No Morro

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Martins

Cheguei do trampo e já fui direto tomar um banho, hoje a Ana vai colar aqui, gosto dessa mina pra caralho,mas pena que é surtada.

Coloco uma roupa preta e minhas correntes, passo um desodorante e um perfume.

Começo a arrumar a casa que estava uma bagunça, era coisa jogada no chão, casa de homem solteiro né, tem uns que são arrumados mas eu não sou um deles.

Queria ser mais organizado, mas minha mente tá mó cansada, to trampando demais.

Pego a chave da moto e saio de casa.

Chego no mercado e entro já vendo aquela mocreia da moradora nova, fiquei sabendo que ela tá de olho no grego, mas não vou deixar ele ficar com ela, ele já é da Maitê, só não se assumiram ainda.

Ela fica me encarando mas finjo que ela nem estava ali, vou direto para o corredor de doces e pego uma barra e uma caixa de chocolate.

Nem peguei cestinha porque já sabia que não iria usar.

Vou para o caixa e todos estavam cheios, menos o da mocreia da mulher.

- pode passar aqui - a nojenta fala pra mim.

Só não vou em outro caixa porque tô com pressa.

Coloco as coisas no caixa e já vou olhando a carteira já pra não olhar pra ela.

Ela fala o valor e eu dou o dinheiro recebendo o troco.

- ei, espera - ela fala

Martins - quero muito papo contigo não -

- só queria te pedir uma coisa, arruma o grego pra mim -

Martins - não, ele já tem dona e tá muito bem com ela, eles são um casal lindo e ele não combinaria contigo -

Pego as coisas e saio sem nem esperar ela falar algumas coisa.

Chego em casa e abro a porta me deparando com a Ana sentada no sofá com os braços cruzados, parecia estar brava.

Martins - o que deu mina? -

Ana - o que deu Martins? Tu acha que eu não sei que tu tava falando com aquela vagabunda da nova moradora -

Martins - como tu sabe? -

Ana - a Gabriela me mandou foto, e tu nem pra negar né, jogou na minha cara - ela levanta e vem começando a me bater.

Martins - para com isso sua loka, deixa eu te explicar -

Ana - fala então, mas espero que seja um bom motivo -

Martins - fui comprar isso pra tu - mostro os chocolates - ela tava no caixa e quis me falar do grego, já mandei a real que não queria papo com ela e sai -

Ana - foi isso mesmo? - fala já mais calma.

Martins - juro, de dedinho - falo mostrando meu dedinho.

Ana - obrigado gatinho - me abraça e pega os chocolates.

Ela é estranha assim mesmo, mas gosto dela.

Ana - vamos fazer o que? -

Martins - sei lá, tá com fome? -

Ana - sim - não sei porque pergunto sabendo da resposta.

Martins - a gente pode comer e depois assistir um filme -

Ana - queria pular logo essas partes e ir logo na parte em que deitamos na cama e tu já sabe o que acontece depois -

Martins - tu é muito safada -

Ana - eu sei que você gosta - fala sentando em cima de mim.

Maitê

Jheni - aí amiga, mas ele tem uma pegada gostosa -

Maitê - mais é melhor você contar pra Ana do que ela ficar sabendo por outras pessoas -

Jheni - mas o alemão não quer contar agora, ele fala que primeiro precisamos saber se vamos dar certo -

Maitê - amiga não deixa ele te enrolar não, se tu ver que ele não tá querendo pula fora e acha outro -

Jheni - eu gosto dele desde que fui pela primeira vez na casa da Ana, lembro que tínhamos um trabalho pra fazer -

Vou para a cozinha e pego a pipoca.

Hoje é uma sexta feira e a jheni vai dormir aqui em casa.

Coloco em um filme e sento no sofá.

Jheni - mas me fala de tu e o grego -

Maitê - já te disse um monte de vez que não tem eu e ele -

Jheni - nunca fizeram? - nego - as Marmitex do morro que já ficaram com ele falaram que é inesquecível -

Maitê - credo, ele pega Marmitex? -

Jheni - na verdade ele é bem nojentinho pra mina, ele ficou assim depois da Gabriela, o maior arrependimento dele foi ela e a Duda né, o resto amiga, só foi mulherão, daquelas que até eu pegaria -

Maitê - nunca que ele iria me querer -

Jheni - quer sim e todo mundo já percebeu -

Maitê - ele acha que eu não sei que ele só me quer por uma noite, depois vai sumir, são homens né -

Jheni - acho que não amiga, ele não é de ser mandado de mina, tudo o que tu pede ele faz -