um pouco seus cabelos com a toalha, parou ao lado da cama e fitou a grande janela de vidro a sua frente, tinha sol. Mesmo com o chão coberto por uma não tão fina camada de neve, o sol estava ali tornando o dia em Denver ainda mais bonito, ela olhou para o relógio na mesinha ao lado da cama e estranhou o fato de ainda ser 07:30hrs.

Ao Abrir os OlhosOnde histórias criam vida. Descubra agora