Cap 2: Recebendo Alta

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POV SOLUÇO

- Então eu estou internado aqui há 2 semanas, e você todo dia vinha aqui me visitar e ficava horas aqui? – pergunta Soluço um pouco surpreso 1 hora depois de acordar e de passar por alguns exames.

- Sim, eu me chamo Astrid Hofferson, e logo de inicio eu quero pedir desculpas pela minha falta de atenção, eu deveria ter tomado cuidado, por minha causa você está aqui, me desculpa mesmo. – Diz Astrid tentando conter as lagrimas.

- Tá tudo bem, só o fato de você ter ficado aqui comigo todo esse tempo já alivia a sua barra comigo, e além do mais, eu também tenho culpa, eu estava muito rápido, se eu estivesse mais devagar eu conseguiria frear a tempo, não se culpe tanto, eu também tenho culpa pelo acidente.

- Você não está irritado comigo? –Pergunta Astrid permitindo que as lagrimas saiam.

- Mas é claro que não, e, por favor, não chore. - Fala Soluço limpando as lagrimas de Astrid - sua beleza não merece tal tratamento.

Eu estava na cama enquanto Astrid estava sentada em uma cadeira ao meu lado não muito distante de mim. Eu não sei por que falei aquilo, mas aqueles rubis não mereciam lagrimas.

- Me responde uma coisa, meus pais, conseguiram contata-los? – pergunto já imaginando a resposta.

- Disseram que eles nem chegaram a atender ao telefone, embora na sua ficha medica tenha o numero de ambos, ligaram varias vezes e mesmo assim, nenhuma vez atenderam.

- Eu já imaginava, acho que isso não vai mudar. – digo um pouco cabisbaixo.

- Eles são ausentes assim mesmo? Pergunta Astrid percebendo a desanimação do rapaz.

- Você não faz ideia, eles são do tipo que vem a 4 aniversários, e quando faltam algum, nunca mandam nenhum parabéns por e-mail, mensagem ou por carta.

- Nossa, eu sinto muito.

- Não sinta, você não igual a eles, a gente nem se conheço você direito, mas ainda sim você vinha aqui todo dia me ver, e eu agradeço muito por isso.

- Não precisa agradecer, até porque você está aqui por minha causa.

POV NARRADOR

Soluço depois que acordou ficou 2 dias no hospital e logo recebeu alta, mas ele tinha que toma cuidado, pois seu ferimento não estava completamente curado, ele precisava trocar as ataduras todas as manhãs e todas as noites, por uma semana, e depois ele retornaria até o hospital. Quando ele estava saindo do hospital junto da Astrid que estava o ajudando alguém vai falar com os 2.

- Pai? O que você faz aqui? – Astrid pergunta ao ver o policial encostado no carro em frente à entrada do hospital.

- Não é obvio, vim conhecer o motorista que quase matou a minha filha. Ele fala olhando para o Soluço

- Senhor, foi um acidente, eu... – Soluço é interrompido

- Acidente? Um acidente teria acontecido entre eu e você se minha filha estivesse lá dentro ou em outro lugar.

- Pai, não aconteceu nada, eu...

- Não aconteceu nada, jura Astrid, se não tivesse acontecido nada ele não estaria aqui. Olha aqui garoto – o policial fala se aproximando do Soluço - Obrigado por não atropelar ela – ele fala isso enquanto armava um sorriso em seu rosto.

- O senhor não está irritado – Pergunta Soluço não entendendo a situação

- Irritado, por que eu estaria? Ela errou e ainda colocou você numa cama e ainda sim você não ficou irritado e não a culpou por nada, e pelo que vi de você quando fui investigar seu histórico escolar, fiquei até surpreso.

- Então você não está irritado com ele? Eu achei que você fosse querer dar uma lição de moral nele e já estava até com medo do que poderia acontecer. – diz Astrid aliviada.

- Negativo, ele é um bom garoto, por isso eu estou aqui, soube que receberia alta hoje e então vim dar uma carona para sua casa – o policial se vira abrindo a porta do carro para eles entrarem.

Após todos entrarem o policial pergunta.

- Onde você mora garoto?

- Moro na Rua da Divindade numero 219.

- Você mora naquele bairro?

- O que tem de especial nesse bairro? – pergunta Astrid

- Você logo vai saber querida.

POV ASTRID

Juro que por essa eu não esperava, eu já imaginava que ele fosse de uma família que tivesse dinheiro, mas isso é uma coisa que eu não estava esperando. Quando nós entramos na sua rua eu fiquei pasma, era cada casa que chegava a dar agua na boca de tão bonito, eram casas enormes e quase todas tinham um carro de luxo na frente, mas uma casa em especial me deixou maluca, era a maior casa da rua, a frente da casa era gigante e eu nem consigo imaginar o tamanho na parte de dentro dela, mas meu coração quase pulou quando eu vi o numero dessa casa, 219, ele morava na maior casa da rua, quando meu pai parou o carro eu e ele nos entreolhamos de boca aberta, eu sai do carro ajudei o Spencer a sai do carro, ele caminhou um pouco na direção da porta quando do nada ele se virou e perguntou.

- Querem entrar, beber algo? Gostaria de agradecer pela ajuda.

- Eu... Eu tenho que ir trabalhar mas a Astrid adoraria entrar, até por que ela e quem merece seu agradecimento.

Meu pai diz e eu olho ele com um olhar de vergonha e de indignação ao mesmo tempo, eu vou até ele e falo.

- Você vai mesmo me deixar entrar nessa casa pra conversar com um garoto que por minha causa ficou internado por 2 semanas.

- Astrid, ele é um garoto descente, eu vi o histórico escolar dele e entrei em contado com as antigas escolas dele, e elas falaram a mesma coisa, ele é um aluno exemplar, só tira nota boa, quase nunca falta, e bom em todos os esportes, mas em compensação todas as escolas falaram que ele sozinho, não costuma fazer amigos, e mais na dele e outras escolas comentaram algumas tentativas de suicídio. – quando meu pai falou isso meu coração gelou – ele é um bom garoto, mas pelo que eu ouvi das escolas, ele não tem os pais presente em sua vida e por isso ele é depressivo desde jovem. Acho que é uma boa você ficar com ele um pouco, até por que, olha o tamanho dessa casa e pensa que ele está sozinho ai dentro.

Quando meu pai terminou de falar eu estava chorando, sem nem perceber, eu abracei meu pai, enxuguei as lagrimas e fui ate o Spencer e falei.

- Eu adoraria.

HICCSTRID Um Amor ComplicadoOnde histórias criam vida. Descubra agora