capitulo 9

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Desculpe  a demora na postagem aqui correria mas vou me esforçar para posta com frequência ;)

Os raios de sol aqueciam agradavelmente minha pele exposta, e o
vento leve soprou meu cabelo no rosto enquanto eu marchava para as
arquibancadas de metal no terreno da escola.
Era um bom dia para sair, uma mistura perfeita de sol e um pouco de
vento. E um contraste completo com a ansiedade que borbulhava dentro
de mim.
A expressão sombria de James no refeitório quando Lucas sentou
comigo assombrou minha mente, e eu esperava seu ataque a qualquer
momento agora.
Ele foi irracionalmente persistente em manter Lucas longe de mim, o
que teria sido engraçado se não fosse por seus insultos constantes.
E eu senti que só iria piorar, se o olhar sinistro que apareceu em seu
rosto na aula de cálculo ao saber que eu viria para assistir a seletiva fosse
alguma indicação.
Caramba, eu não desconfiaria de James mirar a bola na minha cabeça
e me nocautear só por aparecer aqui.
Ou talvez eu esteja pensando demais. Eu tinha uma tendência a fazer
isso, especialmente com ele.
No meu caminho, contei cerca de vinte caras agrupados no centro do
campo de futebol.
Apenas alguns deles estavam com suas roupas de futebol com
camisetas pretas, enquanto outros usavam calças de moletom ou shorts e
camisetas largas.
O técnico do nosso time se destacava entre eles com a cabeça careca, o
apito pendurado no pescoço e o jeito turbulento com que gritava com os
meninos.
As líderes de torcida também estavam no campo no canto, a maioria
delas vestida de forma semelhante com calças de moletom e camisetas
sem mangas. Elas estavam fazendo alongamentos.
Eu vi Addison entre elas também, fazendo uma espacate graciosa,
fazendo minhas sobrancelhas levantarem com sua flexibilidade. Ela era tão imaculada e elegante que alguém como eu só poderia desejar ser ela.
Matt e Lola já estavam sentados no final da fileira do meio quando
cheguei à arquibancada. Alguns outros alunos também estavam
espalhados nos assentos, e deduzi que futebol era importante na Jenkins.
Matt estava animadamente falando com Lola, que, como sempre,
estava apenas ouvindo e balançando a cabeça.
Eu estava hesitante em me juntar ao casal. Eles pareciam muito
absortos em si mesmos, mas Lola me viu quando eu subi as escadas e
acenou para mim.
— Lucas afinal conseguiu arrastar você até aqui, — disse Matt,
olhando para mim com um sorriso.
— Ele parecia muito animado com a seletiva. — Sentei-me ao lado de
Lola, tirando a bolsa dos ombros e colocando-a no colo. — Foi difícil
recusar.
— Ele adora futebol, — acrescentou Lola.
— Lucas pediu a vocês dois também? — Eu perguntei.
— Ele não precisa, — respondeu Lola, e apontou o polegar para o
namorado.
— Matt aqui é um grande — Lucas ainda não chegou, — disse Lola, fazendo-me virar para
encará-la para ler minha mente.
— O treinador pediu a ele e ao James para mostrar algumas jogadas
aos outros. Os dois ainda devem estar colocando seus equipamentos no
vestiário, como os idiotas preguiçosos que são.
— Eles têm uma pequena margem de manobra do treinador Martin.
— Matt empurrou os óculos para cima.
— James e Lucas são os nossos melhores jogadores e também a nossa
passagem para o troféu desta temporada. O treinador sabe disso, então
ele vai devagar com eles.
— Não é um esporte de equipe? Por que colocar apenas duas pessoas
em um pedestal? — Eu desafiei a noção.
— Ninguém está colocando ninguém em um pedestal. O treinador
simplesmente não pega tanto nos seus pés, como ele faz com os outros.
James e Lucas jogam futebol desde o ensino fundamental, então eles têm
sua confiança.
— Mas você sempre pode esperar que ele acabe com eles, se perderem
a linha. Martin leva seu jogo a sério.
— Muito a sério, — Lola juntou-se. — Ele até tentou colocar os dois
um contra o outro para a posição de quarterback no início do primeiro
ano, mas James não estava interessado.
— Os dois são igualmente talentosos, mas o jogo significa mais para o
Lucas.
