— Padre Christian, está ocupado agora? Gostaria de me confessar. — o olho com um olhar inocente enquanto um sacerdote passava, mas assim que ele sumiu de nossas vistas eu o olho com um olhar profano.
Que Deus me perdoe pelo o que estou fazendo, mas eu preciso deste homem.
— Poderia ser outro dia? Hoje não estou me sentindo muito bem.
— Está tudo bem, padre?
— É somente um mal estar, não se preocupe menina.
O observo sair em direção a sacristia.
— Sara, o que faz aí parada? — Marcos pergunta se aproximando de mim.
Marcos e eu somos amigos desde o ensino médio, ficamos algumas vezes, mas nunca passou disso e digamos até que o considero como melhor amigo. Melhores amigos com benefícios, claro.
— Eu estava falando com o padre Christian, gostaria de me confessar, mas ele está indisposto.
— Você se confessando? O que o "exemplo da cidade" tímida, conservadora e culta teria que confessar? — debocha.
— Querido eu sempre fui uma moça tímida e muito religiosa, o exemplo dessa cidade minúscula, não lembra? — debocho. — E você, o que faz aqui? Convenhamos que você não é do tipo religioso.
— Minha mãe queria que eu viesse e também eu estava de olho na minha vizinha e como eu sei que ela vem a missa todos os domingos, eu acabei unindo o útil ao agradável. — sorrie sacana.
— Você não presta, sabia? — sorrio. — Mas então, quem é essa tua vizinha? A dona Cândida? Não sabia que você gostava das coroas, Marcos. — debocho do mesmo.
— Sai fora, tô de olho é na Adélia, ela se mudou recentemente pra casa ao lado da minha.
— Fala sério, que mal gosto. — faço cara de nojo.
— Isso é ciúmes Sarinha? — ele sorrie debochando. — Não fica assim, você sabe que sempre vai ser a minha favorita mesmo querendo pegar o padre.
— Quem disse que eu quero pegar ele? — me faço de desentendida.
— Sara, somente os burros e cegos dessa cidade não perceberam suas intenções com o padre Christian. Mas relaxa que eu não vou contar isso pra ninguém, vai ser mais um dos nossos segredos. — ele diz saindo assim que vê Adélia indo embora. — E cuidado pra não virar mula-sem-cabeça.
Sorrio com sua fala e saio indo até o estacionamento. Meus pais já haviam ido embora pois iriam fazer uma viagem pro interior que minha avó paterna mora e só iriam voltar na próxima semana.
Eu estava sem carona então resolvi esperar o padre Christian sair para assim poder me levar para casa.
Já fazia uns 15 minutos que eu estava esperando, até que o avisto finalmente sair da igreja.
— O que ainda faz aqui, Sara?
— Poderia me dar uma carona, padre? Meus pais tiveram que viajar e acabei ficando sem carona. — sorrio inocente.
Ele parecia pensar um pouco e era notável o seu desconforto, mas mesmo assim aceitou me dar uma carona. Fomos o trajeto inteiro em um silêncio desconfortável até que resolvo quebrá-lo.
— O senhor sempre sonhou em ser padre? — viro-me no banco para olhá-lo.
— Na verdade não. — ele responde ainda sem me olhar.
— E por quê seguiu a vida religiosa? — o olho confusa.
— Em grande parte foi influência dos meus pais, eles diziam que quando criança eu nunca dei trabalho, nem mesmo na minha adolescência. Eles me criaram para ser padre mesmo que em algum momento da vida eu não quisesse, mas a vida religiosa acabou ganhando meu coração e aqui estou.
— Você já se apaixonou alguma vez? Já amou alguma mulher antes de se tornar padre?
— Tive um romance rápido com uma pessoa, mas nada que fosse importante ao ponto de eu deixar o sacerdócio.
— Por que não me olha, padre? Está conversando comigo como se estivesse falando sozinho. Está tentando me evitar?
— Você ainda pergunta? Ontem você estava me tentando esquecendo-se de que sou um padre. E hoje começou a se insinuar no meio da missa. — ele finalmente me olha.
— Não consegui evitar, seus olhos me deixam hipnotizada, o seu cheiro me deixa embriagada. — digo fechando os meus olhos, apreciando o seu cheiro.
— Você é uma garota que precisa de bons modos, que precisa estar mais na presença de Deus. O que seus pais diriam se soubesse o que anda fazendo? Por Deus, Sara. Você precisa de juízo.
— Saberiam finalmente que mesmo me criando trancada a sete chaves como uma freira, ainda assim eu conheci os prazeres mundanos, saberiam que a filha que eles tanto usam como exemplo já não é mais tão pura quanto dizem. — digo o olhando séria.
— Por Deus, como a garota que conheci se tornou isso?
— Eu não me tornei, eu sempre fui assim, padre, o senhor despertou desejos em mim que jamais senti por ninguém. — toco em seu ombro.
— Eu sou um homem proibido, será que você não percebe isso?
— Dizem que a paixão nos deixa cegos.
— Que paixão é essa que uma hora está me dizendo essas coisas e em outra está se agarrando com outros homens?
— O que ? — faça-me de sonsa.
Eu sei bem do que ele estava falando, e também sabia que ele tinha me visto com Marcos, afinal tudo foi um plano para que ele visse toda aquela cena, pra ver se consigo algum sinal de que ele também sente algo por mim, mesmo que seja mínimo.
— Eu vi você aos beijos com outro homem na frente da minha casa horas depois de tentar me seduzir.
— Isso é ciúmes, padre Christian? — sorrio de lado, parece que meu plano deu certo.
— Ciúmes de uma pecadora como você? Ciúmes de uma menina que não está se dando ao respeito? De uma menina que finge ser o que não é? Nunca. — ele me olha rápido.
— Então por que está tão exaltado?
Ele não me responde nada, apenas para o carro em frente a minha casa.
— Está entregue.
Agradeço e saio do seu carro com um sorriso vitorioso em meu rosto. Ele havia ficado com ciúmes, e isso só me deu a última resposta que eu precisava, eu não me importava mais se iria arder no inferno, eu só precisava dele.
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Desejo Profano
Romansa🔞 ROMANCE ERÓTICO (conto) Sara é uma jovem de 19 anos, filha de pais conservadores e extremamente religiosos, em sua pequena cidade, Sara é conhecida por seus trabalhados comunitários e o seu extremo amor ao próximo. O que todos não sabem é que p...