Eu tô carente do Sol resplandecente,Da Lua no céu reluzente.
Eu tô carente daquele humor.
Das risadas. Do calor.
Eu tô carente das brincadeiras,
Da correria. Da zuadeira.
Eu tô carente do aroma das flores,
Sem preocupações, sem rancores.Eu tô carente daquele tempo.
Em que sentia a chuva, e o cabelo balançar pelo vento.
Eu tô carente do carinho,
Dos elogios. Do café quentinho.
Eu tô cante daquela idade.
De quando o meu mundinho era de verdade.
Tô tão carente da criança,
Que um dia fui, nesta longa (e ao mesmo tempo, curta) dança.
Que já nem o tempo mais alcança.
Já passou e não volta mais.
Mesmo que eu queira.
Mesmo que deseje.
Só posso me contentar com os resquícios que moram em mim.
As lembranças da pequena que fui.
E que ainda vive em mim.
Mesmo que lá no fundo.
No fundo de minha alma.
Impregnada nela.
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PoesíaUma coletânea de emoções, angústias, medos e prazeres. Em outras palavras... sentimentos em forma de texto.