— Ele quer entrar na faculdade com uma bolsa de estudos para
esportes, e James, por outro lado, admitiu que não tem planos para o
futebol americano no futuro. — Ela balançou a cabeça.
— Por que ele iria? Ele é um pirralho que tem pais ricos e um negócio
de sucesso esperando-o para assumir. Ele não deu a mínima para ser um
quarterback ou um capitão, então Martin finalmente teve de se decidir
por Lucas.
Essa foi uma grande divagação para a quieta Lola, me dando uma nova
visão sobre o relacionamento entre James e Lucas.
— Agora, não desdenhe de James. — Matt passou os braços em volta
dos ombros dela e um pequeno sorriso apareceu em seu rosto com o gesto.
— Ele pode querer estudar medicina como sua mãe. A probabilidade
parece alta, já que são os filhos do médico que se tornam médicos.
— O irmão mais velho dele já está na faculdade de medicina. Tenho
certeza de que o Sr. Haynes não gostará que seu outro filho também vá.
Quem cuidará de sua preciosa empresa?
Fiquei em silêncio e absorta nas novas informações sobre James.
Mesmo que eu o detestasse, uma grande parte de mim estava curiosa e
queria saber tudo sobre ele.
Raciocinei que queria uma carta na manga para impedi-lo de ir atrás
de mim, mas até agora não tinha encontrado nenhuma, e isso só
solidificou a ideia de que ele era perfeito — exceto a parte do bullying.
— Finalmente, eles estão aqui, — Matt disse, e eu virei minha cabeça
para o campo.
James e Lucas estavam caminhando em direção a outros caras. Eles
estavam com seu uniforme de futebol e a camisa preta de nosso time
com seus capacetes nas mãos.
Mesmo com equipamentos pesados, eles conseguiam parecer suaves.
O treinador Martin conversou com eles por um minuto assim que o
alcançaram.
Quando ele os soltou, Lucas olhou para as arquibancadas e acenou,
com seus dentes brilhando à distância.
Eu sorri e acenei de volta. Mas minha alegria vacilou quando meus
olhos se moveram para James, que estava parado atrás dele. Senti seu
olhar penetrante do outro lado do campo.
Depois de fazer o restante e alinhar os candidatos, deu-se início à
seletiva. No início, não houve tackle ou mano-a-mano como eu esperava.
O treinador simplesmente soprou o apito e os fez correr várias voltas.
Ele repetiu o mesmo exercício várias vezes. Em seguida, ele os fez cruzar
a longa linha de cones laranja pelo menos cinco vezes.
No momento em que aqueles pobres meninos terminaram, eles
estavam encharcados de suor da cabeça aos pés, suas camisas e calças
grudando em seus corpos.
— Ele está testando a resistência, e o que é melhor do que correr? —Matt comentou. — Metade deles serão rejeitados agora. — E ele estava
certo; quase metade deles saiu, ofegando e mal caminhando. — A parte
divertida está aqui, — disse Lola quando Lucas recebeu uma bola. Ele
estava de capacete. — Eles vão fazer uma jogada.
Ele marchou passando por uma linha branca, girando a bola oval em
sua mão. Eu vi James parado perto da linha mediana, de frente para o
nosso lado. Minha respiração engatou quando ele olhou para nós — ou
para mim — antes de colocar o capacete.
O apito soou e tudo aconteceu em um piscar de olhos. Lucas estava
correndo para o outro lado antes de ser derrubado no chão por James.
Eu estremeci com sua queda. Mesmo com todo o enchimento, deve
doer muito. Eu não sabia que o jogo era tão violento.
Matt suspirou e eu olhei para ele. Seu nariz estava torcido enquanto
ele olhava para a frente. — James não tinha de ir tão forte numa seletiva.
— O que você quer dizer? — Meu rosto voltou para o campo. James
estava com a mão estendida e Lucas a estava usando para se levantar.
— Nada. Esse ataque foi mais agressivo do que precisava ser. Talvez
James fez sem querer.
Logo, Matt estava errado. — James realmente quis fazer isso.
Quando o treinador pediu que repetissem a jogada, Lucas foi mais
uma vez atacado duramente, mas o idiota levantou o polegar e estava
pronto para mais uma rodada.
Na quarta queda, ele estava tendo dificuldade em ficar de pé.
— James está com raiva do Lucas? — Eu ouvi Lola perguntar.
