Capítulo XIII
1975
Alphard Black era uma presença a ser reconhecida, não importava se você não gostasse dele, o homem nunca passava despercebido, Ellie sabia disso dês que entendia como o mundo funcionava e ela admirava seu tio, ele era forte e bom, algo que naquele família, era tão escasso como um grão de arroz no deserto. Ela percebeu como seu pai tenciona-se, como Orion o encarou em surpresa e desgosto, eles não esperavam pela chegada do mesmo – e nem como ele havia entrado na casa.
— Alphard, o que faz aqui? — Walburga foi firme em suas palavras, encarando o irmão com nítido desgosto.
— Ellie retorna comigo e vocês, têm outros problemas a se preocupar. — Alphard manteve-se firme diante do olhar de ambos, caminhando até sua sobrinha, ele a observou de cima a baixo, ferimentos visíveis, lábio cortado e claros sinais de tortura por cruciatos em seu olhar, mas, mesmo assim, ele viu como ela se mantinha firme.
— Ellie não vai a lugar nenhum, somos seus pais, esta garota fica aqui. — Orion pontuou, mantendo a firmeza em sua voz.
— Na verdade, caro primo. — Alphard colocou a mão no bolso, puxando um pergaminho enrolado e o jogando para Orion. — O ministério da magia tornou público, não por vontade deles, mas de uma jornalista desagradável, que legalmente, vocês dois tiveram o direito a guarda de seus três filhos retirados, com base nas provas apresentadas por Ellie Morgan Black e Andromeda Tonks. — Ellie piscou, lembrando-se das cartas trocadas com Andrômeda e Alphard, seu plano realmente havia dado certo.
A parte do sequestro não foi uma variável boa, mas ela conseguiu, realmente conseguiu.
Reg, eles não vão tocar em você. — Pensou a mais jovem Black.
— O que? — Walburga desviou o olhar de Alphard para Ellie, levantando sua varinha para atacar a jovem, entretanto, não pudera ao menos começar a recitar o feitiço, sua varinha voou para frente, passando entre seu irmão e sua filha ingrata, parando nas mãos de Andrômeda Tonks, a quem ela desejou nunca mais ver.
A traidora de sangue que seu outro irmão teve, a quem ela conseguia ver semelhanças em sua própria filha, seu erro. Realmente deveria ter matado aquela garota quando nasceu, como um parasita junto a seu primogênito, talvez tivesse tido mais sucesso em controlar seus outros dois filhos.
— Não se preocupe em me dizer "olá", tia Walburga. — Andrômeda apressou o passo, postando-se ao lado livre de Ellie. — Você deveria saber o peso das memórias, querida tia e poder que elas têm. — Oh, apesar da dor, Ellie estava se divertindo ao ver o olhar de ódio de sua mãe.
— Sua traidora de sangue! — Ela rugiu, mãos batendo contra mesa, enquanto Orion olhava em choque para o conteúdo do pergaminho que lhe fora entregue.
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Buried Underground | Barty Crouch Jr.
RomanceTudo que possuímos, é de alguma forma, nosso? Ellie afundava em pensamentos sombrios, o sangue quente pulsando em suas veias como um lembrete constante da dor que a cercava. Ela era apenas uma variável, um peão no jogo cruel de seus pais, um erro a...