POR FAVOR, LEIA-ME

Escrava

Sou escrava desse amor.
Que uma hora me quer.
E na outra me quer bem longe.

Sou escrava desse amor.
Que nada me diz.
Que nada me pede.

Sou escrava desse amor.
Que não me vê.
Que não me enxerga.

Sou escrava desse amor.
Que me ignora.
Que me exclui.

Sou escrava desse amor.
Que me persegue.
Que me traz de volta sempre que fujo.

Sou escrava desse maldito amor.
Que diz sentir algo.
Mas que nada sente.

Sou escrava desse maldito amor.
Que me elogia.
Mas é apenas modéstia.

Sou escrava desse maldito amor.

Desse maldito.

Maldito.

Que me carrega de um lado pro outro mesmo sem saber.

Que me tem no peito mesmo que não queira perceber.

Que tem a chave, o cadeado, a porta, a maçaneta da droga do meu coração!

Que mesmo que eu grite e dê mil e um sinais continua míope.

Que talvez saiba ou talvez só esteja fingindo que não.

Sou escrava desse amor.

Que me cura.
E que me machuca.

Que me reconstroi.
E que me destroi.

Sou escrava...

Me liberte. Ou me ame.

Decida.