Capítulo 15

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Maratona 2/4

Maratona 2/4

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— Sara?

Me afasto rapidamente de Sara quando ouço sua mãe chamar pela mesma. Eu sabia que o que eu havia feito era errado, que ia contra tudo o que prometi renunciar assim que me tornei padre, mas o desejo profano por essa pecadora foi mais forte, minha consciência dizia que era errado, que eu não devia ter feito isso, já o meu coração me dizia o contrario.

— Sara? Padre? — ela chama novamente.

— Acho melhor você abrir a porta. — sussuro, não conseguindo tirar meus olhos de sua boca entre aberta.

Ela concorda e antes de abrir a porta arruma os belos cabelos ruivos que estavam um pouco bagunçados.

— Oi mãe, algum problema? — pergunta assim que abre a porta.

— Os convidados já foram embora e seu pai não se sentiu bem e foi deitar, por que estavam com a porta trancada? — pergunta aparentemente desconfiada.

— Estávamos conversando sobre o orfanato e sobre a Sara fazer os estudos bíblicos com as crianças em minha ausência já que amanhã irei para o Rio de Janeiro com o padre Antônio. — respondo.

— Entendo, desculpa ter atrapalhado. — diz sem graça.

— Está tudo bem, já havíamos terminado. — lhe dou um sorriso. — Bom, ja que expliquei tudo a Sara irei embora pois já está um pouco tarde e amanhã terei que acordar cedo. Tenham uma boa noite.

— A Sara irá lhe acompanhar até a porta, irei ver como Roberto está.

Concordo e desço as escadas com Sara.

— Então você vai viajar amanhã? — pergunta sem graça.

— Vou, padre Antônio quer que eu tire duas semanas de férias, ele diz que eu ando muito desconectado de Deus.

— Bom, creio eu que isso em parte seja minha culpa.

A culpa não era dela, essa menina não tem culpa do que venho sentindo por ela desde a primeira vez que a vi naquele parque, eu nem sabia quem ela era, não fazia a mínima ideia de tudo o que ela faria apenas para chamar minha atenção.

Quando estava passando pela primeira vez no pequeno parque botânico da cidade eu a vi. A intenção era conhecer a cidade, seus lugares e principalmente o parque, mas quando a vi eu não consegui tirar meus olhos daquela bela mulher de longos cabelos ruivos e olhos hipnotezantes. Ela vestia uma jardineira jeans azul com pequenas flores brancas e uma blusa amarela, seus cabelos estavam soltos e ela estava sentada no banco lendo um livro que não consegui identificar o nome, ela comia morangos. Aquela foi a imagem mais linda que já vi em toda a minha vida.

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