Tudo que possuímos, é de alguma forma, nosso?
Ellie afundava em pensamentos sombrios, o sangue quente pulsando em suas veias como um lembrete constante da dor que a cercava. Ela era apenas uma variável, um peão no jogo cruel de seus pais, um erro a...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Capítulo V
1975
Sangue acumulou na palma da mão, enquanto Adrian Mulciber observava-se no espelho, outro pesadelo – um dos muitos que ele tinha dês que conseguia lembrar. Sua família não era uma família, não certamente no sentido emocional que a palavra denotava.
Suspirando, Adrian limpou o rosto e as mãos, cuidando com rapidez de seus novos ferimentos, sumindo com eles com apenas um feitiço básico de cura. Seus cabelos estavam bagunçados e ele sinceramente não se importou muito, apenas tirou alguns nós e buscou seu uniforme, vestindo o mesmo e saindo do banheiro.
Os olhos de Avery focaram nele, Adrian sabia, dês que Barty havia declarado guerra oficial ao bando de Avery, o mesmo vinha tentando o ter com ele, mas ele não desejava isso. Toda aquela retórica de puro sangue nunca fez sentido realmente para ele, como poderia, quando pode ver como bruxos como Lucius Malfoy e seu próprio irmão, eram superados por bruxos nascidos trouxas, mesmo alegando que eram melhores por causa do sangue.
Besteira, ele gostaria de gritar.
Mas não podia, ele nunca podia dizer o que realmente pensava. Para a visão de todas, Adrian Mulciber apenas era um conhecido de Barty Crouch Jr e Regulus Black, poucas vezes falando com Avery e seus lacaios – seu irmão desaprovava isso, mas sinceramente, ele não ligava para isso tanto, seus pais aceitaram uma relação amigável com dois puros sangues, foi o máximo de liberdade que ele conseguiu.
Bruce o infernizava cada vez mais.
"Torne-se um de nós"
Não, ele não poderia.
— Mulciber.
— Nem comece, Avery, nem comece. — Ignorando o resmungo de reclamação do outro garoto, Adrian pegou sua bolsa, o som de sua bengala contra o chão era leve, isso costumava o acalmar.
Hoje apenas o lembrava do crescente avanço do tempo.
O crescente avanço da guerra, como o pingar de uma gota em seus pensamentos, ele não conseguia se ver longe dela, era enervante como tudo parecia girar de acordo com a mesma – porém, infelizmente, tudo girava de acordo com a guerra.
Isso inclui sua vida.
Ele era um Mulciber, antes mesmo de nascer, sua vida fora decidida por outra pessoa, além de ter Bruce como irmão, infinitamente não ajudou – ele ainda lembrava de quando estava no terceiro ano e seu irmão azarou cruelmente Mary Macdonalds, ele realmente não poderia descrever o quanto aquilo o impactou.
Fora um choque, realmente perceber a que ponto sua família poderia chegar com aqueles que desgostam. Se descobrissem sobre ele, sobre seus reais pensamentos, sobre quem amava, Adrian se perguntava como seria seu fim, talvez uma morte lenta? Seu irmão aprovaria isso, Bruce gostava de torturar suas vítimas, sempre gostou.
