Indecisão

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Eles não sabiam o quê fazer com a criança. Não sabiam se veriam esperar até certa idade para poder fazer experimentos com ele ou até mesmo criar como seu filho, já que Greta sonhava em ser mãe, mas Gabriel não queria dar esse gosto à ela.

O Laborarório virou uma loucura! Oito meses já se passaram e Greta finalmente conseguiu o quê queria; engravidar. Ela estava grávida de Louis Hawn. Ela estava com oitos meses de gestação.

Gabriel Levnak ainda ignorava Akhenaten, por mais que ele sentisse amor puro por ela, ela não era merecedora de seus atos de amor. Ele simplesmente decidiu que eles não irão mais ter um caso. Eles terminaram. Mas continuam morando juntos e fazendo as coisas juntos, por mais que Gabriel pensava a qualquer momento fazer Greta perder o bebê. Não era dele, mas ele de vez em quando ajudava Greta a se cuidar e a fazer as coisas necessárias.

Eles não queriam saber o sexo do bebê até o nascimento, queriam que fosse surpresa. A barriga de Greta estava enorme e quase explodindo, tinham medo de nascer antes do tempo previsto. Greta Akhenaten cuidava de Matteo com todo amor do mundo, Gabriel de vez em quando cedia para brincar com o garoto.

Matteo era lindo! Sua pele era bem branquinha assim como era a de Grace Johansson. Seus olhos eram azuis pastéis e seus fios de cabelos eram ruivos avermelhados. Matteo tinha apenas oito meses de idade e demonstrava ser o mais espertinho. Ele já estava dando seus primeiros passos e chamava "mamã e papá", mas por incrível que pareça nunca eram direcionados aos Levnak.

Uma vez, Greta tentou fazer Matteo chamar por "mamã", mas ele parecia ignorá-la. Gabriel fez o mesmo, mas não obteve nada vindo da criança.

"- Temos que arrumar um sobrenome para ele." - uma vez , comentou Greta.

"- Sobrenome da Grace era Johansson. O quê você acha?" - respondeu Gabriel, sem nem olhar para Akhenaten.

"- Matteo Johansson... Fica feio!"

" - Nem ousa colocar nossos sobrenomes nessa criança, Greta!" - se alterou. Gabriel jamais aceitaria isso nem que o pagassem.

" - Então eu irei criar um!" - Greta pegou o bebê no colo e se retirou da sala indo direto para o quarto.

Tempo vai, tempo vem, e Greta finalmente escolheu um sobrenome digno para Matteo, Scott.
O bebê era super calmo e tranquilo, não dava um trabalho sequer para Greta e Gabriel. Em um certo dia, em mês de novembro, Gabriel tentou convencer Greta de que assim que o garoto completasse dez anos de idade, seria usado para experimentos. Greta Akhenaten fez de tudo para que Levnak mudasse de idéia, pois Matteo ainda seria apenas uma criança.

Os dois entraram em um acordo de que se responsabilizar pela criança seria algo difícil, e então concordaram em fazer experimentos com ele assim que o bebê de Greta nascesse. Matteo não tinha muito tempo, mal sabia ele, mas era um bebê esperto e carinhoso, sabia lidar com situações. Greta Akhenaten chorava noites seguidas, com dor no peito por se sentir culpada pelo acordo em que entrou com Gabriel. Mas ela sabia que mais cedo ou mais tarde, Matteo estaria nas mãos de Levnak.

Certa vez, Greta saindo da sala de laboratório e se deparou com Octávia Perez. Ela estava com uma das roupas de Greta, e então Akhenaten matou a charada do porquê Levnak não troca muitas palavras com ela. Ele estava em casos com Octávia.

- Espera! - falou Akhenaten. - Me ajuda...

- Eu te ajudar? E por que eu faria isso? - Perez ficou incrédula.

- Preciso que me ajude... Não eu, mas alguém.

- Levnak? Não se preocupe, ele está em boas mãos. - Perez sorriu sarcástica e virou as costas, mas logo foi puxada pelo braço por Greta. - Ei!

- Preciso que cuide de um bebê, senão Levnak acabará com a vida dele... - Greta estava com os olhos já brilhando de lágrimas.

- Isso não é problema meu! - Perez falou da boca pra fora, mas estava atenta a cada próxima palavra que Akhenaten soltaria.

- Por favor! Senão Levnak acabará com a vida dele... Ele tem apenas oito meses...

Perez arregalou os olhos. Pensou que Levnak não seria capaz disso, mas também não hesitou em pensar que Greta realmente estaria falando a verdade.

- E o quê você quer que eu faça? Não tenho como cuidar de um bebê de oito meses.

- Eu te dou suporte! Tenho uma sala que não usamos e Levnak não descobrirá! O bebê é caminho, não chora, não faz barulhos e é super obediente! Darei comidas, águas e tudo o que for preciso, só preciso que cuide dele por mim antes que Levnak tira a vida da criança inocente.

- Mas Levnak e eu estamos mais próximos ultimamente, o quê eu faria para enrolar?

- Assim que eu ver você e Gabriel saindo, eu mesma vou cuidar do bebê.

- Tudo bem. - essa frase tirou um peso enorme das costas de Greta.

- Sério?

- Sim. - afirmou Octavia.

- Muito obrigada! Valeu mesmo, Octávia!

- Mas não vai ser barato assim. Está achando que vai ser de graça?

- Além da comida e suportes e muitos suprimentos que te darei? - indagou Greta.

- Quero a minha liberdade. Até cuido da criança , levarei ela comigo... Mas eu quero a minha liberdade.

E isso fez pensamentos invadirem a mente de Greta. Ela não poderia libertar Octávia só por pensar em cuidar de Matteo. Mas Akhenaten estava prestes a desistir e entregar logo a vida do garoto para que Octávia ficasse Ali para sempre. Perez fez um sinal com a cabeça, aguardando a resposta, mas tentava sentir a afirmação de Greta pelo ar. Akhenaten poderia ter Gabriel de volta de ele soubesse que Octávia Perez ainda implorava pela liberdade. Ou se não, saísse do laboratório e seguiria direto a uma delegacia e denunciar o laboratório, assim acabando com a vida de todo mundo e destruindo o local dos sonhos do ex casal. Greta ainda forçava pensamentos para um lado positivo, pois também não queria arriscar a vida do garoto. E se esse esforço todo fosse para nada? Ela não poderia confiar numa mulher que simplesmente lhe entregou ao seu ex marido sobre uma traição com um dos pacientes...

The Laboratory (Part I)Onde histórias criam vida. Descubra agora