Gabriel estava terminando de amarrar a mulher na cadeira. As luzes começam a piscar e Levnak olha atentamente para a mulher que de repetete ficou calada. Ela estava estranha. A dose era a Snake 74. Foram adicionadas tais ervas que ele mesmo acreditou que melhoraria a função da dose. Foi adicionada na injeção 50 ml dela, borbulhando, a cor dela cintilante em tom avermelhado, fez com que os olhos da garota saltitarem. Possivelmente um veneno de cobra adicionado.
- Octávia Perez... — sussurrou Levnak, olhando fixamente aos olhos da garota — 19 anos e tão... acabada. — sua expressão era de desgosto. Octávia Perez era uma drogada antes mesmo de estar ali, uma viciada que decidiu acabar com a sua vida nas drogas após perder sua avó em um acidente de carro enquanto levava ela para um hospital quando Octávia estava convulsionando aos seus 15 anos de idade... A vida de Octávia Perez era uma vida miserável e triste. A mãe e o padrasto de Octávia moravam todos juntos em Orlanda. O pai de Perez nunca exigiu ou fez questão pelo nascimento de sua filha. Abandonou após descobrir sua existência. A mãe da menina, fez de tudo para perder a criança, mas ela foi um milagre. Lisa, mãe de Perez, arrumou um cara na qual era bem pior do que ela mesmo imaginou. Estuprava Octavia desde seus 8 anos de idade até os 15, e a mãe de Perez nunca a escutava pelos pedidos de ajuda. — Irei acabar com esse seu sofrimento, Perez. — Levnak pesquisou mais sobre o passado da garota, principalmente sendo eespero o suficiente para pegar pacientes na qual não deseja estar mais vivo há muito tempo. O padrasto de Perez a drogava, o quê fazia a menina chegar em certa idade e realmente tomar gosto por essa vida. Assim que Perez decidiu fugir de casa, foi vítima de tentativa de homicídio. O padrasto havia virado num bicho completamente irreconhecível... um monstro... um demônio. Octávia correu sem parar, desesperada e chorando pavorosamente até a casa de sua vó, mãe de Lisa. Ela contou o ocorrido e em seguida estava tendo colapsos. A menina estava roxa, mal conseguia respirar. Ela estava morrendo de dentro pra fora.
- Por favor... Eu não aguento mais. Eu estou morta por dentro há anos. — disse a menina, sem sentimentos em sua voz. Ela queria acabar com isso desde o começo, mas nunca conseguiu.
- Eu poderia deixar você sofrendo com tudo isso, mas não vejo vida em você. — Levnak se aproxima de seu pescoço prestes a aplicar a dose. — Talvez essa dose te salve, mas não é o quê você quer, não é? — a menina mexeu a cabeça positivamente, sem ao menos se virar para encarar o homem que está prestes a aplicar algo irreconhecível em seu corpo.
- As vezes... Vejo você levando os pacientes e penso; você está salvando vidas. Se forem iguais a mim, você está, não é? — ainda sem vida em sua voz, a menina quase não se mexe. Ela esperava a morte há muito tempo. Levnak gostava disso e amava o quão isso cheirava tão bem. O medo de sobreviver era a única coisa que fazia Gabriel sorrir de verdade. Embora ele estivesse sentindo isso pela segunda vez em sua vida.
- Garanto que se essa dose der certo, você se sentirá como nunca! — rapidamente foi aplicado a dose na garota. E por incrível que pareça, por mais ardente que seja, por mais dolorosa que fosse, ela não se mexia. Isso começou a ficar curioso para Levnak, mas ao mesmo tempo o deixava com raiva. Ele queria ver a reação que a dose trazia.
- Funcionou?... — perguntou a garota, fraca e na mesma posição que fora colocada desde o momento que foi jogada na cadeira.
- Espero eu. — Levnak se aproximou da garota e desamarrou seus pés e mãos, ajudando a garota a ficar em pé e logo deixando ela sem apoios. — Consegue andar?
- Não sinto nada... Nem mesmo o meu vício nas drogas falarem mais alto. — a garota por fim olhou para o homem a sua frente. Seus olhos castanhos cor de mel encontraram os olhos negros daquele homem frio e psicopata.
