Olivia
presente...
Uma semana desde que cheguei já havia se passado, literalmente tudo na clareira havia mudado, Alby já havia voltado a liderança e dois dias atrás Thomas esteve preso no amansadouro, só pude o visitar uma vez antes voltar aos meus afazeres que voltaram a se resumir em arrumar as bagunça alheia sem tocar em nenhum paciente... Também tentei falar com Teresa, mas não obtive resposta.
Tenho me sentido muito sonolenta nos últimos dias, pelo visto telepátia cansa, inclusive aquelas que não dão em nada.
Mas na realidade só faz algumas horas desde que Teresa resolveu ficar muda. Não que ela falasse muito, - pelo menos não comigo - na verdade ultimamente é como se ela fugisse da minha mente sempre que a procuro, ontem por um minuto eu realmente esqueci que ela existia, mas passei a lembrar quando um Thomas muito afetado chegou até mim e disse que ela lhe havia falado "Eu desencadeei o término".
Aquelas quatro palavras me desencadearam uma série de calafrios sem explicação aparente, mas tudo só piorou quando o sol não voltou a retornar hoje pela manhã.
Encarar o "céu" atual era desesperador para todos os clareanos que gritaram assim que o viram pela primeira vez, pois em vez de encontrar a luz do sol normal, existia apenas ma luminosidade fraca e ao olhar para o céu apenas uma laje opaca cinzenta se apresentava.
O sol havia sido roubado?
Antes de correr para o labirinto atrás de respostas, Thomas compartilhou seu pensamento igualitário ao meu com os demais: os clareanos nunca tiveram o sol, ele era fabricado. Artificialmente. E aparentemente algo deu defeito.
Já estamos na metade do dia, especificadamente no horário de almoço. Como sei? Cliff compartilhou conosco alguns relógios. Mas para minha decepção Cliff não permitiu que eu visse qualquer paciente hoje de novo, fui tola ao pensar que ele não saberia o que Alby havia dito sobre mim, Teresa e Thomas, mas o garoto desde então anda me mantendo o mais longe possível dos outros pacientes.
Revolta como minha comida em silêncio, sentido os mesmos olhares de sempre sobre mim.
Mesmo a luz fraca ainda sei que na ponta do grande banco à minha frente Gally e seus amigos estão ali, me encarando-me como teem feito a tanto tempo, como teem feito após minha chegada.
Como em silêncio até ver um garotinho rechonchudo se sentar na minha frente com seu sorriso largo e isso me arranca um sorriso sincero.
- Olá, Olivia - Chuck cumprimenta ainda sorrindo
- Olá Chuck, como você está?
- Estou faminto - ele sorri encarando seu prato
O deixo comer em silêncio, seu grande prato de aspargo, salada, arroz e carne de porco. O silêncio é confortável e hora outra ele sorrir para mim.
Ao levar um aspargo a boca meus olhos me traem e vão em direção a Gally. Ele me encara, sério. Apertando uma faca entre as mãos reviro os olhos e noto quando Chuck nota para onde eu estava olhando.
- Não liga não, o Gally é assim.
‐ É normal ele ser um babaca?
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Mazer Runner - See you again
General FictionE se Teresa não tivesse sido a única menina a ser enviada para a Clareira? A chegada de duas garotas na Clareira fora um alvoroço e uma mudança repentina na vida dos 45 meninos que viviam lá. Newt não tinha uma opinião sobre a garota semi-morta que...