5. Sentindo-se incluído

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Boa leitura 💞 💞

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Lee Minho 》

Acordei sete e meia da manhã, tomei banho, tomei café, brinquei com Sonnie e Dori, lavei os pratos, limpei a pia e o fogão e guardei as coisas que mamãe comprou ontem à noite. Cumprindo tudo o que tinha na minha rotina de domingo. Quando terminei, era oito e quarenta e três. Lino ainda não havia acordado.

Entrei no quarto, sem me preocupar em fazer silêncio, abri a cortina e os raios do sol entraram no quarto, iluminando bem o quarto e batendo no rosto do meu irmão, que soltou um grunhido incomodado e cobriu o rosto com o cobertor.

— Acorda, preguiçoso. - Chamei, puxando a coberta, ele resmungou em resposta e se revirou na cama. — Vai! - Fui até ele e puxei seu travesseiro, jogando em seu rosto.

— Minho! - Exclamou em resposta, e dei risada com a reação dele. — Você não tem mais nada pra fazer não?! - Questionou, sem se preocupar em abrir os olhos.

— Não... Já tomei banho... já comi, brinquei com o Sonnie e com o Dori, lavei os pratos, já... - Fui cortado por um suspiro longo, vindo de Lino.

— Tá..! Entendi que já cumpriu tudo. - Falou, finalmente abrindo os olhos para me encarar. — Foi uma pergunta retórica, Min. - Explicou, fiquei constrangido por um momento antes de balançar a cabeça para os lados e respirar fundo, tentando me concentrar.

— Ainda tô devagar. - Comentei, espalhando tapinhas por meu rosto, suspirando pesadamente.

— Culpa do Jun-ho aquele desgraçado, eu deveria ter batido mais naquela cara ridícula dele, pra deixar ele sequelado, cadeirante, com a cara irreconhecível, só pra ele se olhar no espelho e pensar "nunca mais eu faço nada com o Minho, devo ter deixado ele muito mal." Ah... se você não tivesse lá, eu ia... - Falava, mas o interrompi.

— Lino. - Meu tom foi mais grave que o habitual, e ele olhou pra mim. — Chega. Já passou.

— Passou uma vírgula! - Rebateu, ficando sentado. — Passou pra ele, passou pra mim, mas você tá sofrendo as consequências do que aquele capeta fez, até hoje..!

— Lino! - Chamei, o fazendo se calar de novo. — Pa... Passou! Ok?! Eu sei que vo-você fica com raiva disso, eu também fico! O que eu quis dizer, é que a situ-situação já passou, não tem mais o que fazer! - Passei a mão no rosto e respirei fundo. — Só... esquece isso, para de voltar nessa situação, acabou. Deixa pra lá. - Concluí, percebendo o olhar de Lino sobre mim. Me sinto constrangido toda vez que lembro de uma situação de bullying que fazem comigo. Porque eu nunca me defendo, não sei fazer isso, e nas vezes em que tenho alguma crise, é pior ainda, me sinto mais envergonhado. É horrível lembrar, me sinto humilhado e incapaz.

— Desculpa. - Lino se levantou da cama e esticou os braços. Me afastei assim que entendi o que ele queria.

— Não quero. - Disse, me encolhendo.

— Vai, Minho! - Se aproximou mais e me puxou para um abraço. Tentei manter o contato o máximo que conseguia, sei que tenho que tentar resistir mais, mesmo não estando tão bem, por causa do que aconteceu, sei que sempre tenho que tentar.

Me afastei mais cedo do que eu queria, de uma forma não tão delicada, já que o empurrei para me desfazer do contato. Foram apenas treze segundos abraçando ele, normalmente, consigo abraçar ele por um minuto e meio. Bom, não foi dessa vez.

You are my dear brother - STRAY KIDS (Lee Minho & Lee Know)Onde histórias criam vida. Descubra agora