capítulo 9

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Em quinze dias

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Em quinze dias...montei a moto dos meus sonhos, saí pela cidade com ela, e perdi minha única família. Agora estava voltando pra universidade e os olhares estavam todos sobre mim.

Respirei fundo, quando senti a mão de Aiko sobre a minha, ela estava me dando força e coragem nesse momento.

— Ainda vamos ver as flores? — ela perguntou

— Acho que sim — murmurei, enquanto íamos para dentro da universidade.

Assim que chegamos na sala de aula, sentamos em nossos devidos lugares e eu deixei o tempo passar, Aiko fazia carinho no meu cabelo ao decorrer da aula, e até os professores estavam levando a aula com leveza,  perguntando se eu estava bem se precisava de alguma coisa.

Era estranho,  eu adorava o curso, mas não tinha animação alguma.

[...]

— Vamos ver as flores hoje à noite — Aiko sorriu — vamos apenas nos duas, bebida, comida e quem sabe.

— Quem sabe o que? — murmurei a olhando.

— Quem sabe, um romance de primavera igual aos dramas — Ela sorriu e eu revirei os olhos.

Estava me cansando dos olhares, as pessoas olhavam e murmuravam "coitadinha"....."Ela não tem ninguém"

— Não escute eles — Aiko sussurrou — Você tem eu! — ela me olhou e eu lhe dei um meio sorriso.

— eu levo a bebida — sorrio.

— ótimo, vamos ver as flores de sakuraaaa.....

Cheguei em casa pouco tempo depois, o silêncio...nunca odiei tanto o silêncio como naquele momento, sai da casa indo em direção a garagem, e olhei para a moto.

Vontade de sumir no mundo.

Liguei a moto, e em seguida subi nela, saindo de casa no mesmo instante apenas sentindo o vento em meu cabelo, dessa vez apenas andando sem rumo, não sabia para aonde ir, apenas sei que estava indo.

As ruas estavam cobertas de petalas de sakuras, e o cheiro das flores estavam por toda parte. E quando me dei conta, estava de frente pro mar,  olhando o sol sobre as ondas que se moviam em seu próprios ritmo.

O som das gaivotas o cheiro da água e da areia.

Apenas fiquei encostada na minha moto, olhando aquela vista.

É uma bela moto! — meu corpo arrepiou quando virei meu rosto para o homem que falou — totalmente personalizada do zero.

Ele tinha um sorriso gentil, mas seus olhos carregavam algo sombrio, a tatuagem de dragão em seu pescoço e os cabelos negros, sua pele tão clara quanto alabastro.

— Eu montei ela — murmurei vendo ele aumentar o sorriso.

— Você fez um grande trabalho — ele se aproximou olhando a moto.

Ele carregava consigo um pacote de Taiyakis, e se encostou na proteção do acostamento que dava a vista pro mar.

— Quer um? — ele me olhou ao estender o Taiyaki.

— Eu...na-

Minha barriga roncou e eu fiquei envergonhada, aceitando em seguida. Quando o olhei seu olhar estava gentil, não parecia sombrio.

— pode comer — ele sussurrou — parece faminta.

Mordi o Taiyaki, sentindo a brisa do vento sobre a gente, era um estranho. Apenas um estranho.

— Por que está chorando? — ouvi ele murmurar assim que sua mão tocou meu rosto.

— Eu...não sei — O encarei olhando em seus olhos.

— deve ter sido difícil — ele confessou e então acariciou meu cabelo — tudo bem chorar....

— como se chama? — murmurei tentando conter as lágrimas.

— Manjiro...— ele sorriu — mas me chame de Mikey.

— Shiori....só...Shiori — dei de ombros com um sorriso.

— Shiori! — ele repetiu — aquela que veio pra guiar

Ficamos em silêncio, parecia que não tínhamos palavras suficientes para dizer qualquer coisa.

violeta como Glicinias - Izana Kurokawa Onde histórias criam vida. Descubra agora