- A dose da cura interna... funciona. a Dose funcionou! — comemora Levnak.
- O quê? Você não iria acabar com a minha vida? Por que está fazendo isso comigo? Por que não me deixa morrer? Por que não me mata logo? — a garota finalmente sentiu algo naquele momento, e parecia algo mais como decepção consigo mesma.
- Octávia você não entenderia... Minha missão é fazer pessoas implorarem pela vida, não pela morte. Você sofrerá. Mas não nas mãos da morte, e sim a da vida.
- Eu não vou suportar viver com a minha vida passando em flashbacks na minha mente o tempo todo. Me ajuda, Gabriel. — a menina implorou. Mas o que intrigou aquele momento foi Perez saber o nome do homem.
- Como sabe meu nome? — sua mandíbula trava. Seu medo de sua identidade ser vazada era uma porta para acabar com seus sonhos e planos do futuro.
- Sua esposa vive te chamando assim... — disse a garota, desviando o olhar.
- Ela nunca me chamou de nada a não ser por um apelido que ela mesmo me deu... — Levnak fica pensativo, tentando puxar na sua memória quando foi que Akhenaten deixou vazar seu nome assim na frente ou perto dos pacientes.
- Docinho? — isso fez com que Gabriel deixasse seus olhos arregalados encarando a garota. Talvez ela sabia demais... ou que Akhenaten estivesse falando demais.
- Como?
- Estou dizendo: ela vive te chamando assim. Eu escuto.
Levnak não estava compreendendo algo que não havia explicação. Não havia como eles estarem trancados em uma sala com equipamentos o suficiente para não vir e ouvir sons. Nem sobre os pacientes gritando por ajuda, ou os planos dos cientistas malucos serem ouvidos por eles.
- Você não sabe de nada. — Gabriel tentou negar de que havia escutado aquilo. E tentou falar em voz alta para a garota como uma ordem, ninguém ouviu isso.
- Gabriel... Está querendo enganar quem além de si mesmo? — a menina se aproxima do homem, que vira de costas olhando fixamente para a porta, tentando pensar em como isso tudo começou a ocorrer.
- Ela não deixaria nada escapar... Eu teria visto! — ele ainda não consegue acreditar.
- Talvez, não ela. De madrugada, vejo ela indo a sala dos pacientes e sempre levando um... não consigo ver quem. Mas eles vão até o banheiro da sala e transam alto... sabe. Mas por que ela chamaria pelo seu nome?
A garota foi imediatamente atacada por Levnak, que rapidamente prensou ela na parede, podendo sufocar ela . A garota sorria, vendo que era verdade, Levnak não sonhava nada com algo próximo a isso. Ele a encarou com desgosto, com nojo. Mas jamais deixaria alguém fazer a sua cabeça contra a sua mulher. Jamais deixaria essa ideia ainda rodeando sua mente. Mas como ela sabia o nome de Gabriel?
- Acredite ou não... ja ouvi ela gemendo seu nome e depois dizer: “Gabriel jamais deve saber disso ”. — a garota estava perdendo o fôlego, mas suas forças vindo da dose da cura interna estava fazendo ela falar com tanta clareza.
- O homem que ela... que ela transava, falava alguma coisa? — Levnak estava perdendo as forças ao prensar Octávia na parede.
- Não. Ele nunca falou nada com ela ou algo relacionado a você. Ele só sabia gemer, e parecia gostar mais do que ela.
- Por que ela estaria me aprontando por costas? Por que de tudo isso? O que você quer com isso? Não está mentindo só para eu te matar, né? — indagou Levnak.
- Se eu te provar de que isso é verdade, me deixaria ter o direito de algo que sempre foi meu? — ela se redirecionou a morte, algo que não estava nos planos de Levnak, já que a tortura da vida era algo incrível para ele. Ver ela sofrer seria a única diversão de Gabriel naquele laboratório, já que a maioria das doses nunca davam certo.
- Combinado.
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The Laboratory (Part I)
Teen FictionEm uma cidade na Flórida, em Ocala, havia um laboratório subterrâneo escondido há quilômetros de distância da cidade. Nele havia dois cientistas completamente malucos e obcecados pela ciência. O casal Sr. Gabriel Levnak e a Sra. Greta Akhenaten, são...