Será Que...

541 46 16
                                    

Newt
Presente...

Hoje faz dois dias desde que Liv havia desmaiado em meus braços, estive ao lado de sua cama desde o momento em que finalizo meus trabalhos ao entardecer e antes de iniciá-los pela manhã, espero chegar aqui e ouvir sua voz mais ela continuava desacordada.

Ainda não consigo entender oque aconteceu, num momento ela estava ruborizada e brava comigo por tê-la dado um apelido e no momento seguinte estava pálida e gelada em meus braços.

Os socorristas haviam nos comunicado que ela estava desidratada, não só por ter corrido como se sua vida dependesse daquilo, mas pelo visto os malditos que nos enfiaram aqui a deixaram passar fome e sede, por tempo demais.

- Eu juro que vou matar aqueles malditos que nos colocaram aqui, eu juro pra você - sussurro segurando sua mão

- Você precisa descansar, Newt - a voz de Alby veio da porta, atrás de mim, agora aberta

- Estou bem

- Eu sei que agora está, mas precisa descansar, ela estará ainda aqui amanhã.

- Eu sei, eu só... Foi estranho Alby, ela falou o nome do Thomas e depois... - forcei ela a tentar contar oque aconteceu - Eu não sei oque diabos aconteceu de verdade - coloquei as mãos na cabeça

- Venha, você precisa de uma noite de sono sem estar sentado em uma cadeira dura

- Eu sei - admiti, permanecendo ainda sentado mas agora virando-me para encará-lo.

- Ouvi alguns comentários, Newt... - Alby fala hesitando enquanto toca o seu pescoço vergonhosamente - Você a conhece?

- Se eu a conheci na outra vida é isso que quer saber? Você sabe tão bem quanto eu, que não me lembro

- Bem, alguns estão supondo que a conhece pelo o modo que ficou alterado trazendo-a para cá desacordada e também...

- Porque estou dormindo aqui - completei

- É... Newt, eu sei que só está preocupado pela fedelha ter desmaiado com você cuidando dela, mais precisa deixar os socorristas cuidarem dela, eu e você sabemos que seremos os primeiros à saber qualquer novidade da situação dela.

- Eu sei...

- Vamos

Ele faz um movimento me chamando com a mão direita.

- Eu volto de manhã - susurro para a garota

Levanto-me a contra gosto e saio do quarto, dando-lhe uma última olhada. Ao descer a escada damos de cara com Fagner aproveito para resmungar:

- Ela ainda está muito gelada, dê um jeito nisso.

- Pode deixar.

🔒🔒

Não sei em que momento acabei apagando, mas sabia que eu não estava de fato de volta ao labirinto.

Sigo andando no automático pelos corredores hora virando para esquerda, hora para a direita. Estava afastado o bastante da clareira quando começo a escalar as Heras nas paredes, sinto minha respiração pesada pelo esforço mas sigo escalando.

Já no topo sento-me observando o sol clarear todo o labirinto, observá-lo daqui é assustador pois o mesmo não parece ter fim nem solução, sinto o coração afundar no peito com a verdade que me atingiu naquele dia.

Faz dois anos que estamos procurando uma saída, ela nunca apareceu, já mapiamos basicamente todas as áreas e nada.

A verdade mais cruel é saber que todos nós - os corredores - estamos apenas dando esperanças para aqueles que ficam na Clareira de que um dia sairemos.

Mas...

Não há saída.

Nunca houve.

Levanto-me e já sei oque vai acontecer, mesmo que eu tente me impedir inutilmente continuo andando até a borda, exatamente como naquele dia o chão parece de certo modo atrativo um fim rápido se caisse do jeito certo; mas destruidor se não.

Eu só preciso me inclinar mais um pouco para reviver a sensação da queda livre indo devagar e rápido ao mesmo tempo de encontro ao...

- NEWT ACORDA - Alguém me balança e acordo num pulo

Assustando olho para os lados, todos dormem.
Desvio meu olhar para o relógio digital em meu pulso o qual marca quatro da manhã, acordado comigo estava Tommy bem na minha frente com uma cara de preocupação era obvio que ele havia me acordado.

- O que você quer Tommy - perguntei minha voz tão cansado quando deveria

- Você estava murmurando vários nãos, se mexendo e suando frio, teve um pesadelo?

- Gostaria que fosse isso - digo sem pensar passando a mão no cabelo - não precisa se preocupar Tommy estou bem, vá dormi.

- Tem certeza que está bem? Pode conversar comigo Newt

- Fedelho você está aqui há dois dias acha que confio tanto assim em você?

- Eu não pedi para contarmos segredos obscuros, que desconhecemos, um ao outro só dei uma sugestão pra melhorar sua cara.

- Vai dormi Tommy, eu estou bem.

- Como quiser, boa noite Newt.

- Boa

Tommy se virasse deitando para voltar a dormi.

Levanto-me e começo a caminhar sem destino pela Clareira, o frio gélido - e estranho - da noite tocando minha pele quente, o silêncio é reconfortante nessa hora da madrugada.

Acabo parando exatamente na porta do local onde ficam os socorristas, sem exitar adentro o local vendo tudo vazio, subo as escadas até encontrar a terceira porta a direita.

Entro no quarto e noto a garota ruiva ainda adormecida, agora com dois lençóis cobrindo-a. Puxo a cadeira de madeira ao lado da porta até estar perto da cama, sento-me nela e observo a garota.

- Eu sei que disse que voltaria de manhã - sussurro como se ela me ouvisse - mas não consegui, eu não sei o motivo.

Toco meu pescoço a quem eu quero enganar eu sei um pouco do porquê estou aqui.

- Liv... Será que eu te conheci na minha outra vida?

_________________________________________
E esse foi o terceiro capítulo, e aí gostaram?

Eu sei que foi um capítulo pequeno ainda estou aprendendo a escrever pov's masculinos.

Curtam e se puderem compartilhem, isso me ajuda muitooo

Até o próximo capítulo Stars❤️

Mazer Runner - See you againOnde histórias criam vida. Descubra agora