Capítulo 11

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   Quando cheguei em casa tratei de dar uma geral nela, antes de ser obrigada a ir para o Liam e preparei um lanche. Terminei a casa e corri para o banheiro, liguei o chuveiro e deixei a água quente correr pelo meu corpo e as lembranças do escritório do Leo voltaram a tona, meus músculos ficam mais tensos e o desejo entre minhas pernas aumentava a cada segundo que imaginava o Leo tocando na minha cintura e pernas, sua boca na minha e... Esquece Jhulia, você vai se atrasar para o seu outro "trabalho". Me sequei e vesti um vestido floral simples com o fundo azul bebê que afina ainda mais a minha cintura e vai até o meio da coxa, sequei os cabelo. Olhei a hora e já são 18:40 não dava tempo comer o lanche que eu havia preparado, peguei a minha bolsa e desci rapidamente.
Julian estava me esperando como sempre do lado de fora do carro e com um sorriso no rosto.

- Boa noite senhorita Jhulia, está linda como sempre.
- Obrigada Julian, como foi seu dia?
- O de sempre, levando o Sr. Verlaz para os seus compromissos.

Ele abriu a porta para mim e fomos rumo a minha sentença de cada dia.

Minha recepção foi a mesma de ontem: cheguei e Liam me esperava na entrada de sua mansão com uma blusa social branca com as mangas levantadas até o cotovelo, calças e sapatos socias, talvez acabara de chegar de seu trabalho. Me levou para a sala de controle, esse foi o nome que eu dei a ela, pois além de controlar a tecnologia da empresa Verlaz eu sou controlada lá dentro e comecei a trabalhar incessantemente sozinha.
Minha barriga roncava de fome e ainda era 20:00, tão cedo eu sairia daqui e voltaria para casa para comer algo, ela roncou mais uma vez e coloquei a mão institivamente, eu precisava lembrar de colocar uma barra de cereais dentro da minha bolsa.
A porta da sala de controle abriu de repente e eu levei um susto.

- Venha, vamos jantar. - ele ordenou.

Liam me levou para a mesma sala de jantar de ontem, mas hoje só havia nossos pratos com uma salada de aspargos, uma porção de arroz e salmão grelhado e uma garrafa de vinho Château Mouton Rothschild um dos mais gostosos e caros vinhos da França.

- É inacreditável!
- O que? - Liam perguntou.
- Você não deveria beber esse vinho atoa, É um Château.
- Não é atoa.

Ele puxou a cadeira para mim e sentou logo depois, serviu o vinho em taças de cristais e pude sentir o cheiro e o gosto de casa, apesar de nunca ter provado um vinho tão caro assim, tudo nele lembra França.
Não havia me dado conta que tinha fechado os olhos para apreciar o vinho e quando os abri Liam estava me encarando com seus olhos escuros intensos, desviei o olhar para o meu prato e tentei esconder o rubor que ameaçava subir para as minhas bochechas. Quando terminamos o jantar, duas mulheres entraram, retiraram nossos pratos e nos trouxeram uma sobremesa, quando elas saíram Liam perguntou:

- Qual foi o progresso de hoje?
- Eu olhei o sistema de segurança da sua empresa, o hacker tentou invadir depois de ter entrado aqui, mas não conseguiu. Eu instalei uma armadilha caso ele consiga entrar o computador vai instalar um cavalo de troia e salvar todos os dados possível antes dele conseguir limpar o computador.
- Bom, muito bom. O que vamos fazer depois?
- Vou olhar o que exatamente ele procurou e ficar de olhos no sistema da empresa, depois disso temos que tentar estar presentes quando ele entrar no sistema daqui.
- Então vamos deixar a minha casa vulnerável?
- Se você quiser pegar ele, sim.
- Ok.
- Eu preciso terminar uma coisa do vírus antes de ir.
- Tudo bem, sinta-se a vontade.

Pedi licença para sair da mesa e voltei para a sala de controle. Em pé mesmo fiz os últimos ajustes do cavalo de troia e o ativei. Fechei todas as abas e apaguei todas as pistas do meu plano, mas eu precisava de uma confirmação, peguei meu celular e liguei para Liam.

