Capítulo VII
1975
Quando Barty segurou sua mão, Ellie sorriu pequeno e se permitiu ser puxada pelo sonserino, eles caminharam sobre a terra levemente molhada pelo sereno, de canto de olho, ela viu Barty a olhar algumas vezes e manter o sorriso bobo nos lábios. A rosa azul que ele lhe dera, estava protegida dentro de sua jaqueta, guardada para ser posta ao lado de sua cama, um lembrete daquele momento.
— Três vassouras? — Ele questionou, apontando para o local e Ellie acenou, Barty não soltou a mão da mesma todo o trajeto, inegavelmente, isso fazia seu coração pular muitas batidas, mas ela apenas deixou fluir, havia sentimentos ali, mas ela apenas queria os deixar fluir, vê-los crescer sem quebrar sua cabeça com isso, não naquele momento.
Quando entraram no bar, madame Rosemerta, os olhou com diversão, anotando o pedido de Barty, enquanto ele a levou para uma mesa próxima, soltando sua mão apenas para se afastar e ir buscar as bebidas, quando madame sinalizou para ele.
Os cabelos rebeldes de Barty, estavam tão rebeldes como todas as manhãs, seu olhar cintila sobre Ellie e ele se perguntava se sua surpresa seria bem recebida, mas por hora, deixou aquilo de lado, aproveitando o tempo que tinha ali, com ela.
Deixando as bebidas sobre a mesa, Barty observou Ellie segurar sua bebida e provar a mesma, lambendo os lábios – para seu fascínio – e sorrindo largamente com o sabor da mesma.
— Como tem estado Mumis? — Ellie buscou iniciar uma conversa, Barty inclinou a cabeça, lembrando-se de sua velha coruja, que agora, por ele e Ellie estarem numa relação amigável – ele ainda lembrava do soco, belo gancho de direita –, Mumis estava, como se diga, de folga.
— Está ficando velha, mas está bem, acho que ela sente sua falta, toda vez que vou a ver, ela me olha esperando outra pessoa, sinceramente, você tem a lealdade dela, mais do que eu. — Ellie riu, o olhar parecendo divertisse como Barty encenou um falso olhar triste, porém, sendo totalmente entregue pelo sorriso de lado.
— O que posso dizer, corujas me adoram?
— Como não gostar de você, acho que seria a questão certa. — Ele bebeu um pouco de sua cerveja amanteigada e depois se inclinou um pouco sobre a mesa, braço estendido, sua mão direita tocou a bochecha de Ellie, fazendo um carrinho ali, adorando quando o vermelho pareceu se espalhar pela pele pálida, Blacks certamente fizeram um bom trabalho naquele ramo. — Você é a garota mais gentil que já conheci, cuja autopreservação as vezes eu me questiono, que é fortemente protetora e será capaz de lutar com unhas e dentes para proteger quem ama, como não gostar de você, Ellie Black?
O tom rosado pareceu subir pelas orelhas de Ellie e ela evitou desviar o olhar, aquele sonserino tinha o dom especial de conseguir aquilo dela. Barty claramente percebeu, não havia uma reação que Ellie pudesse ter que ele não fosse capaz de perceber, e era fofo.
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Buried Underground | Barty Crouch Jr.
RomanceTudo que possuímos, é de alguma forma, nosso? Ellie afundava em pensamentos sombrios, o sangue quente pulsando em suas veias como um lembrete constante da dor que a cercava. Ela era apenas uma variável, um peão no jogo cruel de seus pais, um erro a...