04 - Estúdio

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Oi oi gente!!
Acho que é a primeira vez que abro uma parte das notas da autora aqui, mas só pra dizer que mano, MUITA GRATIDÃO A VCS QUE COMENTAM E VOTAM!!! 🙏✨️❤️‍🩹❤️‍🩹😭💌💌 Juro, amo ler os comentários, me inspira demaisss, já temos pouquinho mais de 100 leituras aqui e eu estou muito feliz com isso !! ^^

Enfim, obrigadão de novo!! E aproveitem o capítulo :))

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Neveah

Já vai fazer uma semana que eu estou no hotel, não posso dizer que me acostumei, mas aos poucos começo a ver as coisas que julgamos estranhas na terra como mais... "normais" por aqui. Nesse meio tempo, continuamos fazendo algumas dinâmicas que a Charlie passava, como sempre, todos pareciam pouco interessados, ao contrário dela, que sempre oferecia esses momentos com muita energia e vida. Eu até que gosto.

Interagi pouco com essas dinâmicas por envolverem muitas perguntas pessoais e eu não me lembrar de quase nada sobre mim, mas fora isso, tem me ajudado a me sentir mais à vontade por estar no mesmo ambiente que eles.

Como não tenho muita coisa para fazer por aqui, acabo ajudando Niffty com o que diz respeito a alimentação ou limpeza de um modo geral, nos poucos momentos em que não estou fazendo isso ou conversando com um deles, rabisco algumas coisas em um caderno. Busco fazer isso da forma mais natural possível com que me vem na mente ou o que sinto genuína vontade de expressar, mas sempre que termino um desenho, vejo que meus pensamentos e ideias parecem bem fora da curva, não muito saudáveis para dizer o mínimo. Ainda não os mostrei para ninguém, não faço a menor ideia do que significam, às vezes olho para eles e reconheço o que parecem seres, outra hora criaturas, figuras humanas ou lugares, mas tudo se mistura tão fácil que é difícil ler de forma abstrata.

Comecei a ler as Inverdades de Neveah, mas parei no segundo capítulo por um pouco de tédio, a escrita não é muito simples, a escolha de palavras é péssima na minha opinião, não me admira que fosse Alastor lendo ele. No ponto de vista do narrador, fala de uma garota que enxergava tudo e todas as coisas sobre o mundo de forma lúdica e fantasiosa, quase que literalmente. Ela mora no campo, mas vire e mexa seus pais a perdem de vista porque ela vai longe demais para áreas onde não deveria devido aos seus devaneios fantasiosos, mas é mostrado como se fossem perfeitamente verídicos e condizentes com a realidade, pois está tudo dentro da cabeça dela.

Eu como humilde leitora quero chamá-la de esquizofrênica, mas ela até o momento tem apenas oito anos, é uma criança brincando com a imaginação e indo um pouco longe demais, o que há de surpresa nisso? A essa altura, já deveria saber porque o Alastor me compara à ela.

— Acho que terminamos esse cômodo. — diz Niffty guardando o aspirador. — Está livre por hoje — ela coloca as mãos na cintura.

— Mas... por que não guardamos os produtos então?

— Ah, eu gosto de dar umas últimas averiguadas, sabe? — ela joga a mão pra mim fazendo pouco caso, mas a sua atenção é totalmente desviada assim que ela olha para o lado e reconhece dois mínimos centímetros de poeira, indo até eles e os limpando incessantemente.

Essa é a segunda vez em que ela faz isso, me instrui dizendo que tecnicamente o trabalho acabou, mas continua obcecada em manter tudo perfeitamente limpo e impecável, sem margem para erros. Nem chega a ser algo que ela me cobra, pelo contrário, acho que ela gosta que eu a ajude nesses serviços porque sabe que sempre vão sobrar margens de sujeira - mesmo que mínimas - para que fique vidrada neles pelo resto do dia.

My Hell Or Heaven? | Alastor & OCOnde histórias criam vida. Descubra agora