Capítulo 46

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Leo entrou no box e ficamos de frente um para o outro apenas admirando ou esperando o primeiro que tomaria a iniciativa. Nesse tempo desde a descoberta da gravidez, volta para cá e atuais situações, Leo e eu não havíamos transando com tanta frequência que gostaríamos, a chama era sempre presente, mas acredito que o receio de quebrar algo que estava caminhando bem e agora para valer com casa e bebê na conta me assustava um pouco. Talvez o fato de não sermos mais os mesmos e como as coisas estavam indo rápido me deixava bem ansiosa de perder tudo aqui.
Ele se aproximou e acariciou meu rosto da forma mais suave que eu já vi e me aconcheguei nele.

- Você não precisa fazer isso...
- Não, tudo bem.

O silenciei e fiquei na ponta dos pés para alcançar seus lábios e acariciar seus cabelos macios. Eu estava entregue isso, a vida que estávamos construindo e não poderia ter medo de encarar tudo isso, meu foco agora deve ser apenas o bebê e meu relacionamento com Leo.
Desci as carícias até seu peitoral e intensifiquei o beijo afim de aproximar nossos corpos agora molhados pela água que cai do chuveiro, eu podia sentir o seu desejo e tensão misturados, o que de certa forma me deixava aliviada de não ser a única com essa mistura de sentimentos intensos e confusos.

- Eu quero a mesma coisa que você. - falei.

Essas palavras foram suficientes para ele me prender no vidro do box e devorar minha boca com seus beijos ardentes e desesperados, seguidos das suas mãos que percorriam meu corpo relembrando dos momentos juntos que tivemos no que pareceu ser uma vida passada de tão distante que estamos deles. O seu perfume amadeirado suavizado pela água que corre por nós instala uma vontade avassaladora de continuar mais e mais essas carícias quentes e de ser preenchida, levada ao puro prazer e desfrutar do gosto do orgasmo crescente.

- Leo... - arfei
- Diga o que você quer. - sussurrou lentamente no meu ouvido.

Precisei segurar em seus ombros para não sucumbir, pois posso jurar que minhas pernas tremeram com cada palavra.

- Eu quero você agora.

Reuni toda força e coragem para formular essa frase e evitar que um gemido saísse no lugar, já que Leo não perdoara e colocou um dos meu mamilos na boca fazendo movimentos circulares com essa língua ágil e indecente.

- Eu já sou todo seu.

Num piscar de olhos, Leo me pressionou ainda mais contra o vidro, ergueu-me uma perna para ficar ao redor de seu quadril e me penetrou com força me fazendo gritar por entregar aquilo que eu estava ansiando. Não sei se por causa dos hormônios ou pelo sentimento de estarmos confortáveis um ao outro novamente, fez com que cada toque aflorasse meu desejo de querer ir mais forte e mais intenso, eu com certeza não estava no meu estado mais normal e estranhamente estava feliz por isso. As mãos de Leo fincadas na minha pele me segurando junto à ele, seus lábios que buscam exageradamente os meus e suas investidas dentro de mim quase me levando ao precipício do prazer.

- Você não sabe o quanto imaginei o que estamos vivendo agora. Ter você para mim, nos meus braços por inteira.

Seus olhos brilhavam de paixão e prazer ao pronunciar tudo isso. Eu estive confusa, mas Leo sempre esteve lá, esteve por mim.

- Eu sou sua agora. - falei entre gemidos entrecortados.

Eu sentia o orgasmo avassalador chegando e ele seguindo um ritmo intenso e gostoso que só me fazia pensar em como eu tenho sorte por tê-lo me proporcionando ver estrelinhas constantemente. Não demorou muito para nos desmancharmo-nos nos braços um do outros e sermos consumidos pela onda de prazer e relaxamento magnífico.
Leo me puxou para mais perto do chuveiro e depositou um beijo suave na minha testa.

- Termine seu banho, vou colocar nosso jantar na mesa.

Assenti e o vi pegar uma toalha e seguir para fora do banheiro. Agora eu tenho a família que sempre sonhei, não é?

Leo e eu já estávamos deitados na nossa cama e abraçados, apenas escutando a respiração um do outro quando resolvo quebrar o silêncio.

- Como você acha que vai ser quando o bebê chegar?
- Corrido, muito choro e um cheirinho ótimo de bebê pela casa.
- Eu tenho medo de não dar conta.
- Nós vamos dar conta, não precisa se preocupar.

Eu viro para ficar de frente para ele e poder olhar em seus olhos.

- Obrigada pelo o que está fazendo por nós.
- Eu te amo, faria tudo por você.

Entre Nós DoisOnde histórias criam vida. Descubra agora