Eu: preciso que você venha aqui.
Liam: algum problema?
Eu: não, mas preciso que você veja algo.

Liam chegou na sala em segundos com uma expressão bastante séria e tratei de acalmá-lo.

- Está tudo bem, quero que você verifique se não há algum rastro do meu plano.
- Aaa claro.

Ele andou até o meu lado e se curvou para mexer nos computadores, seus dedos são hábeis no teclado procurando por algo que vá nos "incriminar".

- Nada, tudo certo.

Eu me inclinei para desligar os computadores e ia pegar minha bolsa quando virei e dei de cara com um Liam a poucos centímetros de mim, ele deu um passo para frente e eu um para trás e encostei contra a mesa dos computadores.
Merda, isso está acontecendo de novo!

- Liam, não faça isso. - alertei.
- Isso o que? - ele provocou.
- Isso que você deve estar pensando.
- E o que você acha que seja?
- Não me interessa, afaste-se!
- Ora vamos Jhulia, você gostou do nosso beijo domingo e digamos que as coisas comigo são bem mais divertidas do que com o Leo.
- Dando uma facada nas costas do próprio irmão.
- Ele tem o que eu quero, além do mais, não acho que ele vá se importar.
- Ele me adora e não é como se eu fosse deixá-lo para ficar com você. - cuspi as palavras, mas não com total certeza do que estava falando.
- Vá e quebre a cara e o coração, assim você verá quem é o irmão certo.

Ele pegou minha bolsa que estava na cadeira e afastou-se.

- Vamos, está na sua hora.

Liam me guiou sério e calado para a porta da frente e me entregou para Julian com um simples boa noite.
Droga, o que está acontecendo comigo? Eu não posso flertar com dois irmãos como uma maluca! Preciso manter em mente que estou com Leo, e Liam só quer me usar como brinquedinho para chatear o irmão, mas sei muito bem como esclarecer ainda mais meus pensamentos. Peguei meu celular e procurei pelo contato do Leo.

Leo: oi gata.
Eu: está ocupado?
Leo: não, apenas deitado.
Eu: que tal vir aqui?
Leo: pensei que queria um tempo livre.
Eu: já tive.
Leo: tem certeza?
Eu: você vem ou não?
Leo: vou, vou me vestir e chego em 20 minutos.
Eu: ok.

Desliguei o celular, eu tinha o tempo necessário para chegar em casa e arrumar algumas coisas.
Julian me deixou em casa e me despedi com um boa noite e um aceno. Entrei em casa, guardei a bolsa, tomei uma ducha rápida e vesti uma lingerie preta linda, coloquei um robe de seda por cima e foi o tempo que a campainha tocou, corri pra abrir a porta e lá estava Leo, em uma calça jeans, blusa cinza e jaqueta de couro. Ele me olhou da cabeça aos pés e um brilho de desejo apareceu em seus olhos. Fiquei nas pontas dos pés para beijá-lo e o convidei para entrar.

- Está tudo bem? - ele perguntou.
- Sim, quer beber algo?
- Não, obrigado.

Ele sentou no sofá e eu ao lado dele.

- Você está bem Jhulia? Está esquisita.
- Estou bem.

Puxei seu rosto pra mim e capturei seus lábios rapidamente, aproximei meu corpo do dele e Leo agarrou minha nuca para intensificar nosso beijo, essa hora foi minha deixa para passar um perna sobre ele e sentar em seu colo, Leo deixou escapar um grave gemido da garganta e nossos lábios se separaram um pouco.

- Porra gata, não provoca porque não vou me segurar.
- Segurar por quê? - falei beijando seu pescoço.
- Quero que dê certo com você, não quero apressar nada ou fazer algo que você não queira.
- Esse é o problema, não se segure.

Nesse momento, Leo segurou minha cintura com as duas mãos e nos levantou do sofá e fomos para o meu quarto com passos cuidadosos para não bater em nada pelo caminho. Encontramos a porta do meu quarto com dificuldades, mas entramos com o fogo possuindo nossos corpos e dispostos a ter a melhor noite das nossas vidas.

Entre Nós DoisOnde histórias criam vida. Descubra agora