Em quinze dias...montei a moto dos meus sonhos, saí pela cidade com ela, e perdi minha única família. Agora estava voltando pra universidade e os olhares estavam todos sobre mim.
Respirei fundo, quando senti a mão de Aiko sobre a minha, ela estava me dando força e coragem nesse momento.
— Ainda vamos ver as flores? — ela perguntou
— Acho que sim — murmurei, enquanto íamos para dentro da universidade.
Assim que chegamos na sala de aula, sentamos em nossos devidos lugares e eu deixei o tempo passar, Aiko fazia carinho no meu cabelo ao decorrer da aula, e até os professores estavam levando a aula com leveza, perguntando se eu estava bem se precisava de alguma coisa.
Era estranho, eu adorava o curso, mas não tinha animação alguma.
[...]
— Vamos ver as flores hoje à noite — Aiko sorriu — vamos apenas nos duas, bebida, comida e quem sabe.
— Quem sabe o que? — murmurei a olhando.
— Quem sabe, um romance de primavera igual aos dramas — Ela sorriu e eu revirei os olhos.
Estava me cansando dos olhares, as pessoas olhavam e murmuravam "coitadinha"....."Ela não tem ninguém"
— Não escute eles — Aiko sussurrou — Você tem eu! — ela me olhou e eu lhe dei um meio sorriso.
— eu levo a bebida — sorrio.
— ótimo, vamos ver as flores de sakuraaaa.....
Cheguei em casa pouco tempo depois, o silêncio...nunca odiei tanto o silêncio como naquele momento, sai da casa indo em direção a garagem, e olhei para a moto.
Vontade de sumir no mundo.
Liguei a moto, e em seguida subi nela, saindo de casa no mesmo instante apenas sentindo o vento em meu cabelo, dessa vez apenas andando sem rumo, não sabia para aonde ir, apenas sei que estava indo.
As ruas estavam cobertas de petalas de sakuras, e o cheiro das flores estavam por toda parte. E quando me dei conta, estava de frente pro mar, olhando o sol sobre as ondas que se moviam em seu próprios ritmo.
O som das gaivotas o cheiro da água e da areia.
Apenas fiquei encostada na minha moto, olhando aquela vista.
— É uma bela moto! — meu corpo arrepiou quando virei meu rosto para o homem que falou — totalmente personalizada do zero.
Ele tinha um sorriso gentil, mas seus olhos carregavam algo sombrio, a tatuagem de dragão em seu pescoço e os cabelos negros, sua pele tão clara quanto alabastro.
— Eu montei ela — murmurei vendo ele aumentar o sorriso.
— Você fez um grande trabalho — ele se aproximou olhando a moto.
Ele carregava consigo um pacote de Taiyakis, e se encostou na proteção do acostamento que dava a vista pro mar.
— Quer um? — ele me olhou ao estender o Taiyaki.
— Eu...na-
Minha barriga roncou e eu fiquei envergonhada, aceitando em seguida. Quando o olhei seu olhar estava gentil, não parecia sombrio.
— pode comer — ele sussurrou — parece faminta.
Mordi o Taiyaki, sentindo a brisa do vento sobre a gente, era um estranho. Apenas um estranho.
— Por que está chorando? — ouvi ele murmurar assim que sua mão tocou meu rosto.
— Eu...não sei — O encarei olhando em seus olhos.
— deve ter sido difícil — ele confessou e então acariciou meu cabelo — tudo bem chorar....
— como se chama? — murmurei tentando conter as lágrimas.
— Manjiro...— ele sorriu — mas me chame de Mikey.
— Shiori....só...Shiori — dei de ombros com um sorriso.
— Shiori! — ele repetiu — aquela que veio pra guiar
Ficamos em silêncio, parecia que não tínhamos palavras suficientes para dizer qualquer coisa.
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violeta como Glicinias - Izana Kurokawa
Fanfiction"Eu faria qualquer coisa por você, minha amada, mesmo que isso signifique quebrar todas as regras, desafiar o destino e transformar-me no pior dos vilões, apenas para ter você ao meu lado."