Capítulo 19

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   Liam pegou a minha mão e saímos pela porta principal em direção ao leste da mansão, pelo o que vi ali fica a garagem, havia BMW, Ferrari, Ranger Rover e motos que eu nem conheço.

- Já andou de moto? - Liam perguntou.
- Não e morro de medo.
- Vai andar hoje.
- Aaaaa sem chance. - protestei.
- Vai ser legal, eu prometo.

Ele me presenteou com um sorriso de derreter calcinhas e me repreendi mentalmente, se ele é capaz de fazer isso comigo só com um sorriso, eu não quero nem imaginar o resto. Ele estendeu a mão com um capacete e eu hesitei.

- Vamos lá Jhulia, vai ser divertido, prometo não levantar o pneu da frente. - ele riu.
- Não vejo graça nenhuma.

Liam colocou o capacete, subiu na moto e a ligou, era um contraste bem diferente: um cara de camisa social branca, calça e sapatos também sociais em cima de uma moto preta brilhante.

- Vamos? - ele perguntou.

Cheguei perto, segurei na cintura de Liam e passei uma perna envolta da moto e me arrumei no banco, Liam pegou minhas mãos que estavam em sua cintura e me fez abraçar seu tronco. Eu podia sentir a sua barriga definida, minhas coxas estavam encostando nas suas e eu senti o perfume amadeirado na sua nuca. Puta que pariu, aquilo é o paraíso.
Ele deu a partida e saímos em alta velocidade da mansão. Meu coração batia na mesma velocidade em que andávamos e eu segurava mais forte em Liam, eu estava morrendo de medo.

- Está tudo bem aí? - Liam debochou.
- Nunca mais eu faço isso.

Ele riu e acelerou ainda mais. Se eu não estivesse tão nervosa teria percebido que estávamos indo para uma área restrita da praia de Santa Mônica, onde ficava ancorados iates e lanchas da alta sociedade da região. Ele estacionou no lado reservado da praia, eu desci e tirei o capacete.

- Espero que goste de praia.

Liam colocou os capacetes em cima da moto, pegou a minha mão e me direcionou até uma passarela onde as embarcações estavam ancoradas ao lado da outra. Paramos em frente a um iate branco e com detalhes dourados, não era muito grande para alguém que pode bancar um navio, mas isso era muito bom. Liam subiu primeiro e me deu a mão para me ajudar, ele soltou um ferro que estava acoplado ao pie o que pareceu soltar o iate.

- Quer conhecer meu brinquedinho?
- Qual deles? - falei brincando, mas Liam levantou uma sobrancelha em surpresa e sorriu de lado de uma forma extremamente maliciosa.
- Quais você quiser.

Revirei os olhos.

- Eu estava zoando, idiota. Estou falando dos carros e motos.
- Mas eu não.
- Está tentando me impressionar? - voltei ao assunto do iate.
- Não, só querendo um pouco de paz. - ele riu.
- Ok, então vamos.

Na parte de trás dava para ver a cabine do capitão que era bem luxuosa, uma escada que ia para baixo do convés e a parte de cima que parecia ter um mini bar. Fomos para parte da frente onde era a mais espaçosa havia uma área estofada para pegar sol confortavelmente.

- Uau. - falei.
- Eu faço o mesmo quando venho aqui.
- Por que?
- Foi um sonho realizado.

Ele se separou de mim e foi para a cabine do capitão, mexeu em algumas coisas e sentir o barquinho modesto ganhar vida e em minutos estávamos navegando. Andei até a ponta do iate e sentei para sentir o vento da noite, o gosto salgado do mar e pensar em tudo o que está acontecendo. Em tão pouco tempo eu estava metida em uma história e tanto, dois irmãos gêmeos de cair o queixo estão em uma pequena disputa por mim, e eu nem sei o que fazer, cada um me intriga de uma forma diferente, cada um tem a sua personalidade que me atrai.
Sobre agora, ele pode muito bem está tentando ganhar pontos comigo, mas esse passeio está ajudando a manter a sanidade no meio do caos.
Não nos afastamos muito do pie, pois era noite não seria seguro, mas era lindo, agradável e tranquilo. Depois de um tempo Liam se juntou a mim e ficamos em silêncio aproveitando o vento no rosto e a calmaria que o mar trazia. Esses três dias pareciam anos e a confusão consumia cada vez mais as pessoas envolvidas.

- Você gosta daqui? - Liam perguntou.
- Do mar?
- Não, da Califórnia, EUA.
- Não tenho do que reclamar.
- Está com saudade de casa?
- Muita.
- Deixou alguém lá?
- Minha merè.
- Por que não voltou pra lá quando se formou?
- Não é porque eu sou francesa que eu seja rica. - ri.
- Quando pretende trazê-la?
- Quando eu estiver bem estabilizada.
- É nesse momento em que eu faço novamente a oferta para trabalhar para mim. - ele levantou uma sobrancelha de forma brincalhona.
- Não agora.
- Que desperdício de talento.
- Você acha que eu sou talentosa?

Quem é você?

- Sinta-se lisonjeada por eu ter deixado você sozinha com as minhas máquinas, não por ter dito que você é talentosa.
- Aí está você, até achei que você admirava o meu trabalho, estamos tendo progressos, Liam.

Ele gargalhou e eu vi o brilho em seus lindos olhos castanhos.

- Eu sei reconhecer as habilidades dos meus funcionários.
- Só pra relembrar que você não paga meu salário.
- Porque você não quer.

Estreitei os meus olhos e me rendi, levantei a mão e ele logo entendeu e bateu de volta.

- Devo admitir, essa foi uma boa jogada. - ri quando ele fez uma cara de superior.

Liam me levou para conhecer a parte debaixo do convés, é lá que fica apenas dois quartos, dois banheiro, uma cozinha e uma espécie de sala de jogos, eu não imaginava que tinha espaço para tudo isso em um iate, uma pessoa viveria ali muito bem e pelo o que o Liam me contou, ele passava alguns dias aqui quando queria fugir de tudo.

Liam e eu jogamos uma partida de baralho e uma de pôquer, agora ele me devia 10 mil dólares e algumas ações da sua empresa o que o deixou um pouco irritado, mas ele pegou um pote de sorvete de creme e castanhas na geladeira, duas colheres e sentamos no chão de madeira da sala de jogos.
Ok, admito que essa cena é bem estranha, principalmente porque é Liam ao meu lado, mas não era algo ruim, pelo contrário.

- Agora eu também sou dona da sua empresa! - dei um gritinho e debochei.
- Acionista. - ele corrigiu.
- Mesma coisa, e eu também mando em você. - ri só para irritá-lo.
- Pouco provável, querida. - ele revirou os olhos.

Ele colocou a colher no sorvete, pegou a minha e fez o mesmo e quando eu menos esperava ele ficou em cima de mim e prendeu meus braços no alto da minha cabeça. Eu podia ver os músculos do braço flexionados, uma parte do seu peito dentro da camisa, suas coxas ao redor da minha cintura e seus olhos em chamas.

- Na minha empresa mando eu. - ele me presenteou com um sorriso sexy.

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