Sete Anos

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Sete anos se passaram; Mettheo Scott naquela noite do hospital havia sido mandado para um orfanato, e então até agora não havia sido adotado. Ele era a criança mais calma e isolada, na verdade, Scott era quem decidia se queria ser adotado por tal casal. Ele sentia que o orfanato era mais legal, divertido e amigável para ele, já que ele tem alguns amiguinhos que também não eram adotados, mas não porque eles não queriam, e sim porque ninguém queriam eles. Mattheo estava mais por companhia, mas mesmo assim sonhava alto sobre ter uma família.

Já sobre a família Akhenaten e Levnak, aconteceu muitas coisas que podiam acontecer como esperado. Levnak naquele dia tinha visto Greta caída no chão prestes a dar a luz, e então foi dado o nascimento do bebê em questão de minutos. Levnak já não estava mais nem aí para Greta, apenas pegou a criança no colo e caminhou em disparada atrás de Perez.

Greta estava inconsciente no chão, pálida e gelada. Naquele momento até os deuses acharam que aquela mulher estava morta, mas ela também era a outra mulher que não queria morrer facilmente, ela lutava contra a morte para poder sobreviver.

Levnak havia atirado em Perez e depois se retirou da frente da porta de saída, dizendo para ele mesmo que ela não iria tão longe assim e que mais tarde sairia para buscar o corpo da mulher e da criança. Dito e feito, mas sem sucesso.

Levnak ficou com essa angústia durante anos, procurando durante anos sobre o corpo de Octávia que não estava em lugar nenhum. Os médicos até anotaram que possivelmente a mulher teria sofrido de agressões durante anos, mals tratos e até mesmo abusos. A autópsia da garota foi extremamente horrível... ela também estava grávida mas os médicos não conseguiram coletar mais dna´s sobre ela, nem mesmo encontrar a família dela. Deram como caso perdido e enterraram a garota em um cemitério isolado na cidade. Nunca ninguém estava a procura dela ou muito menos receberam as notícias dela.

Greta Akhenaten sobreviveu por milagre, mas Levnak não iria deixar barato. Ele a manteve em uma das suas salas de procedimentos e experimentos malucos, mas em nenhum momento fez á ela algum procedimento que a matasse, afinal, era a sua ex esposa amada que estava ali, principalmente porque ele ainda sabia que sentia algo por ela e que até mesmo ainda a amava, mas só o amor não é o suficiente e ele sabia disso porque ela mesmo provou isso, traindo-o com um dos pacientes.

Ele cuidou dela, deu comida, água, banho e até as vezes a levava de volta para a casa para dormir, já que Akhenaten estava cada vez mais fraca e possivelmente morrendo aos poucos. Levnak também cedia muitas vezes para deixar a mulher ver a criança, era uma menina.

Akhenaten queria nomear de Kylie, mas havia optado também pelo nome Julie, mas já era um tanto comum. Gabriel aceitou que a criança se chamaria Kylie, desde que seu sobrenome fosse Levnak, Kylie Levnak. Desde o dia em que o corpo de Perez sumiu, Levnak passava a ter pesadelos como a mesma vindo correndo em sua direção cheia de sangue e raiva para mata-lo. Ele acordava suado e ia para a cozinha beber um copo d’água, quando se deu conta de que Akhenaten não estava no cômodo, saiu desesperado atrás dela até a encontrar no quarto de Kylie, e era aonde já foi o quarto de Mattheo.

- O quê você está fazendo aqui? – perguntou Gabriel, confuso. Já que jurava que Akhenaten não tinha mais forças nem para comer bem.

- Vim ver como a minha filha está. – ditou, simples.

Gabriel iria corrigir ela dizendo ‘nossa filha’, mas lembrou que infelizmente Kylie era filha de Greta com outro homem.

- Eu sei que você não irá me perdoar tão cedo, mas... – interrompida.

- Eu nunca irei te perdoar, Greta. – falou friamente sério, o que fez Greta se chocar um pouco com tamanha frieza em seu coração.

- Cuide bem da Kylie, eu não estarei por aqui por tanto tempo, mas por mais que ela não seja um fruto seu, crie ela como filha...

As palavras realmente pegaram de jeito o coração frio de Gabriel, mas ainda não eram o bastante caso ela realmente queira o perdão dele.

- Greta por mais idiota e imatura que você seja, eu jamais irei machucar um fruto seu, principalmente por já ter sido um sonho nosso, e você ter realizado isso com outro já que não teve a capacidade de esperar.

- Eu tentei contigo por anos, foi por isso que eu não te esperei... Gabriel você sabia muito bem que esse era meu sonho desde o começo da nossa história, mas você se recusava a fazer  algum tipo de exame na qual descobriríamos se realmente poderíamos ter um bebê.

- Porque eu sou infértil, Greta. Eu não queria te contar isso por medo de você me largar e transar com outro, mas vi que nem precisou eu falar.

- E-eu não sabia, Gabriel... – a mesma ficou sem reação – Eu juro que não sabia e muito menos desconfiava de algo desse tipo.

- Ah deixa de ser mentirosa! Você acha que eu não ouvi a sua conversinha com o seu amante?

- Gabriel, por favor, vamos ajeitar isso... – ela implorava sim pelo seu perdão, Gabriel sentia isso de longe antes mesmo que ela mesmo possa sentir
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- Quer saber, eu estou cansado. Mesmo se você soubesse ou não, não mudaria o fato de você realmente me trair com um dos pacientes mesmo. Até que estava demorando.

- Gabriel por favor, eu não queria que estivéssemos acabados desse jeito. Olhe para você.... Anda tão frio ultimamente.

- Por que será, não é, Greta Akhenaten? – o mesmo deu as costas para a mesma, que logo colocou Kylie no berço de volta e em seguida retirou o facão de cozinha que havia escondido em sua cintura.

- Não vai me perdoar?

- Eu não tenho que responder essa pergunta, né? Já não está claro que não?

Gabriel continuou seu caminho até o quarto, quando por algum obséquio conseguiu sentir a presença de Greta se aproximando rapidamente atras dele, que se virou imediatamente e segurou seu braço que apontava a faca direto para as suas costas.

- Você acha que ainda me engana.

Gabriel rapidamente tomou uma decisão, não tirá-la da sala de experimento tão cedo.

The Laboratory (Part I)Onde histórias criam vida. Descubra agora