Não, ele está com raiva de mim. E Lucas estava levando a pior. James
estava garantindo que eu soubesse disso. Seu olhar tinha se movido para
mim todas as vezes antes de atacar Lucas.
Felizmente, o treinador decidiu que quatro vezes era o suficiente para
outros aprenderem a técnica. Lucas começou a mancar até o banco.
Talvez tendo visto sua condição, o treinador ordenou que ele ficasse de
fora.
Eu fiz uma careta. Ele estava ansioso para enfrentar os meninos que
tinham vindo para o teste e, embora eu não entendesse sua empolgação,
me senti mal.Era tudo por causa de James.
Raiva e ansiedade queimaram dentro de mim com o pensamento
daquele demônio. Ele era tão mesquinho, indo atrás do amigo apenas
para me punir. Meu aperto em minha bolsa aumentou e eu olhei para ele.
Seus olhos já estavam em mim quando ele acenou com a cabeça para o
treinador, que estava na frente, falando com ele. Minhas sobrancelhas
franziram ao encará-lo e ele sorriu de volta.
Esse idiota!
Parecia que James agora tinha a tarefa de Lucas de enfrentar os
outros, e os meninos não pareciam felizes com isso depois de vê-lo
imobilizando seu quarterback de forma tão brutal.
No entanto, seus temores foram dissipados. Quando o primeiro
jogador tomou o lugar de Lucas, usando capacete e ombreiras, James foi
mais fácil com ele, muito mais fácil. Isso me irritou ainda mais.
O treinamento continuou por mais uma hora. O treinador usou James
e outro de seus companheiros de equipe para ensinar alguns outros
movimentos, como chutar, segurar e passar a bola.
Futebol americano não era meu forte, então não conseguia
acompanhar tudo. Mas, apesar da minha raiva, percebi que James era
muito bom nisso.
Seus movimentos eram rápidos e experientes, como se ele conhecesse
a mente de seu oponente melhor do que ele mesmo. Meus olhos não
podiam desviar dele, mesmo se eu quisesse.
No final, apenas quatro alunos do segundo ano haviam entrado no
time. Eles receberam tapinhas nas costas de seus companheiros de
equipe como iniciação.
— Vamos vê-los, — disse Matt quando o treinador saiu e outros
começaram a limpar o campo. Todos pegamos nossas malas e descemos
para o campo.
Eu não queria enfrentar James, mas por sorte, ele estava com Lucas,
que ainda estava sentado no banco com James de pé diante dele. Já não
usavam seus capacetes e eles estavam conversando.
Ouvi algumas de suas palavras ao nos aproximarmos deles.
— Não reclame disso; vai parar de doer amanhã, — James disse, me fazendo carranca por como ele estava tratando seu amigo.
— Eu não me importo com isso, porra, — Lucas cuspiu.
— Ah, sim. Você queria ser um grande capitão machão para aquelas
crianças.
— E melhor do que ser um filho da puta ciumento como você, — ele
parou quando nos viu vindo em direção a eles.
James seguiu o olhar do amigo, uma carranca de raiva estragando suas
feições enquanto ele virava a cabeça para nós.
— James está com ciúmes? — Matt questionou assim que os
alcançamos. Seu rosto se iluminou com diversão quando ele olhou para
os dois. — Do que ele está com ciúme, Lucas?
Eu também queria saber disso. Talvez a situação difícil de Lucas não
fosse sobre mim, afinal.
— Cai fora, Matt. — James olhou feio para ele.
Lola revirou os olhos ao meu lado.
Lucas soltou um suspiro de cansaço. — Não é nada.
Ele olhou para mim e deu um pequeno sorriso. — Keily, você veio,
mas eu não pude nem me exibir. Vou me certificar de compensar isso
quando você vier ver nossos jogos.
— Claro, — eu respondi, tentando sorrir de volta para ele. — Eu pelo
menos vi você correr hoje. Você foi rápido. — Uma parte de mim se
sentiu culpada, se perguntando se ele realmente sofreu por causa do
conflito entre James e eu.
— E quanto a mim? — James perguntou, uma provocação vazando em
seu tom. Seus olhos escuros estavam me olhando com desafio e
apreciando minha angústia. — Você gostou da minha brincadeira,
porquinha?

Que babaca!

Keily Gordinha e Fabulosa-Manjari.Onde histórias criam vida. Descubra agora