B2 - sabiá

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sumário:

Mesmo quando Fundy florescer em sua arte, pintando largas, belas, detalhadas paisagens e retratos tão realistas, que seus sujeitos poderiam pular para fora de suas molduras, a favorita de Wilbur sempre vai ser aquela primeira, com o cabelo verde e espada-concha de Techno, a cabeça dupla de Sally, os olhos de inseto de Wilbur, e a tentativa do pequeno Fundy de uma assinatura de artista na parte inferior:

di fundy, diz. para o melhor Pai no mundu todu.

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ou, três vezes o chamaram de Tommy, e uma vez foi Phil.

(capa feita por @/m4rms_ no twt, aproveitem)

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A primeira vez que acontece, ele é pequeno demais para lembrar. Ele tem cinco anos, ou talvez seis — o jovem príncipe de um velho reino. Um dia, ele será rei, ombros pesados com escolhas, sobrancelha franzida do peso de uma nação inteira. Ele se perguntará como seu pai conseguiu, e ele finalmente irá o perdoar por dias como este.

Porque um dia, Fundy será rei. Mas hoje ele é apenas uma criança, e seu pai está desaparecido.

Ele vagueia pelo corredor, seguido por uma comitiva de guardas. Ele nunca está sozinho, mesmo quando quer estar. Esse é o preço, talvez, da segurança, de ser o coração pulsante de um reino. As costelas o envolvem com muita força, e em alguns dias elas parecem as barras de uma gaiola de prata.

Ele passa por baixo de pinturas e vasos de flores e pergunta para todos que encontra. "Você viu meu pai?" Um dos guardas balança sua cabeça. Outro encolhe seus ombros, "Você viu meu pai?" O mordomo franze a testa, a empregada sente muito. "Você viu meu pai?"

Finalmente, alguém diz que viu. O príncipe dá um suspiro de alívio, e então segue as direções para uma das bibliotecas do castelo. Os guardas movem-se com ele como uma sombra.

A porta está entreaberta quando chega lá, e pela fresta, ele consegue ver seu pai sentado em uma mesa, seus dedos se preocupando com um pergaminho empoeirado à sua frente, seu rosto cansado emoldurado por uma pilha de livros. É um rosto que diz que uma perturbação pode não ser bem-vinda, mas Fundy é muito pequeno e adorado demais para saber como seria isso. Ele sempre é bem-vindo em qualquer outro lugar, então quem pode culpá-lo por nunca ter pensado que poderiam haver alguns lugares onde seu pai não gostaria que fosse?

"Pai?" Fundy abre a porta; seus guardas ficam em posição de sentido no corredor do lado de fora. "Pai, eu tenho algo para—"

"Hm?" Seu pai não desvia o olhar de seu trabalho; suas sobrancelhas franzidas não se desfazem. "Talvez mais tarde, Fundy."

Fundy faz beicinho. O que poderia ser mais importante que isso? Que ele? Ele ainda não entende que—enquanto para ele, seu pai era só o homem que lhe tocava canções de ninar e o colocava para dormir com doces contos de fadas caseiros, e quem nunca poderia dizer não à sua mãe—era diferente para todos os outros. Para o resto do reino, ele era Rei Wilbur, Protetor do Reino, Governante, e Campeão da Batalha do Vale Azul.

"Mas Pai," Fundy tenta novamente, alcançando o seu bolso, "Eu só preciso que olhe." ele se aproxima da mesa, perto o suficiente para ver as palavras rabiscadas no pergaminho de seu pai, palavras muito longas e grandes demais para ele pronunciar. "Por favor? Olhe."

"Agora não," Wilbur diz, com uma nota de aborrecimento. Aquilo, pelo menos, Fundy reconhece de todas as vezes que seus jantares em família foram interrompidos por algum nobre esperando conseguir um último pedido real antes do fim do dia. Eles geralmente eram mandados embora com um olhar da mãe ou do tio de Fundy. Se Mamãe pudesse, disse ela uma vez, trancaria as portas do castelo no momento em que o sol começasse a pôr-se.

Passerine | Sleepy Boys IncOnde histórias criam vida. Descubra agora